A China aceitou "reduzir e eliminar" as tarifas dos automóveis importados dos Estados Unidos, anunciou o presidente presidente Donald Trump, depois de estabelecer com o presidente chinês, Xi Jinping, uma trégua na guerra comercial entre as duas principais economias do mundo.
"A China concordou em reduzir e eliminar as taxas dos automóveis que entram na China a partir dos EUA. Atualmente, a tarifa é de 40%", escreveu Trump no Twitter, que se reuniu no sábado com Xi Jinping após o encontro de cúpula do G20 em Buenos Aires.
As Bolsas da Ásia registraram alta nesta segunda-feira, após a notícia de que Washington e Pequim concordaram com uma trégua de três meses para não impor novas tarifas, enquanto negociam um acordo mais detalhado.
Com o acordo entre os países, os índices acionários chineses registraram seu maior ganho diário em um mês.
Como foi o acordo?
No sábado, Trump e Xi estabeleceram uma pausa na guerra de tarifas que afetou os mercados ao redor do planeta durante meses.
O presidente americano chamou de "incrível" o pacto com o qual Washington espera reduzir o gigantesco déficit comercial com Pequim e ajudar a proteger a propriedade intelectual dos Estados Unidos.
Trump se comprometeu a não cumprir a ameaça de elevar de 10% para 25% as tarifas das importações de produtos chineses no valor de 200 bilhões de dólares a partir de 1 de janeiro.
Em troca, a China deve comprar uma quantidade "muito importante" de produtos agrícolas, de energia, industriais e outros bens dos Estados Unidos.
Trump não publicou nenhum tuíte posterior no domingo para explicar quais tarifas de automóveis serão eliminadas e quais serão reduzidas.
A China reduziu em julho as tarifas de importação de automóveis de 25% a 15%. Mas com o aumento da tensão comercial, Pequim impôs aos veículos americanos uma taxa adicional de 25%, o que elevou a carga de impostos a 40%.