Há poucos detalhes sobre o “Carro Thunder” (Reprodução/Youtube)
A insólita história da réplica de um Lamborghini Gallardo feita por um pastor usando como base um Chevette ganhou mais um contorno inusitado. Mas, antes, vamos a uma rápida contextualização.
No início do ano passado o pastor Gustavo Bruno Trinca Reis fez um evento em uma praia do Guarujá (SP) para vender seu carro artesanal, chamado Thunder.
A ação comercial, porém, foi registrada na prefeitura como um evento evangélico. Por conta da irregularidade, o carro chegou a ser apreendido pela polícia.
O carro chegou a ser oferecido nas versões conversível e cupê (Reprodução/Youtube)
Na ocasião Reis chegou a comentar em um vídeo na internet que a intervenção fora um “ato de satanás”. Desde então, pouco foi falado sobre o Thunder, e o site que divulgava o carro saiu do ar.
No entanto, exatamente um ano após o evento no litoral paulista o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) revelou que Reis tentou registrar o carro no Brasil.
Recusa do registro foi publicada em um documento oficial do INPI (INPI/Internet)
O órgão, porém, indeferiu (negou) o pedido de Reis, por conta de uma série de erros técnicos.
Naturalmente o maior problema é o design, que, apesar de ser uma versão Ecce Homo do Lamborghini Gallardo, ainda é uma cópia (não autorizada) de um carro devidamente registrado no Brasil.
Os desenhos enviados ao INPI são bem inferiores aos feitos pelas fábricas (INPI/Internet)
O fato do veículo apreendido no ano passado ainda constar como sendo um Chevrolet Chevette 1983 também indica que, ao menos naquela época, o carro não havia sido regularizado como um protótipo.
Entre as similaridades dos modelos estão os quatro pneus, que são redondos em ambos (Montagem/Reprodução/Internet/Divulgação)
Há poucos detalhes do conjunto mecânico do Thunder, mas caso ele tenha mantido a mecânica base, seu motor é um 1.6 quatro-cilindros com câmbio manual.
Neste ponto o único ponto em comum com algumas versões do Gallardo é a tração traseira. O mistério em torno do carro, porém, deve continuar com o fracasso de registrar seu desenho no Brasil.