A Toyota afirmou nesta terça-feira (12) que irá lançar seu primeiro carro híbrido com motor flex no Brasil no último trimestre deste ano. Mas a fabricante ainda não confirmou qual modelo será o responsável por estrear a tecnologia. O favoritíssimo ao posto é o sedã Corolla, cuja nova geração.
Desde o início do ano passado a fabricante japonesa testa um Prius com a tecnologia. No entanto, ele não será o primeiro a ser vendido com este conjunto, composto de um motor elétrico e outro a combustão, que pode ser abastecido com gasolina ou etanol.
Todos os indícios apontam para o Corolla pelo simples fato de o sedã ter ganhado uma versão híbrida nesta nova geração. Ela traz o mesmo conjunto mecânico do Prius, um motor 1.8 a combustão e outro elétrico. Somados, eles entregam 122 cavalos.
Além disso, a Toyota já prepara a fábrica de Indaiatuba (SP) para produzir a nova geração do Corolla. O local recebeu investimentos de R$ 1 bilhão.
Incerteza sobre SUVs
Além do híbrido com motor flex, a Toyota ainda está estudando possibilidades para a entrada no segmento de SUVs menores do que o RAV4.
Segundo o presidente-executivo da Toyota América Latina, Steve St. Angelo, atualmente, a empresa não tem capacidade produtiva para implantar novos produtos nacionais. A importação seria uma possibilidade.
Um outro problema que a Toyota terá que resolver é a substituição do atual RAV4. Uma nova geração já foi apresentada nos Estados Unidos. Ela é maior e mais sofisticada do que a versão atual.
O "sonho" do executivo é ter SUVs derivados dos atuais produtos da marca, como Etios, Yaris e Corolla.
'Podíamos ser número 1'
Questionado sobre a operação da Toyota no Brasil ser lucrativa, o presidente da empresa no país, Rafael Chang disse "que poderia ser melhor". Já St. Angelo afirmou que a empresa "está pagando as contas", mas "não estão fazendo um monte de dinheiro".
Recentemente, a Toyota tem brigado para se firmar entre as 4 maiores fabricantes do país. Em 2018, os japoneses ocuparam a sétima colocação, cerca de 25 mil veículos abaixo da Ford, a quarta colocada.
“Podíamos ser o número 1 agora porque eu sei jogar esse jogo”, disse St. Angelo. O executivo, no entanto, afirmou que o crescimento deve ser sustentável. “Se você cresce rápido demais, cai rápido demais também”, completou.