A Apple dispensou mais de 200 funcionários de seu grupo de pesquisa de veículos autônomos, chamado de Project Titan, reportou a rede americana CNBC nesta quinta-feira (24), citando fontes.
As demissões são consideradas internamente como parte de reestruturação da unidade, de acordo com o site.
No ano passado, a Apple contratou Doug Field, um vice-presidente de engenharia da Tesla, para chefiar projeto junto com Bob Mansfield.
A Apple não confirmou as demissões. Em comunicado divulgado pela rede de TV CNN, a empresa afirmou que "como o time está focando o trabalho em diversas áreas-chave para 2019, alguns grupos estão sendo deslocados para projetos em outras partes da empresa".
Perdas nas ações
No começo deste ano, o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, informou aos investidores que a companhia não alcançaria o faturamento previsto para o último trimestre de 2018.
A notícia levou as ações da companhia, que já tinha pedido o posto de número 1 da bolsa de Nova York em meados do ano, a terem a maior perda em 5 anos.
No comunidado desta terça, a Apple reforça a crença no futuro para a tecnologia autônoma.
"Continuamos acreditando que há uma oportunidade enorme com sistemas autônomos, que a Apple tem capacidades únicas com as quais pode contribuir e que este é o projeto mais ambicioso de aprendizado de máquinas que já existiu", disse a companhia.
Busca por pioneirismo
A Apple nunca confirmou que estivesse desenvolvendo um carro autônomo, mas, em 2017, obteve autorização para testar veículos sem motorista em vias públicas da Califórnia.
No mesmo ano, Cook disse à Bloomberg que a empresa estava focada nesse tipo de tecnologia. Um desses carros se envolveu em uma acidente sem feridos em agosto passado.
Maior rival da Apple, o Google também testa carros autônomos nos EUA, por meio da divisão chamada Waymo, assim como o Uber e diversas montadoras.