A General Motors anunciou nesta segunda-feira (26) um plano de reestruturação que pode fechar 5 fábricas na América do Norte e gerar economia de US$ 6 bilhões. De acordo com a agência AP, o plano pode levar a demissão de 14.700 empregados.
O processo vai cortar a produção de carros, parar com a produção alguns modelos e reduzir sua força de trabalho nos Estados Unidos e no Canadá, em sua maior reestruturação desde sua falência há uma década.
Em 2017, a GM anunciou investimento de US$ 1 bilhão para os Estados Unidos. Na época, a montadora estava transferindo parte da produção do México para os EUA, após o presidente Donald Trump ameaçar taxar a importação de veículos.
5 fábricas podem fechar
A montadora disse que pretende interromper a produção no próximo ano nas unidades de Lordstown, Ohio, Hamtramck, Michigan e Oshawa, Ontário. Também serão afetadas as fábricas de transmissão de Michigan e Baltimore.
A questão será abordada em conversações com o sindicato dos trabalhadores no ano que vem, informou a agência Reuters.
Além das fábricas na América do Norte, a GM anunciou que mais duas fábricas fora da região serão fechadas, mas os locais ainda não foram divulgados. No início do ano, a empresa já havia anunciado o encerramento da unidade fabril na Coreia do Sul.
“Estamos adequando nossa capacidade à realidade do mercado", disse a CEO da GM, Mary Barra.
Apesar dos cortes, a GM não prevê uma queda na economia. A CEO da montadora disse que as reduções são preventivas, "enquanto a empresa é forte e a economia é forte".
Modelos que podem sair de linha
Entre modelos agora montados nas fábricas que podem fechar, estão inclusos Chevrolet Cruze, Cadillac CT6 e Buick LaCrosse. Além dos EUA, a atual geração do Cruze também é feita em México e Argentina.
Em contrapartida, a GM disse que vai transferir mais investimentos para veículos elétricos e autônomos, além de ressaltar o recente investimento em picapes, crossovers e SUVs.