Preso na última segunda-feira (19) no Japão, o executivo brasileiro Carlos Ghosn, presidente da aliança Renault-Nissan, teria comprado e reformado imóveis residenciais de uso pessoal em pelo menos quatro países diferentes com recursos da empresa, segundo a imprensa japonesa.
De acordo com o jornal japonês Nikkei, uma subsidiária holandesa criada em 2010 por cerca de US$ 53,4 milhões para investimento em startups teria financiado as ações pessoais de Ghosn, que envolvem a compra e reforma de um luxuoso apartamento na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e uma casa em Beiture, no Líbano.
O jornal aponta ainda que os gastos combinados para os dois imóveis teriam ultrapassado US$ 17,8 milhões. Toda a transação teria sido supervisionada pelo diretor executivo da empresa, Greg Kelly.
A NHK, diz que o esquema de compra e reforma de imóveis para uso pessoal também aconteceu em Paris (França) e Amsterdã (Holanda). A emissora japonesa relata ainda que Carlos Ghosn teria utilizado fundos da Nissan para pagar viagens aos familiares.