O ex-presidente do conselho de administração da Nissan Carlos Ghosn prometeu "restaurar seu nome" no tribunal, informou nesta quinta-feira (20) a rede de televisão japonese NHK. Acusado de sonegação de fraude, o executivo está detido no Japão há pouco mais de um mês.
"As coisas como estão são absolutamente inaceitáveis", teria dito Ghosn ao seu advogado. "Eu quero ter minha posição ouvida e restaurar minha honra no tribunal."
Foi o primeiro comentário de Ghosn desde sua prisão em 19 de novembro por supostamente omitir cerca de metade de seu rendimento em um período de cinco anos a partir de 2010. Ele foi posteriormente acusado por suspostamente cometer o mesmo crime nos últimos três anos.
Uma ligação para o escritório de seu advogado, Motonari Otsuru, não foi respondida fora do horário comercial, no início de sexta-feira. O advogado já tinha se recusado a retornar as ligações para comentar o caso Ghosn.
Na quinta-feira, um tribunal de Tóquio rejeitou inesperadamente pedido dos promotores para prorrogar a detenção de Ghosn, o que, segundo a mídia japonesa, significa que ele pode ser libertado sob fiança já na sexta-feira.
Ghosn deseja conceder uma coletiva de imprensa depois que for libertado, disse seu advogado, segundo a NHK.