Novidades

23 JAN

Primeiras impressões: novo Mercedes Classe A até bate um papo com o dono

Novo Classe A já está na concessionárias por R$ 194.900 (Divulgação/Mercedes-Benz)

Apresentado no último Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, o novo Mercedes-Benz Classe A começou a ser pré-vendido no fim do ano passado na configuração Launch Edition, limitada a 100 unidades, por R$ 199.900.

Chega agora às concessionárias a versão A 250 Vision, que perde alguns equipamentos, é verdade, tais quais acabamento interno metálico, pacote visual AMG, ar-condicionado de duas zonas e retrovisores com rebatimento elétrico. Por outro lado – não que faça tanta diferença -, fica R$ 5.000 mais em conta, ainda a salgados R$ 194.900.

Nova linguagem de design deixou as linhas mais limpas, com menos vincos (Divulgação/Mercedes-Benz)

Parece caro para um hatch médio, mesmo que premium – e é -, mas o negócio fica mais atraente quando percebemos o nível de interação do novo Mercedes-Benz Classe A.

“Oi, Mercedes”, “E aí, Mercedes?”, “Olá, Mercedes”. Não, essas não são frases enviadas para uma donzela chamada Mercedes em um aplicativo de relacionamentos, mas sim os comandos por voz utilizados para controlar uma série de funções do veículo.

Isso só é possível graças à central multimídia MBUX (Mercedes-Benz User Experience), que faz sua estreia no modelo e, olha a boa notícia, já chega traduzido ao português brasileiro.

Dimensões ficaram maiores na nova geração (Divulgação/Mercedes-Benz)

Claro que sistemas de reconhecimento de voz não são novidade no universo automotivo, mas o legal é ver como essa tecnologia tem evoluído nos últimos anos. Segundo a marca, o sistema funciona como uma espécie de celular sobre rodas.

Por exemplo, o motorista pode solicitar uma mudança na estação de rádio, a abertura do teto solar ou um ajuste  a temperatura da cabine apenas dando os comandos em voz alta.

Ainda há alguns deslizes, como quando a assistente se intrometeu em uma conversa dentro do veículo sem ser solicitada para dizer “desculpe, mas não conheço seu avô”. Como diria Didi Mocó: cuma?! Ou quando passa as informações de consumo em l/100 km, um padrão europeu, e não em km/l, mais palatável aos brasileiros. Mas isso não tira o mérito da tecnologia.

Tela dupla, acabamento de fibra de carbono e couro macio se destacam no interior (Divulgação/Mercedes-Benz)

Apesar de o MBUX ser um dos maiores destaques do Classe A, não é só a tecnologia que chama a atenção. O hatch recebeu diversas melhorias quando comparado ao antecessor. A começar pela nova linguam visual, apresentada no CLS e que chega agora à profunda renovação do Classe A.

As linhas ficaram mais limpas, os faróis estão mais finos, a grade passa ter um único friso cromado e a dianteira mais inclinada é chamada pela marca de Shark Face, ou “cara de tubarão”.

O para-choque dianteiro tem inspiração na gama AMG e há equipamentos como teto solar panorâmico e faróis full led. Pacote conhecido como Night acrescenta frisos das janelas e retrovisores na cor preta brilhante.

As lanternas também ganharam novo design e as rodas de 18 polegadas são calçadas com pneus run flat.

Porta-malas ganhou 29 litros na capacidade – tem agora 370 litros (Divulgação/Mercedes-Benz)

Nesta profunda renovação, o carro também aumentou discretamente algumas medidas como comprimento, altura e largura, mas a distância entre-eixos, com 3 cm a mais, teve certa influência no espaço interno.

Não que o Classe A agora seja um exemplo de conforto, mas ficou menos apertado levar três passageiros atrás. O túnel central alto e largo, porém, obriga quem está no meio ficar com as pernas afastadas.

Outra diferença é o porta-malas maior, agora com 370 litros – 29 litros a mais do que oferecia seu antecessor.

Rodas de liga leve de 18? são calçadas com pneus run flat (Divulgação/Mercedes-Benz)

Se no antigo Classe A parecia que um tablet havia sido colado no painel para controlar o sistema multimídia, agora o estilo está mais harmonioso: são duas telas de 10,25 polegadas integradas numa peça única. Ainda assim, a impressão é de que essa peça fica desconectada do restante do carro.

Mesmo que a estética desse item não agrade, a operação ficou bem mais intuitiva.

Tela central é touch e cockpit pode ser configurado (Divulgação/Mercedes-Benz)

Além dos comandos de voz do já citado MBUX, o novo volante tem comandos táteis, o touchpad central ficou mais intuitivo e a central multimídia finalmente ganhou sensibilidade ao toque e integração com smartphone  – Apple CarPlay, Android Auto, Waze Google Maps… Já a tela que funciona como painel de instrumentos é totalmente configurável.

Outros destaques internos são o acabamento de fibra de carbono, revestimentos de couro macio nas cores preta ou bege e bancos do motorista e passageiro dianteiro elétricos e com ajuste de memória.

Touchpad no console central ficou mais rápido e intuitivo (Divulgação/Mercedes-Benz)

Agora, vamos ao que interessa: como o novo Classe A se comporta ao volante. O 2.0 turbo de quatro cilindros é completamente novo, desenvolvido com sistema Camtronic de abertura e fechamento de válvulas conforme a situação, deixando a condução mais inteligente e econômica.

Com 224 cv, 13 a mais que no antecessor, e torque de 35,7 mkgf, o motor tem uma relação muito bem acertada com o câmbio de dupla embreagem e sete marchas, que faz as trocas de modo quase imperceptível. A alavanca de câmbio fica na coluna da direção, típica nos Mercedes.

O hatch responde com agilidade aos comandos do motorista, especialmente no modo de condução Sport, no qual o acelerador se torna bem mais sensível e o giro fica lá no alto. Há ainda os modos Eco, para maior eficiência, Comfort, que tem os ajustes ideais para rodar na cidade, e Individual, no qual o proprietário escolhe as configurações que mais lhe agradam.

Novo motor 2.0 turbo rende 224 cv (Divulgação/Mercedes-Benz)

Os freios são bastante sensíveis também, e leva um tempo para que o motorista se acostume com a dosagem de força no pé para que o carro não dê um solavanco a cada redução de velocidade. Há ainda um Assistente de Frenagem Ativo, que pode frear o carro totalmente em situações de emergência a até 50 km/h e iniciar o processo de frenagem em velocidades mais altas.

Outra melhoria importante no novo Classe A é a suspensão (McPherson na dianteira e multibraço atrás), que no modelo anterior era muito dura. O conforto ao rodar aumentou significativamente, mas sem deixar o carro molenga ou aumentar a rolagem da carroceria. O hatch é bastante estável nas curvas, com a direção eletricamente assistida ficando cada vez mais firme conforme a velocidade cresce.

No final, o conjunto todo agrade pela ótima dirigibilidade e pela tecnologia inovadora, que tornam o Classe A uma alternativa àqueles que ainda não se renderam à condução no segundo andar oferecida pelos SUVs.

O Classe A Sedan, também apresentado do Salão de São Paulo, só desembarca no país no segundo semestre, ainda sem mês definido. O sedã virá do México apenas na versão A 200, equipado com motor 1.3 turbo de 163 cv.

Versão AMG A35 está prometida para o fim do ano (Divulgação/Mercedes-Benz)

Mais para o fim do ano chegam as versões “apimentadas” para o hatch: Mercedes-AMG A35, com 306 cv, e A45 que deve entregar cerca de 416 cv (a versão será lançada em breve).

Ficha técnica –  Mercedes-Benz Classe A 250 Vision

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

03 ABR

Objetivo não é pôr fim a radares, mas instalar onde velocidade causa acidentes, diz ministro

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta quarta-feira (3) que o objetivo do governo não é acabar com os radares nas rodovias federais, mas, sim, instalar os equipamentos onde o excesso de velocidade causa acidentes. Tarcísio Freitas deu a declaração ao participar de uma audiência na Câmara dos Deputados. "São vários os motivos que causam acidentes, um deles é excesso de velocidade. Mas não é o único. Eu preciso colocar radar naqueles locais em... Leia mais
03 ABR

Venda de veículos novos sobe 11,4% no 1º trimestre de 2019, diz Fenabrave

A venda de veículos novos subiu 11,4% no primeiro trimestre, segundo dados da federação das concessionárias, a Fenabrave. Foram vendidos 607.612 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus de janeiro a março, contra 545.478 no mesmo intervalo de 2018. Só em março, foram comercializadas 209.183 unidades, alta de 0,9% na comparação com igual mês do ano passado, quando foram feitas 207.353 vendas. Motos Nos três primeiros meses de 2019 foram vendidas 258.725... Leia mais
03 ABR

Jeep Renegade vende mais que Kwid, Polo e Corolla em março

Jeep Renegade vem se destacando como SUV mais vendido de 2019 (Divulgação/Jeep)O primeiro trimestre de 2019 encerrou e o time dos otimistas está ganhando: a recuperação do mercado está se mostrando cada vez mais sólida.Entre autos de passeio e comerciais leves, foram emplacados 580.040 unidades, ante 527.195 no mesmo período de 2018 – um crescimento acima dos 10%.O Chevrolet Onix segue imbatível. Ignorando o fato de que vai mudar ainda este ano, o hatch da Chevrolet teve 18.279... Leia mais
03 ABR

50 anos depois, QUATRO RODAS volta a “produzir” lendário Puma GT 4R

Um Tiranossauro perseguindo um arremedo de Jeep é algo normal no Ladeira Abaixo (Fernando Pires/Quatro Rodas)Há cinco décadas QUATRO RODAS fez história ao mandar produzir um modelo exclusivo para seus leitores. Os três Puma GT 4R feitos sob encomenda foram sorteados em 1969 e se tornaram os únicos carros do mundo produzidos em série a pedido de uma revista. Mas agora o trio terá a companhia de um inédito GT 4R 2019.Nosso esportivo chega ao século 21 para participar do Red Bull... Leia mais
03 ABR

SP não amplia malha cicloviária desde 2016; Prefeitura diz que espera audiências públicas

A Prefeitura de São Paulo não aumenta a malha cicloviária da cidade desde 2016, incluindo ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) obtidos pelo SP1 por meio da Lei de Acesso à Informação. Em 2008, a malha cicloviária da capital somava 11 km de extensão; em 2016, saltou para 498 km. Desde 2017, no entanto, não ganhou mais nenhum trecho e os ciclistas denunciam falta de manutenção e conexão com outros modais de... Leia mais