Novidades

03 JAN

Placa do Mercosul: tire suas dúvidas e saiba o que já mudou no projeto

Placa do Mercosul: você provavelmente terá uma dessas em seu carro no futuro (Detran/Divulgação)

As novas placas no padrão Mercosul finalmente começaram a ser usadas no Brasil – inicialmente no Rio de Janeiro e gradualmente em outros Estados.

Entretanto, uma série de imbróglios e mudanças de rumo têm atrasado sua implantação e tornado difícil saber, exatamente, quais serão seus recursos.

Como ainda há muitas dúvidas sobre este novo sistema, QUATRO RODAS compilou tudo o que já foi divulgado sobre as novas placas e conta como isso afeta a sua vida.

Projeto original previa a inclusão de brasões estadual e municipal… (Detran/RJ/Divulgação)

Atualmente somente um grupo de veículos deve adotar a nova placa. São eles:

Quem quiser trocar a placa voluntariamente também pode fazê-lo, caso o Estado onde o veículo estiver registrado já tiver adotado o novo sistema.

Segundo o Detran do Rio de Janeiro, quem não se enquadrar nos quesitos acima não precisará trocar as placas. O Denatran espera que, gradualmente, toda a frota circulante do país receba a nova placa nos próximos anos.

…mas essa obrigatoriedade já caiu e deixou visual mais limpo (Henrique Rodrigues/Quatro Rodas)

No entanto, como o novo sistema possui outra sequência de números e letras (veja mais abaixo), é provável que no futuro o governo opte pela obrigatoriedade para que todos os carros restantes troquem as placas, para completar a padronização da frota até 2023.

Todos os Estados deverão adotar a nova placa até 30 de junho de 2019 (Montagem/Divulgação/Fiat)

O prazo final inicial era dezembro de 2018, mas uma série de liminares e discussões entre os diferentes departamento de trânsito fez com que a implantação completa da placa tenha sido adiada, no fim do ano passado, para 30 de junho de 2019.

Além do Rio de Janeiro, os Estados que já aderiram à nova placa são Amazonas, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Norte.

Quem quiser fazer a troca voluntária precisará aguardar que o Estado onde o veículo está registrado entre no sistema.

No Rio de Janeiro, o primeiro Estado a adotar o novo padrão, o custo da nova placa até caiu: R$ 193,84 para carros e R$ 64,61 para motocicletas, contra R$ 219,35 e R$ 90,12, respectivamente, no sistema anterior.

A diferença se dá porque o novo sistema não exige o lacre da placa traseira (que no Rio custava R$ 25,51). Por conta disso, o valor deixou de ser cobrado.

O número 0 recebeu um traço para se diferenciar da letra O (Detran/Divulgação)

Ainda não se sabe se outras regiões irão adotar a mesma política de preços do Rio de Janeiro. Isso porque os Detran de cada Estado têm autonomia para cobrar um valor diferente. Em São Paulo, por exemplo, o custo da atual placa é de R$ 128,68.

O que gerou crítica é a troca integral da placa ao mudar de município de registro do veículo. No sistema anterior era possível trocar apenas a tarjeta com a inscrição de Estado e cidade, mas na placa nova essas informações estão impressas na mesma chapa.

Por conta disso, mudar de cidade implicaria em mudanças no QR Code exclusivo que fica gravado no canto inferior da placa, exigindo sua atualização.

O QR Code pode ser lido por qualquer celular e não será alterado com a mudança do município de registro (Detran/Divulgação)

Esses problemas fizeram com que o Contran voltasse atrás e eliminasse os brasões do Estado e município.

Por ter as mesmas dimensões, a nova placa não exige adaptações (EBC/Agência Brasil/Divulgação)

Na primeira vez que a nova placa foi revelada, houve a sensação de que ela era mais larga que a atual. Parte disso se dá por sua similaridade com as icônicas placas da União Europeia – essas sim, bem mais largas, com 52 cm.

A nova placa, porém, tem as mesmas dimensões da atual: 40 cm de largura por 13 cm de altura.

Ainda assim, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) autorizou uma redução de até 15% no tamanho da placa em situações nas quais ela não couber no receptáculo do veículo, desde que o QR Code e a bandeira do Brasil sejam preservados.

Nossos vizinhos argentinos não tiveram a mesma sorte. Lá as placas antigas são mais estreitas (29,4 cm x 12,9 cm), o que pode exigir adaptações em veículos antigos regionais.

O padrão novo troca o segundo número por uma letra (Detran/Divulgação)

A flexibilidade do código alfanumérico permitirá à placa do Mercosul oferecer mais de 450 milhões de combinações. No sistema antigo, ainda vigente em alguns Estados, o teto de combinações era de 175 milhões.

Os sete caracteres da placa atual brasileira foram mantidos, porém com quatro letras e três números, e não mais três letras e quatro números.

Além disso, letras e números podem ser “embaralhados”, e não mais dispostos de maneira fixa em uma sequência LLL NNNN (em que L é letra e N, número).

Os países do Mercosul que adotarem a nova placa, inclusive, poderão estabelecer essa distribuição de maneira distinta.

Por exemplo, enquanto na Argentina a sequência tem sido LL NNN LL, no Brasil ela será inicialmente LLL NLNN para automóveis e LLL NN LN para motocicletas.

Como a nova placa manterá a quantidade de caracteres, porém com mudanças na sequência de letras e números, quem fizer a troca da placa antiga pela nova em um veículo já registrado verá o segundo número (da esquerda para a direita) ser substituído por uma letra de acordo com a tabela abaixo:

Com isso, uma placa QUA 1960 se transformará em QUA 1J60, com o “J” dando lugar ao “9”.

É importante ressaltar que, ao contrário do que aconteceu na migração das placas amarelas para cinzas, o proprietário não poderá mudar a sequência da placa do seu veículo na troca.

É possível que o governo proíba placas engraçadinhas ou ofensivas (Reprodução/Internet)

A adição de mais uma letra à placa brasileira permitirá diferentes combinações, incluindo algumas engraçadinhas.

QUATRO RODAS questionou o Denatran se haverá alguma sequência específica que será bloqueada para uso, como FDP, KCT ou PIN7O, por exemplo.

O órgão informou que essas sequências “estão sendo analisadas tecnicamente para que sejam destinadas a determinados tipos de veículos como transporte público ou fiquem disponíveis para escolhas do próprio usuário (proprietário do veículo), se assim for do seu interesse”.

A probabilidade de que haja restrições, porém, é alta. Nos Estados Unidos e na Alemanha há limitações para evitar problemas nos cadastros de multas e até impedir apologias ao nazismo.

Não será possível saber de qual município é o veículo sem ler o QR Code (Detran/Divulgação)

Hoje em dia é fácil identificar o Estado e município onde um automóvel foi registrado, pois essas informações ficam em uma plaqueta na parte superior da placa.

No novo padrão, porém, esse espaço é reservado exclusivamente para o país de registro do veículo. A identificação de Estado e cidade aconteceria por meio de brasões oficiais na lateral direita da nova placa.

Como dissemos acima, após uma mudança do Contran, a nova placa não terá mais os símbolos que permitiriam a identificação de local de registro do veículo.

Por conta disso, a principal forma de o cidadão saber onde o carro está registrado é usando o aplicativo Sinesp Cidadão, que também avisa se o veículo tem registro de furto.

Mas as sequências destinadas a cada Estado foram mantidas, levando em conta apenas a conversão de número para letra já citada. O Paraná, por exemplo, usará o intervalo AAA 0A01 até BEZ 9J99 (no sistema antigo era AAA 0001 a BEZ 9999).

Isso permitirá que você saiba, ao menos, qual foi o primeiro Estado de registro de cada carro.

A principal diferença será para os veículos oficiais, diplomáticos e de coleção (Reprodução/Internet)

Outra coisa que ficará mais difícil é saber se o carro é oficial, de aluguel (táxi) ou se está em testes.

Nas placas antigas essa identificação era feita pela cor de fundo e pelo tom das letras. Como no padrão Mercosul o fundo será sempre branco, somente a borda e as letras irão mudar de cor.

A maioria das placas vai apenas migrar a cor que era usada no fundo para as letras. Em veículos de teste a borda e os caracteres serão verdes, enquanto ônibus, caminhões e táxis usarão o vermelho.

Vai ficar mais difícil identificar um modelo de coleção de longe (ETC Comunicação/)

Os carros de coleção, porém, usarão caracteres cinzas, já que o preto é exclusivo dos automóveis comuns.

Ainda é cedo para saber o impacto disso, mas a mudança pode tirar parte do charme (e o status) de um antigo “placa preta”.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

20 AGO

'Uber da lavagem': aplicativo que oferece limpeza de carros com hora e local marcados cresce em meio à pandemia

A pandemia do coronavírus levou centenas de empresas a fecharem as portas em todo o país. Mas algumas, como a Lavô - aplicativo que oferece lavagens a seco com hora e local marcados pelo usuário a partir de R$ 35 - estão crescendo mesmo com o cenário adverso. Presente desde 2016 em Brasília, a plataforma também já era oferecida em Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Ribeirão Preto e Uberlândia. Agora, chega a São Paulo, Campinas, Florianópolis, Belo Horizonte e Balneário... Leia mais
14 AGO

Desempregados recorrem a aluguel de motos para fazer entregas na pandemia

As compras on-line aumentaram durante a pandemia de coronavírus, e muitas pessoas encontraram no delivery uma opção para ganhar dinheiro na crise. Mas, comprar o veículo para entregas pode ser obstáculo, e alguns desempregados estão recorrendo ao aluguel de motos para fazer o serviço. Na cidade de São Paulo, a startup Mottu viu a procura pelo aluguel de motos crescer desde o início das operações, em fevereiro, apenas um mês antes da pandemia de coronavírus começar.... Leia mais
14 AGO

Startup aposta no aluguel de motos como alternativa para entregadores

O aluguel de motos é um negócio ainda pouco explorado no Brasil. Diferente dos automóveis, que possuem uma diversidade de empresas consolidadas no setor, a locação de motocicletas nunca "decolou" no país e não tem números expressivos. Pensando em explorar este nicho, a startup Mottu iniciou as operações em fevereiro de 2020 no Brasil com o foco específico de locação para motoboys. "Acreditamos que a motocicleta é a ferramenta para fazer as pessoas ganharem mais... Leia mais
12 MAI
Financiamentos de veículos novos e usados caem 56% em abril

Financiamentos de veículos novos e usados caem 56% em abril

As vendas de veículos financiados caíram 56,5% no último mês de abril, em comparação com o mesmo período de 2019, e o prazo médio dos financiamentos aumentou. Os números foram divulgados nesta terça-feira (12) pela B3. Produção de veículos no Brasil despenca 99% em abril, diz AnfaveaMontadoras paralisam atividades por causa do coronavírus Foram 215.572 veículos, entre automóveis, motos e pesados, novos e usados. Em abril do ano passado foram 496.183 unidades. Em... Leia mais
04 MAI
Tracker e Hilux são destaques em mês com 67% de queda nas vendas de carro

Tracker e Hilux são destaques em mês com 67% de queda nas vendas de carro

– (Arte/Quatro Rodas)A Fenabrave (associação dos concessionários) divulgou, nesta segunda-feira (4), seu ranking com os veículos mais vendidos do mês de abril, o primeiro a transcorrer integralmente sob impacto da pandemia do novo coronavírus.A lista mostra que, por conta da Covid-19, o mercado sofreu um forte impacto nas vendas: 51.362 veículos novos foram emplacados, uma queda de 67,03% em relação ao mês anterior, que registrou 155.810 emplacamentos.Além disso, os números... Leia mais
04 MAI
O kit de R$ 12.500 que transforma um Toyota RAV4 em Lamborghini Urus

O kit de R$ 12.500 que transforma um Toyota RAV4 em Lamborghini Urus

Que tal transformar seu RAV4 num Urus (Albermo/Divulgação)Sucesso de vendas, inclusive no Brasil, o Lamborghini Urus foi o carro que quebrou de vez a resistência das marcas de superesportivos em relação aos SUVs. E, claro, logo se tornou um fetiche.Para quem não pode pagar os milhões de dinheiros pedidos pelo superutilitário esportivo (no Brasil, são R$ 2,4 milhões, para ser mais preciso), uma alternativa bizarra é transformar um carro comum em algo que lembre um Urus.A frente... Leia mais