Os próximos dois anos devem ser essenciais para a estratégia de renovação no Brasil do principal produto da Toyota. Até o final de 2020, a marca terminará de realizar a modernização de R$ 1 bilhão da fábrica de Indaiatuba (SP), onde é produzido o Corolla.
Além de se tornar mais eficiente e produtiva, a unidade deve ser a responsável por estrear a fabricação de veículos híbridos da empresa no país. “A fábrica ficará pronta para receber novas tecnologias”, disse o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, ao G1, no Salão do Automóvel de São Paulo.
O término da obra, em meados de 2020, coincide com a previsão de chegada da nova geração do Corolla. O sedã passará por uma das maiores revoluções em mais de 5 décadas de vida. Isso inclui a adoção da plataforma TNGA, já usada pelo Prius.
Corolla híbrido e flex
Uma das consequências é a possibilidade de ter motorizações híbridas, como já acontece com as versões hatch e perua, já à venda na Europa.
Por aqui, a empresa ainda não confirma que o sedã será híbrido, mas o riso sem palavras do executivo não esconde que o caminho do Corolla é esse.
Além de aliar o motor a combustão ao elétrico, o Corolla deve ser o primeiro veículo da empresa com a tecnologia híbrida e flex. A Toyota já desenvolve o sistema, usando o Prius como “cobaia”.
“Posso dizer que 75% dos testes estão concluídos”, afirmou Chang. Depois disso, vem a fase de homologação, que leva cerca de 6 meses.
Ou seja, além da fábrica, a Toyota terá o produto e a tecnologia já prontos para o mercado brasileiro.
Além disso, é público que a partir de 2025 todos os modelos da marca terão ao menos versão híbrida. Segundo o presidente da marca, até mesmo produtos mais baratos, como Etios e Yaris, devem receber conjuntos com motores elétricos.
Outros híbridos
Antes de 2025 devem chegar outros híbridos no Brasil. Também sem confirmar uma data, o executivo da marca disse haver estudos para trazer RAV4 e Camry com a tecnologia verde. Os modelos já foram apresentados em outros mercados.
Agora, com a redução de impostos de híbridos e elétricos, a vinda dos modelos foi facilitada.
Corolla ‘descolado’
Voltando ao Corolla, Chang afirmou que ainda não foi tomada a decisão sobre “qual” será o modelo da próxima geração. Isso porque, tradicionalmente, o Corolla tem versões diferentes no americano e no europeu. Normalmente, o Brasil acompanha o veículo da Europa.
No entanto, uma coisa é certa. O Corolla perderá o jeito conservador que sempre foi sua marca. Ele deve seguir traços das versões hatch e perua, apresentadas há pouco na Europa.