O ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, pediu nesta quarta-feira (16) que a Renault convoque o conselho de administração da empresa - da qual o Estado francês é o principal acionista - para substituir Carlos Ghosn na presidência. O empresário brasileiro está preso no Japão por corrupção desde novembro.
"Nesta nova etapa, necessitamos uma nova governança (para a Renault). Sempre falei, lembrando a presunção de inocência de Carlos Ghosn, que ele estava impossibilitado de forma duradoura e teríamos que passar para a etapa seguinte. E estamos nela", disse o ministro à emissora de televisão "LCI".
Le Maire acrescentou que pediu, na sua condição de acionista de referência, a convocação de uma reunião do conselho de administração para que se "designe uma direção duradoura".
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— January 16, 2019href="https://twitter.com/hashtag/CarlosGhosn?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw" url="https://twitter.com/hashtag/CarlosGhosn?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw">#CarlosGhosn> - < href="https://twitter.com/BrunoLeMaire?ref_src=twsrc%5Etfw" url="https://twitter.com/BrunoLeMaire?ref_src=twsrc%5Etfw">@BrunoLeMaire> " Il faut que nous ayons la garantie, qu'aux manettes de < href="https://twitter.com/hashtag/Renault?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw" url="https://twitter.com/hashtag/Renault?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw">#Renault>, il y a une gouvernance qui est pérenne"< href="https://twitter.com/hashtag/24hPujadas?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw" url="https://twitter.com/hashtag/24hPujadas?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw">#24hPujadas> < href="https://twitter.com/hashtag/LCI?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw" url="https://twitter.com/hashtag/LCI?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw">#LCI> < href="https://twitter.com/hashtag/La26?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw" url="https://twitter.com/hashtag/La26?src=hasheref_src=twsrc%5Etfw">#La26> < href="https://t.co/hwXD3CFMNQ" url="https://t.co/hwXD3CFMNQ">pic.twitter.com/hwXD3CFMNQ>
Até agora, a França tinha mantido o apoio a Ghosn, desempossado dos cargos de presidente da Nissan e da Mitsubishi, as outras duas marcas com as quais a Renault forma uma aliança também presidida pelo empresário preso.
Dois representantes do governo estão atualmente em Tóquio para se reunirem com diretores da Nissan sobre a sucessão de Ghosn.
Briga de acionistas
O diretor-geral da Nissan, Hiroto Saikawa, negou que tenha havido um complô no grupo japonês contra Ghosn, em meio a uma batalha entre os acionistas japoneses e franceses.
O Estado francês controla mais de 15% das ações da Renault, uma porcentagem similar à da Nissan que, no entanto, não tem direito de voto na junta de acionistas. A Renault, por sua parte, tem 43% da Nissan, o que gera tensões entre os acionistas japoneses.
A justiça japonesa rejeitou na terça-feira passada um pedido de libertação de Ghosn, que é acusado de ter ocultado remunerações multimilionárias e outras irregularidades.