Ford e Volkswagen anunciaram nesta terça-feira (15), nos Estados Unidos, os planos da aliança global entre as marcas. O acordo prevê o desenvolvimento de uma nova família de picapes compartilhada entre a americana e a alemã para 2022. E o Brasil está na rota desses veículos.
Tudo vai começar com uma picape média. Do lado da Ford, que desenvolverá o veículo a partir de uma base inédita, ela já tratada como "nova Ranger", disse Rogelio Golfarb, vice-presidente de comunicação, estratégia e assuntos governamentais da Ford ao G1.
"Uma hora chegará (ao Brasil), é inevitável", completou o executivo, após comentar que a aliança ainda não tem decisões concretas sobre a ordem de lançamentos em cada lugar do mundo, dada a proporção global dos produtos, e nem de como ou onde será feita a distribuição da produção.
No caso da Volkswagen, Golfarb afirmou não saber se essa picape baseada na Ranger servirá como uma nova geração da Amarok - o modelo equivalente ao da Ford na gama atual da marca alemã - ou se receberá um nome diferente.
Procurada, a Volkswagen do Brasil não quis comentar o assunto.
O que se sabe é que as picapes terão identidades distintas de design e acabamento, seguindo as de suas respectivas marcas, apesar de o desenvolvimento ter a Ford como líder.
Elétricos e vans
Além das picapes, a aliança de Ford e Volkswagen também prevê o desenvolvimento conjunto de utilitários como vans e furgões. Neste caso, o foco é a Europa; o Brasil não deverá receber os modelos.
Há ainda o projeto para carros elétricos e autônomos, além de serviços de mobilidade. Para isso, por ora, a aliança apenas divulgou um memorando para iniciar os planos sobre os assuntos.
A aliança
De caráter global, o acordo entre Ford e Volkswagen estabelece o desenvolvimento conjunto de modelos como vans, picapes, elétricos e autônomos. Os primeiros frutos da parceria, as picapes, deverão ser apresentados em 2022. As vans chegam logo após.
A Ford ficará responsável pelo desenvolvimento da nova picape que será utilizada como base pela Volkswagen. O mesmo acontecerá no caso das vans maiores, de uso comercial, enquanto um outro modelo, de uso urbano, ficará a cargo da Volkswagen.
A aliança não prevê fusões ou participações acionárias entre as empresas. Tudo será dirigido por um comitê conjunto liderado pelos presidentes executivos das fabricantes, além de executivos senior.