Amarok é o único veículo envolvido no dieselgate vendido no Brasil (Divulgação/Volkswagen)
A Volkswagen do Brasil sofreu uma nova multa por conta do dieselgate no país. A cobrança agora é da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública), que exige o pagamento de R$ 7,2 milhões da montadora alemã.
Segundo o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão da Secretaria, o consumidor não tinha como saber sobre a alteração nos motores da Amarok, o que configura violação da boa-fé que a empresa deve ter nas relações de consumo.
Em 2016 o Ibama já havia multado a VW em R$ 50 milhões por conta da adulteração nos testes de emissões em 17.057 unidades da Amarok comercializadas no Brasil.
Sede da Volkswagen em Wolfsburg (Alemanha) (Divulgação/Volkswagen)
As picapes receberam a mesma programação de outros 11 milhões de veículos a diesel vendidos pelo Grupo Volkswagen no mundo inteiro.
A modificação eletrônica permitia aos carros detectarem quando eles estavam em processo de análise de emissões de poluentes.
Quando isso ocorria, a injeção alterava diferentes parâmetros para o motor poluir menos. Como as mudanças aumentavam o consumo, o carro voltava para a configuração padrão (e irregular) assim que o veículo saísse da área de testes.
Essa estratégia global foi descoberta há seis anos e gerou o escândalo chamado de Dieselgate. A crise derrubou o então CEO do grupo, Martin Winterkorn, levou o presidente da Audi para a prisão e gerou bilhões de dólares em multas e contrapartidas.
Procurada, a Volkswagen não se manifestou sobre o caso. Esta reportagem será atualizada tão logo a fabricante responda.