O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deu um novo prazo para a implementação das placas padrão Mercosul no Acre. O estado tem até o dia 24 de dezembro para começar a instalar o novo modelo de placas. O prazo anterior era 1º de dezembro. Agora, cada estado terá um prazo específico.
O Ministério Público do Acre (MP-AC) havia instaurado um procedimento preparatório para investigar o processo de substituição das placas dos veículos no estado.
O órgão recomendou ainda ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AC) que solicitasse ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) o adiamento do uso das novas placas por um período mínimo de 60 dias. Após receber a recomendação, a diretora do Detran-AC, Shirley Torres, afirmou ao G1 que o órgão iria protocolar um pedido junto ao Denatran de adiamento por 30 dias.
O diretor-geral em exercício, Fábio Ferreira, afirmou que o Detran-AC está preparando o sistema para que no dia 24 de dezembro possa viabilizar a implantação da placa padrão Mercosul em todo o estado.
“Já temos hoje seis empresas estampadoras credenciadas no estado, já foram vistoriadas três empresas e nós acreditamos que no dia 24 de dezembro, todas as empresas e o sistema Detran estarão prontos para fazer o emplacamento da placa Mercosul no estado do Acre”, afirmou.
Quem precisa trocar
O novo padrão só precisa ser adotado para o primeiro emplacamento e, para quem tiver a placa antiga, no caso da troca de município ou propriedade.
O novo padrão tem 4 letras e 3 números, diferente do modelo usado até então, com 3 letras e 4 números.
Outra diferença é que a cor do fundo das placas será sempre branca. O que varia é a cor da fonte. Para veículos de passeio, cor preta, para veículos comerciais, vermelha, carros oficiais, azul, em teste, verde, diplomáticos, dourado, e de colecionadores, prateado.
'Novela' das placas
Este é a quarta mudança no cronograma de adoção da placa do Mercosul no Brasil. O padrão já é usado na Argentina e no Uruguai.
Ela foi anunciada em 2014, deveria ter entrado em vigor por aqui em janeiro de 2016, foi adiada para 2017 e depois por tempo indeterminado.
Uma disputa judicial chegou a interromper a obrigatoriedade, mas o governo recorreu e retomou os emplacamentos.
Os últimos capítulos envolveram uma autorização para a redução do tamanho caso as placas não se encaixem nos locais determinados nos veículos e a retirada dos símbolos de identificação de estado e município.