Novidades

01 JAN

Clássicos: como Chevrolet Corvette Stingray se tornou ícone de desempenho

Os faróis escamoteáveis foram adotados de 1963 a 2004 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Não há um fã de carros que não conheça o Chevrolet Corvette, que nasceu em 1953 como um pacato conversível inspirado em esportivos europeus.

Denominada Stingray (arraia, em inglês), a segunda geração surgiu em 1963 para consolidar a reputação de alto desempenho e estabelecer os conceitos técnicos e de estilo mantidos até hoje.

Sua história começa com o Corvette SS de 1957, desenvolvido pelo engenheiro Zora Arkus-Duntov para competições e abortado após a GM encerrar sua participação oficial nas pistas.

O Stingray 1963 foi o primeiro Corvette fechado (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O SS foi aperfeiçoado com recursos próprios do projetista Bill Mitchell e deu origem ao Corvette Stingray Racer Concept Car em 1959.

Sob o controle do engenheiro Ed Cole, a Chevrolet desenvolveu o cupê XP-720, mesclando elementos de estilo do Stingray Racer de Mitchell com o projeto Q-Corvette de 1957.

Cole mediou as ideias antagônicas de Duntov e Mitchell: o engenheiro desejava um Corvette com motor central, enquanto o projetista insistia no estilo harmonioso do motor dianteiro.

Traseira era inspirada no Bugatti Atlantic (1936-38) (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Prevaleceu o conceito de Mitchell, mas Duntov teve papel essencial no desenvolvimento do novo chassi, mais forte, rígido e com 10 cm a menos entre os eixos.

A suspensão traseira independente também é creditada a Duntov, avanço que logo colocou o Corvette à frente de esportivos como Ferrari, Aston Martin e Maserati.

Trabalhada no túnel de vento do Instituto de Tecnologia da Califórnia, a carroceria de fibra de vidro foi oferecida também na versão conversível.

Menor e mais leve que seu antecessor, o Stingray aproveitava melhor o desempenho do V8 de 5,4 litros, que chegava a 360 cv com a injeção mecânica de combustível Rochester.

Não havia tomadas de ar nos para-lamas dianteiros, apesar da saliência (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Corvette, enfim, era um legítimo esportivo: mais de 80% dos Stingray tinham câmbio manual de quatro marchas.

Outros opcionais eram ignição eletrônica, freios assistidos, direção hidráulica, ar-condicionado, bancos de couro, rádio, rodas de alumínio com fixação central e pacotes de alto desempenho para corridas.

Inspirado no majestoso Bugatti Type 57SC Atlantic, o vidro traseiro bipartido era um toque pessoal de Mitchell que provocou a ira de Duntov e o descontentamento da imprensa especializada.

Conta-giros ficava em posição de destaque no painel (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mas o público aprovou: 21.513 Stingray foram vendidos em 1963, quase 50% mais que no ano anterior. A irresignação de Duntov deu resultado: o modelo 1964 finalmente recebeu o vidro traseiro inteiriço.

Mesmo com vários opcionais, o Stingray custava bem menos que rivais europeus capazes de quebrar a barreira dos 200 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 8 segundos.

A suspensão foi recalibrada com novas molas e amortecedores.

Cultuado, o modelo 1965 trouxe o V8 de 6,5 litros, identificado pelo capô ressaltado. Seus 425 cv rendiam um 0 a 100 km/h em cerca de 5 segundos, desempenho contido por freios a disco Delco nas quatro rodas.

Porta-malas do cupê sem porta traseira (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Foi um generoso acréscimo de torque e potência por um valor inferior ao do V8 de 5,4 litros com injeção Rochester.

Para fazer frente ao Shelby Cobra 427, o V8 big block teve a cilindrada aumentada para 7 litros em 1966.

Era um dos carros mais rápidos do mundo e o americano tecnicamente mais refinado e veloz, com máxima em torno de 225 km/h.

Câmbio manual e um V8 repleto de torque e potência (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Foi o ano de maior sucesso do Stingray: 27.720 unidades. Em 1967, o Stingray somou 117.964 carros, acima do esperado pela GM e com um retorno inestimável para a imagem da Chevrolet no mundo todo.

O Stingray 1963 destas fotos, aos cuidados da De Gennaro Motors, é um dos mais valorizados em função do polêmico vidro traseiro bipartido.

Sucesso de público e crítica, é o retrato de uma época romântica da indústria em que os melhores profissionais não mediram esforços para criar um automóvel que já nasceu clássico e cujo espírito ainda hoje se mostra presente no Corvette.

Motor: V8 de 5,4 litros; 300 cv a 5.000 rpm; 49,7 mkgf a 3.200 rpm;
Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira;
Carroceria: fechada, 2 portas, 2 lugares;
Dimensões: comprimento, 455 cm; largura, 177 cm; altura, 126 cm; entre-eixos, 249 cm; peso, 1.525 kg;
Desempenho: 0 a 96 km/h em 7,2 segundos; velocidade máxima de 209 km/h.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

14 MAR

Fiat vai patrocinar a Seleção Brasileira de futebol

A Fiat anunciou nesta quinta-feira (14) que vai patrocinar a Seleção Brasileira de futebol pelos próximos 4 anos. Os valores do negócio não foram divulgados. O contato vale para todas as categorias, incluindo equipes masculinas, femininas, olímpica e de base. A fabricante aparecerá como patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, já nas próximas competições, a Copa do Mundo de futebol feminino, que acontece na França, e a Copa América, sediada pelo... Leia mais
14 MAR

Audi convoca recall de A6, A7, A8, S5 e Q7 por risco de incêndio

A Audi iniciou um recall envolvendo os modelos A6 Sedan, A6 Allroad, A7, A8, Q7 e S5 Sportback, de 2015 a 2017 com motorização 3.0, por possível vazamento de combustível. De acordo com a marca, uma falha no processo de vedação dos tubos de distribuição de combustível do motor pode fazer com que, com o passar do tempo, há o risco de vazamento de combustível, com possível incêndio no veículo. Os proprietários das unidades participantes devem agendar a inspeção e o... Leia mais
14 MAR

Hyundai Styx: SUV menor que o Creta seria muito bem-vindo no Brasil

Novo SUV de entrada será mostrado em abril (Twitter/Internet)A Hyundai poderia surfar no sucesso do Creta, o SUV compacto mais vendido do Brasil em 2018.Uma opção para isso seria o Hyundai Styx (também conhecido pelo codinome QXi), uma opção menor para o mesmo segmento, que será revelado durante o Salão de Nova York, em abril.O novo modelo é tratado como a versão de produção do HND-14 Concept, mostrado no Salão de Nova Deli de 2016. E é justamente na Índia onde ele circula em... Leia mais
14 MAR

Citroën Berlingo tem recall por erro no quadro de instrumentos

A Citroën anunciou um recall para 639 unidades do utilitário Berlingo fabricadas entre 2017 e 2018 por uma possível falha no quadro de instrumentos digital, que pode causar a marcação errada da quilometragem do veículo. De acordo com a fabricante, o defeito pode acontecer por um possível erro na comunicação entre o quadro de instrumentos e o software da caixa de serviços inteligente. Isso "poderia impossibilitar a execução dos planos de manutenção dentro dos prazos... Leia mais
14 MAR

Incêndio destrói frota de motos elétricas na Espanha

Um incêndio destruiu uma frota de motos elétricas durante a madrugada desta quinta-feira (14) na pista de Jerez, na Espanha. Os modelos seriam utilizados na nova série MotoE, que será uma classe movida à eletricidade no Mundial de MotoGP. De acordo com a organização do evento, o fogo causou grandes danos a todo o material que seria utilizado na primeira prova, mas ninguém ficou ferido. #MotoE will race in 2019; calendar to be revisedFurther information released following... Leia mais
14 MAR

Nissan Kicks ganha série UEFA Champions League por R$ 95.290

O Nissan Kicks ganha sua segunda edição especial focada nos esportes. Depois da Rio 2016, é a vez da série UEFA Champions League, que chega por R$ 95.290 limitada a 600 unidades. Assim como o Kicks Rio, que fazia alusão ao patrocínio da Nissan aos jogos olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, o Kicks UEFA também se caracteriza com base no patrocínio da marca na liga europeia de futebol. Nissan confirma novos X-Trail, March, Versa e modelo "híbrido" Baseada na versão... Leia mais