Novidades

18 JAN

Clássicos: 365 GT4 2+2 foi uma das mais elegantes Ferrari de rua

A Ferrari GT4 mantinha a linhagem inaugurada pela 250 GTE 2+2 em 1960. Itália foi um celeiro de carros de alto luxo e desempenho nos anos 60: Maserati Mexico, Ferrari 365 GT 2+2 e Lamborghini Espada eram os melhores para transportar quatro pessoas de maneira rápida e confortável. Essa forte concorrência virou a década e levou a Ferrari a apresentar a longeva 365 GT4 2+2 (Tipo F101).

Atração do Salão de Paris de 1972, ela exibia o estilo setentista definido pelo estúdio Pininfarina, tarefa confiada ao jovem Leonardo Fioravanti. O novo grã-turismo de Maranello tinha personalidade marcante, com três volumes bem definidos e a linha de cintura acentuada já adotada por Fioravanti no Ferrari Daytona.

As seis lanternas traseiras são exclusivas da 365 GT4 2+2 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Seu motor era o lendário V12 desenvolvido por Gioacchino Colombo em 1947. Dele vinha o nome do carro: cilindrada unitária de 365 cm3 e quatro comandos de válvulas, responsáveis pelos 340 cv e 44 mkgf.

Alimentado por seis carburadores Weber 38, o V12 de 4,4 litros impulsionava os 1.800 kg do cupê de 0 a 96 km/h em 7,1 segundos. Os 300 kg a mais frente à antecessora 365 GT 2+2 não comprometeram o desempenho, mas o encurtamento da relação de transmissão era evidente: os 245 km/h vinham em quinta marcha, além da rotação de potência máxima.

O volante Momo era novidade nos carros da Ferrari (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os 2,7 metros de entre-eixos garantiam espaço adequado a quatro adultos de estatura média. O banco traseiro era dividido por uma extensão do console central e os dianteiros ofereciam bom suporte lateral. Direção hidráulica ZF, vidros elétricos e ar-condicionado eram comodidades bem-vindas.

Não devia nada a outros concorrentes europeus, como o inglês Aston Martin V8, o suíço Monteverdi High Speed e o alemão Mercedes-Benz C 107. As quatro rodas Cromodora de cinco raios de magnésio recebiam pneus radiais 215/70 VR 15, freios a disco e suspensão por braços duplos assimétricos. As clássicas rodas raiadas Borrani eram opcionais.

Motor V12 de 4,4 litros tinha seis carburadores Weber (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Este modelo fabricado em 1974 é do acervo da FBF Collezione e integra o lote de 524 unidades produzidas até 1976, quando passou a se chamar Ferrari 400. O novo nome indicava o aumento na cilindrada, de 4,4 para 4,8 litros a fim de atender legislações ambientais sem abrir mão dos 340 cv. 

Foi a primeira Ferrari com câmbio automático, o Turbo HydraMatic 400 de três marchas, fornecido pela GM. Apesar da comodidade, nunca foi oferecida oficialmente nos EUA: o baixo volume de vendas não compensava o investimento para adequá-la aos limites de emissões impostos pela EPA (Agência de Proteção Ambiental).

Console com amperímetro, termômetro de óleo, marcador de combustível e relógio (Christian Castanho/Quatro Rodas)

As alterações no estilo foram discretas. A grade dianteira perdeu o Cavallino Rampante e adotou um defletor de ar em sua parte inferior. As seis lanternas traseiras deram lugar a apenas duas e as rodas receberam parafusos no lugar do cubo rápido.

Foram produzidas 502 unidades em três anos, das quais 355 com câmbio automático. Em 1979, deu lugar à 400i, com injeção eletrônica Bosch K-Jetronic que reduziu emissões e também a potência: 310 cv. O interior foi todo revisto em 1982, mesmo ano em que a potência subiu para 315 cv graças a alterações nos comandos de válvulas e coletores de escapamento.

O câmbio automático era o favorito, equipando 883 dos 1.305 exemplares produzidos. Os 340 cv só retornaram em 1985, quando o motor cresceu para 5 litros: tornou-se a 412i, que tinha para-choques na cor da carroceria e traseira mais alta. Seu 0 a 100 km/h agora era de apenas 6,7 segundos e foi a primeira Ferrari a receber freios com ABS, fornecido pela Bosch.

Faróis escamoteáveis eram destaque do modelo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No total, cerca de 2.900 unidades do Tipo F101 foram produzidas em 17 anos. O modelo mais longevo de Maranello saiu de linha em 1989 e foi a última Ferrari com motor dianteiro até a apresentação da 456GT. Mesmo sem agradar a todos, é hoje valorizada como um dos mais belos e elegantes trabalhos do estúdio Pininfarina.

Motor: V8 de 4,4 litros; 340 cv a 6.200 rpm; 44 mkgf a 4.000 rpm;
Câmbio: manual de 5 marchas, tração traseira
Carroceria: fechada, 4 portas, 6 lugares;
Dimensões: comprimento, 481 cm; largura, 180 cm; altura, 131 cm; entre-eixos, 270 cm; peso, 1.800 kg;
Desempenho (oficial): 0 a 96 km/h em 7,1 segundos; velocidade máxima de 245 km/h.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

09 JAN

CG, R 1200 GS e MT-03: as motos mais vendidas por categoria em 2018

Depois de 7 anos sem crescer, a venda de motos voltou a subir em 2018, encerrando uma série negativa que vinha desde 2012. Carros mais vendidos por categoria em 2018Motos 2019: veja 25 lançamentos esperados Apesar da retomada no setor, não houveram grandes supresas entre as primeiras colocadas de cada segmento. Líder no geral e também entre as motos urbanas, a Honda CG 160 continua sem dar chances para as rivais e alcançou 253.244 unidades vendidas em 2018. Entre os... Leia mais
09 JAN

Há cinco anos um carro não vendia mais de 200 mil unidades no Brasil

Onix teve mais de 210.000 unidades vendidas em 2018 (Christian Castanho/Quatro Rodas)O ano de 2018 terminou sinalizando alguma recuperação do mercado automotivo brasileiro. Foram emplacados 2.470.654 automóveis e comerciais leves, uma alta de 13,74% frente a 2017.Outros fatos também mostram que o ano que passou foi acima da média. O Chevrolet Onix teve 21.763 unidades emplacadas em agosto de 2018, interrompendo assim um jejum de 44 meses: desde dezembro de 2014 um automóvel não tinha... Leia mais
09 JAN

Conheça os SUVs mais vendidos em cada estado brasileiro

Líder do mercado de SUVs, Compass é o preferido em 13 estados e no DF (Christian Castanho/Quatro Rodas)Sabe por que as fabricantes andam investindo tanto em utilitários esportivos? Os SUVs compactos, o segmento mais disputado da atualidade, responderam por 24,3% dos 1.338.365 automóveis emplacados no Brasil até agosto deste ano.Só perdem em participação para os hatches compactos. Que eles são o desejo de muita gente, já sabemos. Mas qual é o SUV preferido de cada estado brasileiro?A... Leia mais
09 JAN

Clássicos: Dodge Dart ficou menor a cada geração e conquistou americanos

O Dart 1975 era compacto nos EUA, mas gigante no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)Novidade para 1960, o Dodge Dart (dardo em inglês) era um modelo ligeiramente menor e mais barato que os grandalhões Matador e Polara. Baseado na linha Plymouth (divisão mais acessível da Chrysler Corporation), tinha 5,34 metros e estrutura monobloco, avanço notável sobre os rivais Ford e Chevrolet.A versão básica, Seneca, trazia as carrocerias sedã (de 2 e 4 portas) e a perua (4 portas). A... Leia mais
09 JAN

Tribunal de Tóquio rejeita pedido para libertar Ghosn

O Tribunal Distrital de Tóquio rejeitou nesta quarta-feira (9) um pedido da defesa de Carlos Ghosn pela soltura do ex-presidente do conselho da Nissan, que está preso desde 19 de novembro acusado de irregularidades financeiras, segundo a imprensa local. Na véspera, o brasileiro apareceu em público pela primeira vez desde a prisão e afirmou ser inocente, em audiência judicial. A atual ordem de prisão contra o executivo expira na sexta-feira. Na última segunda, o tribunal de... Leia mais
09 JAN

IPVA 2019 em SP: pagamento com desconto para veículos com placa final 1 vence nesta quarta

O calendário de vencimentos do pagamento do IPVA 2019 em São Paulo para pagamento da cota única com desconto ou da primeira parcela começa nesta quarta-feira (9) para veículos com placa com final 1. Depois de pagar o IPVA é possível fazer o licenciamento antecipado junto ao Detran. A consulta pode ser realizada nos terminais de autoatendimento, pela internet ou diretamente nas agências. Para isso é preciso fornecer o número do Renavam do veículo. Também é possível... Leia mais