O ano na indústria automotiva mundial foi marcado por 4 poderosos chefões. Da prisão surpreendente a um tuíte que abalou a bolsa de Nova York, veja como eles mexeram com as algumas das marcas mais importantes do mundo.
A prisão do brasileiro Carlos Ghosn, no fim deste ano, repercutiu em todo o mundo e surpreendeu não apenas a indústria automotiva.
À frente de um dos maiores grupos da indústria, a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, ele era considerado um "superstar" do mundo corporativo. Agora, enfrenta acusações de fraude e sonegação fiscal no Japão.
Reveja as principais notícias do caso Ghosn:
- 19/11 - Ex-CEO e presidente do conselho da Nissan, Carlos Ghosn é preso
- 19/11 - Ghosn deixou de declarar mais de R$ 167 milhões
- 19/11 - Nissan era contra fusão com Renault desejada Ghosn
- 20/11 - Ghosn teria comprado imóveis com fundos da Nissan
- 20/11 - Renault mantém Ghosn na presidência
- 22/11 - Nissan tira Ghosn da presidência do conselho
- 26/11 - Conselho da Mitsubishi também afasta Ghosn
- 26/11 - Nissan quer rever parceria com a Renault
- 10/12 - Promotores indiciam Ghosn e Nissan
Do céu ao inferno, via redes sociais. Assim foi o ano de Elon Musk. Pelo Twitter, o presidente da Tesla mostrou o envio de um carro ao espaço por sua outra empresa, a SpaceX. Depois, se envolveu em bate-boca na rede por causa dos meninos presos na caverna na Tailândia.
Por fim, com um único tuíte, conseguiu: 1) abalar a bolsa de Nova York; 2) ser processado pela agência que regula o mercado; 3) acabar forçado a sair da presidência do conselho da montadora. Tudo porque decidiu anunciar na rede que "pensava" em tirar a Tesla da bolsa.
Relembre algumas manchetes do ano polêmico de Musk:
- 06/02: SpaceX lança carro ao espaço em 'superfoguete'
- 16/07: Como plano de Musk para resgate na Tailândia acabou em acusação de pedofilia
- 07/08: Musk diz que Tesla pode deixar de ter ações na bolsa
- 27/09 - Musk é acusado de fraude na bolsa
- 29/09 - Musk é forçado a deixar a presidência do conselho da Tesla
A presidente da General Motors anunciou no fim deste ano um plano de reestruturação que é o maior desde 2009, quando a montadora quase faliu. Até 7 fábricas podem ser fechadas, 5 na América do Norte: a medida enfureceu o presidente Donald Trump.
Reveja planos de Mary Barra e a repercussão:
- 26/11 - GM deve fechar fábricas e demitir trabalhadores na América do Norte
- 26/11 - Ação da GM sobe após anúncio de plano
- 26/11 - Trump diz que GM 'está brincando com a pessoa errada'
- 27/11 - Chevrolet Cruze e Volt deixarão de ser fabricados nos EUA
- 28/11 - Trump estuda tarifas sobre importação de veículos após GM anunciar demissões
Sergio Marchionne, comandante do grupo Fiat Chrysler (FCA) e da Ferrari, morreu em julho, após complicações de uma cirurgia. Ele ditava os rumos de marcas como Fiat e Jeep e também era figura importante na Fórmula 1.
Marchionne já havia anunciado sua saída do grupo, para 2019, e da Ferrari, para 2021. Mas, em julho, a FCA anunciou repentinamente que a transição seria antecipada pelo agravamento da saúde do executivo. Ele morreu 4 dias depois.
Relembre a repercussão e consequências:
Mais de 2018 sobre rodas
Não apenas de grandes nomes se sustentaram as notícias do setor automotivo no ano. Outros assuntos deram o que falar, veja:
- Placas do Mercosul: após inúmeras polêmicas, estados devem aderir ao novo padrão até o final de dezembro;
- Falando em leis, o governo chegou a divulgar que seria preciso curso e prova para renovar a CNH, mas voltou atrás após críticas;
- Já a CNH digital começou a valer; o documento do veículo digital também;
- Salão do Automóvel: a edição 2018 do maior evento automotivo da América Latina foi marcado por carros elétricos;
- Honda e Toyota admitiram que houve casos de explosão de 'airbags mortais' no Brasil;
- Rota 2030: depois de um longo período de espera, o programa de incentivos a montadoras que sucede o Inovar Auto foi lançado