A China confirmou a suspensão de tarifas aos automóveis e peças de substituição fabricados nos Estados Unidos a partir do dia 1º de janeiro, uma medida que faz parte do acordo de trégua à guerra comercial fechado há poucos dias pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.
A imprensa local replicou neste sábado (15) o anúncio feito na sexta-feira (14) à noite pelo Ministério de Finanças do país sobre a queda temporária para 15% - atualmente são 40% - dos impostos que a China cobra no setor dos EUA.
"A imposição de tarifas aos automóveis e partes originais dos Estados Unidos é um movimento forçoso contra o protecionismo comercial americano, por isso que a suspensão das tarifas é uma medida concreta para implementar o consenso dos dois chefes de estado", escreveu o ministério.
Em julho, a China reduziu as tarifas aos veículos importados para 15%, mas mais tarde elevou a taxa para 40% em represália às tarifas punitivas de Washington sobre produtos chineses.
O governo vai suspender assim durante três meses a imposição de tarifas que afetarão 211 linhas de produtos como veículos híbridos de passageiros, caminhões com motor diesel, chassis e cintos de segurança dos assentos, entre outros.
"Esperamos que as duas partes, de acordo com o consenso dos dois chefes de estado, se baseiem na premissa do respeito mútuo, da igualdade mútua e da fidelidade, das palavras e dos fatos, e intensifiquem as consultas para eliminar todos os aumentos de tarifas e desenvolverem ativamente uma situação equilibrada, inclusiva e benéfica para todos", acrescentou o ministério.
Nesta semana, os Estados Unidos também confirmaram as primeiras compras significativas de soja americana pela China desde o início da imposição mútua de tarifas sobre produtos importados entre os dois países, em outro sinal de que a disputa pode estar próxima do fim.