Após protesto, que durou quase quatro horas em frente a General Motors, na manhã desta sexta-feira (1), em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, funcionários foram avisados de um recuo da empresa. A GM enviou um documento a eles em que volta atrás sobre as medidas de mudanças anunciadas para contornar a crise financeira.
A GM informou que vai cumprir o acordo coletivo até março de 2020 e se comprometeu em pagar o Programa de Participação de Resultados (PPR) e o reajuste salarial em abril. A empresa acrescentou que seguem as negociações até o próximo acordo.
O documento foi aprovado em assembleia, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, em frente à fábrica. Depois disso, foi retomada a atividade de produção que estava paralisada desde às 5h30.
"Resistimos bravamente e, hoje, tivemos uma conquista histórica mostrando que precisamos lutar para que sejam garantidos nossos direitos", disse o diretor administrativo do Sinmgra Valcir Ascari.
O acordo já tinha sido feito por videoconferência, na quinta-feira (31), mas os trabalhadores exigiram uma confirmação da empresa, que fez um pronunciamento nesta manhã.
Na segunda-feira (28), a empresa enumerou 21 mudanças para gerenciar a crise. Na lista, estão diversos pontos, que vão desde a alteração na jornada de trabalho, plano médico e terceirização de atividades meio e fim. A justificativa da empresa é a queda nas vendas.