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12 FEV

Com excedente de operários, acordo libera PDV e congela salários na Ford em Taubaté

Trabalhadores da Ford de Taubaté (SP), fabricante de motores e transmissões, aprovaram em assembleia nesta terça (12) um acordo que libera a abertura de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) aos horistas para reduzir o efetivo de 160 trabalhadores considerados excedentes na unidade. O acordo também autoriza o congelamento dos salários neste ano e a redução de jornada com desconto proporcional.

O acordo, votado às 16h na porta da fábrica e aprovado por 90% dos operários, vinha sendo discutido com a categoria desde janeiro, quando a Ford demitiu 12 empregados e os trabalhadores entraram em greve por três dias.

Em tratativas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ficou acertado que o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e a montadora negociassem alternativas para o excedente de funcionários na unidade.

Após as negociações, que terminaram na última sexta-feira (8), ficou definido que os 12 demitidos serão incluídos no PDV e terão os mesmos benefícios que os funcionários que aderirem ao programa. As adesões têm desligamentos programados para até 30 de junho.

Entre os principais pontos do acordo também está a redução de jornada de 10% com desconto proporcional no salário, que está previsto para ter início a partir de junho deste ano.

Em contrapartida, os trabalhadores que não aderirem ao PDV terão estabilidade até o fim deste ano, Participação dos Lucros e Resultados (PLR) ampliada do valor negociado de R$ 7,3 mil para para R$ 11,1 mil e o pagamento de uma compensação de R$ 4.500, em duas parcelas, por causa do congelamento salarial. A unidade emprega cerca de 1,3 mil pessoas.

Avaliação

Coordenador do sindicato em Taubaté, Silvaldo Cruz, lamentou o acordo. "A gente tinha que chegar em um acordo sobre o excedente, mas não é uma proposta que agrada ou vem de encontro do interesse dos trabalhadores. Ele traz mudanças e nos coloca em uma situação difícil de negociar, ainda mais depois da reforma trabalhista", afirmou.

A multinacional foi procurada por e-mail e por telefone, mas até a publicação dessa reportagem não havia comentado o acordo.

Fonte: G1

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