Anúncio do Volkswagen Gol para Curaçao (Reprodução/Internet)
Muitos dos carros vendidos no Brasil só são produzidos por aqui. Se engana, porém, quem imagina que esses veículos tão peculiares só circulam no Brasil e nos países do Mercosul.
Claro que os vizinhos próximos recebem mais os veículos feitos aqui. Só a Argentina recebeu 75% das exportações automotivas brasileiras até novembro de 2018, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
O segundo maior importador é o Chile, que respondeu por 6,7% dos 482.919 automóveis enviados para fora em 2018. Na sequência vêm Colômbia (4,5%), México (4,1%), Uruguai (3,9%), Peru (2,5%) e Paraguai (1,9%).
Embora menores, mercados da América Central estão entre os principais destinos. Costa Rica, Panamá, Curaçao e República Dominicana também são as rotas de diversas marcas como Fiat, Jeep, Volkswagen e Renault.
Os Renault Captur, Duster Oroch e Kwid feitos em São José dos Pinhais (PR) vão para Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela – de onde é distribuído para Guatemala, Costa Rica, Curaçao e República Dominicana.
A Renault ainda exporta Duster, Logan, Sandero e Master.
Renault Captur brasileiro em anúncio no Panamá (Reprodução/Renault)
Já os Jeep Renegade e Compass, fabricados em Goiana (PE) são vendidos na Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. O Renegado ainda chega à Colômbia, Honduras, El Salvador, Panamá e México.
Ao invés de “Fiorino”, proteção lateral leva o nome “Rapid” (Reprodução/Internet)
Utilitários pequenos, como os Fiat Strada e Fiorino, são vendidos em Argentina, Paraguai e Uruguai sem mudar de nome.
Para México, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Venezuela, Chile, Bolívia e Peru, porém, os utilitários são rebatizados: o furgão vira RAM V700 e a picapinha, RAM 700.
O mesmo acontece com o Grand Siena, que é exportado para o México como Dodge Vision, e com a Toro, que será vendida como RAM 1000 na Colômbia.
Hoje o Grand Siena é exportado apenas para o México, onde se chama Dodge Vison (Divulgação/Dodge)
A Fiat ainda exporta Argo, Uno, Mobi e até a veterana Weekend, que sustenta algum público no México, no Paraguai e no Peru – no passado, chegou a ser vendida com relativo sucesso em Portugal, Espanha e Itália.
Volkswagen Saveiro em anúncio da Colômbia (Reprodução/Internet)
A Volkswagen Saveiro é vendida em México, Colômbia, Chile, Peru, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Equador, Curaçao, St. Marteen, Costa Rica, Guatemala, El Salvador, Honduras e Panamá. Alguns destes mercados ainda recebem Gol, Voyage, Polo, Up! e Fox.
Enquanto o Toyota Corolla chega a Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, Chile e Colombia, o Etios também segue para Honduras e Costa Rica. O Yaris, por sua vez, não passa da Argentina.
Também japonesa, a Nissan envia March, Versa e Kicks produzidos em Resende (RJ) para Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
A Hyundai, por sua vez, exporta o HB20 para Paraguai e Uruguai, enquanto o Creta é vendido nos dois países e também na Colômbia.
Mas as fabricantes francesas parecem ter mais talento para espalhar seus produtos para o outro lado do Atlântico. O Citroën Aircross é exportado para Madagascar e Costa do Marfim.
Além destes países, os Kwid e Duster Oroch também têm o passaporte carimbado no Senegal, em Burkina Faso e Gabão.
Renault Kwid é considerado SUV compacto no Gabão (Reprodução/Internet)
Os dois Renault estão entre os carros enviados para mais destinos. Contudo, os veículos mais exportados hoje são os compactos Volkswagen Gol, Toyota Etios, Chevrolet Onix e Ford Ka, com mais de 30 mil unidades enviadas para fora do Brasil em 2018.
Renault Oroch na Costa do Marfim (Reprodução/Internet)