A ação da Renault fechou a sessão desta segunda-feira (19) em queda de 8,43%, repercutindo a prisão de seu presidente executivo, Carlos Ghosn, acusado de fraude pela justiça do Japão. Já o papel da Nissan recuou 6,42% na bolsa de Frankfurt.
Ghosn também é presidente do conselho da Nissan, além de estar à frente da aliança entre a Renault, Nissan e Mitsubishi (esta última comprada pela Nissan em 2016).
A prisão levantou dúvidas entre investidores sobre o futuro da aliança. "É difícil não concluir que haverá um golfo se abrindo entre a Renault e a Nissan", disse à agência Reuters Max Warburton, analista da Bernstein, elevando a perspectiva de uma potencial "re-japanização" da Nissan e o fim da aliança.
A Renault tem papéis negociados na bolsa dos Estados Unidos, onde o dia também foi de queda. O recuo do preço do papel foi de 7,07%, para US$ 13,67. O papel da Nissan em Wall Street também recuou. A perda foi de 5,85%, para US$ 16,90.
Segundo a imprensa japonesa, Carlos Ghosn foi detido nesta segunda em Tóquio por suspeita de fraude, após uma investigação interna da fabricante de automóveis. O Conselho de Administração da Renault "se reunirá o quanto antes", informou a fabricante francesa nesta segunda.