Novidades

26 OUT

O que é o Ford Territory, futuro concorrente de Compass e ix35

Novo SUV da Ford nasceu como carro chinês (Arte/Quatro Rodas)

A Ford mostrará no Salão do Automóvel de São Paulo o Territory, um SUV médio que no Brasil poderia disputar clientes com o Jeep Compass. Na prática, porém, nem Ford ele é.

Ford Territory é maior que o Jeep Compass (Divulgação/Ford)

Apresentado na China em agosto, o Ford Territory nada mais é que um Yusheng S330 com alterações cosméticas no design. Primeiro é preciso explicar quem é a Yusheng.

A semelhança com o Evoque na traseira pode não ser mera coincidência (Divulgação/Ford)

É uma submarca da Jiangling Motors Corporation (JMC), uma das duas parceiras da Ford na China e proprietária da Landwind, marca mais conhecida por vender um clone do Range Rover Evoque.

A JMC também foi responsável por um clone da Volkswagen Amarok.

O JMC Yusheng S330 foi lançado em 2016 (JMC/Divulgação)

Além do Territory, a JMC produz em parceria com a Ford o Everest, SUV derivado da Ranger, e inúmeras versões da van Transit.

Yusheng S330, porém, é um caso à parte. Foi lançado em 2016 de olho na expansão do mercado de SUVs nas grandes cidades do interior da China. 

Na China, SUV custa a partir de 7.300 dólares (JMC/Divulgação)

O motor 1.5 turbo desenvolvido pela própria Jiangling rende 163 cv e pode ser combinado a câmbios manual ou automático, ambos de seis marchas.

Na China, seus preços começam em 7.300 dólares, o equivalente a R$ 27.250 no câmbio atual.

Para transformar o Yusheng S330 no Territory, mudaram grade dianteira, para-choques, faróis e lanternas. Depois, aplicaram os logotipos da Ford.

As linhas retas do interior do Yusheng parecem inspiradas nos Land Rover, mas usa apenas plásticos rígidos (JMC/Divulgação)

O interior, por sua vez, é completamente diferente. Além do design mais moderno, recebeu materiais de melhor qualidade. Além dos plásticos duros do S330, o Ford tem toque macio em parte do painel e nas portas.

 

 (Divulgação/Ford)

A lista de equipamentos do Territory inclui central multimídia com comando de voz e o sofisticado sistema Co-Pilot360, que une frenagem de emergência, monitoramento de pontos cegos, acendimento automático dos faróis e piloto automático adaptativo.

Por outro lado, o motor 1.5 turbo da Jiangling foi amansado. Rende 143 cv, 20 cv a menos que o Jiangling. Em compensação, o consumo melhorou: chega a 14,9 km/l, contra 13,8 km/l do irmão chinês.

Versão Ford tem até quadro de instrumentos digital (Divulgação/Ford)

Ele tem 4,58 m de comprimento, 1,94 m de largura, 1,67 m de altura e 2,71 m de entre-eixos. É sensivelmente maior que um Jeep Compass, que tem 4,42 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,64 m de altura e 2,64 m de entre-eixos. Também é maior que o Hyundai ix35, que tem 4,41 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,66 m de altura e 2,64 m de entre-eixos.

Para se instalar na China, fabricantes ocidentais precisam se associar às empresas chinesas. Essa regra, que vale até 2022, fez com que muitas marcas chinesas tivessem acesso a tecnologias e processos de produção.

Bancos misturam couro e tecido bege (Divulgação/Ford)

O movimento mais comum é ver fabricantes chineses usando projetos das marcas internacionais. É o caso do Lynk e Co 01 e do Geely Borui GE, ambos baseados na mesma plataforma CMA do Volvo XC40.

A Ford fez o contrário. Com as vendas em baixa, recorreu à sua parceira para ter um SUV interessante e barato sem muito esforço.

Territory ainda tem teto solar panorâmico (Divulgação/Ford)

Não por acaso, é justamente o que a Ford precisa no Brasil. Hoje vive dos bons números de vendas do Ka e do EcoSport, mas o Fiesta vende pouco e o Focus sairá de linha no ano que vem.

SUV chinês pode estrear no Brasil em 2019 (Divulgação/Ford)

Importar ou produzir localmente o Kuga/Escape, seu SUV médio para Estados Unidos e Europa, seria caro e demorado. Ficaria difícil ter preços competitivos para concorrer com o Jeep Compass, SUV mais vendido no Brasil hoje.

 (Divulgação/Ford)

No Brasil, o Ford Territory poderia ajudar a marca a dar uma respirada. Importar da China ou montar no Brasil em CKD custaria pouco à Ford, que teria uma grande margem de lucro posicionando ele acima do EcoSport, na faixa dos R$ 100 mil.

 (Divulgação/Ford)

A marca não confirma o lançamento do Territory no Brasil, mas não esconde que já estudou a faixa de preço onde pode colocar ele. Mas, se vier, será apenas a partir do segundo semestre de 2019.

Difícil será convencer o brasileiro a comprar um Ford que não é Ford.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

30 JAN
Hummer será ressuscitada como picape elétrica com 1.014 cv de potência

Hummer será ressuscitada como picape elétrica com 1.014 cv de potência

GMC Hummer EV será primeiro modelos de uma nova família de elétricos (GMC/Divulgação)Em 2010, a Hummer saiu de cena após a crise econômica que abalou a GM dois anos antes. Se hoje aqueles SUVs seriam considerados vilões do meio ambiente, por ironia do destino agora a marca voltará à vida com uma picape elétrica de 1.014 cv.Tamanha potência – além dos 159 mkgf de torque – será capaz de levar o utilitário aos 97 km/h (equivalente a 60 mph) em apenas 3 segundos. Além disso, os... Leia mais
30 JAN
Caoa Chery Tiggo 7 2021 ganha Android Auto e visual chinês

Caoa Chery Tiggo 7 2021 ganha Android Auto e visual chinês

Peça publicitária revela o Tiggo 7 2021 (Reprodução/Chery)Para a Caoa Chery, 2021 já começou. A fabricante já anuncia o novo ano/modelo do Tiggo 7 com novidades visuais e de equipamentos.A central multimídia com tela de 9 polegadas agora é compatível não só com Apple Carplay como também com Android Auto. Desta forma, quem tem smartphone com o sistema operacional do Google não ficará mais dependente do espelhamento da tela do aparelho – que, por sinal, só funcionava com o... Leia mais
30 JAN
Novo SUV de entrada da Volkwagen surge com jeitão de CrossFox

Novo SUV de entrada da Volkwagen surge com jeitão de CrossFox

– (Reprodução/Volkswagen)A Volkswagen divulgou um teaser para confirmar a presença do seu inédito SUV de entrada (conhecido até o momento como A0 SUV) no Salão de Nova Délhi, que começa na próxima semana.O que o Brasil tem a ver com isso? Tudo, afinal, este modelo será o ponto de partida para o novo carro de entrada da marca alemã desenvolvido no Brasil.Por aqui ele terá a responsabilidade que substituir Fox, Gol e Up!, de uma só vez – como já foi adiantado por QUATRO RODAS.... Leia mais
30 JAN
Toyota é a primeira grande marca a desistir do Salão do Automóvel 2020

Toyota é a primeira grande marca a desistir do Salão do Automóvel 2020

No Salão do Automóvel de 2018 a Toyota destacou a Gazoo Racing, que estreava no Brasil com a Hilux GR Sport (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)A Toyota anunciou que não participará do Salão do Automóvel, que acontece entre 12 e 22 de novembro em São Paulo. A decisão foi anunciada pelo presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang. Esta decisão também tem efeito sobre a marca de luxo Lexus.A Toyota diz que pretende direcionar seus esforços em ações de mobilidade ao longo do ano, junto... Leia mais
30 JAN
Como, em 17 anos, os SUVs sufocaram as peruas até a morte no Brasil

Como, em 17 anos, os SUVs sufocaram as peruas até a morte no Brasil

O Palio mudou, mas perua Weekend não conseguiu seguir as mudanças. Por isso, tornou-se independente (Divulgação/Quatro Rodas)A Fiat Weekend saiu de linha na última segunda-feira (27) e as peruas populares deixaram de vez o mercado.A station wagon da marca italiana parou de ser fabricada por conta da nova legislação que obriga todos os veículo saírem de série com encosto de cabeça e cinto três pontos para todos os ocupantes da segunda fila, e suporte Isofix para ancoragem de... Leia mais
30 JAN
Autodefesa: Hyundai Creta vira alvo de roubos de moldura da coluna A

Autodefesa: Hyundai Creta vira alvo de roubos de moldura da coluna A

Depois que foi roubado, Jairo recebeu um orçamento de R$ 2.200 (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)A combinação do preço elevado da peça e sua facilidade de retirada fizeram surgir um novo mercado: o furto do acabamento da coluna dianteira do Hyundai Creta.“Desde que começaram os roubos, nunca mais tive tranquilidade para estacionar o carro na rua”, conta a funcionária pública Ana Gabriela Cavalcanti, de São Paulo (SP).“Logo depois que fui furtada, a autorizada pediu R$ 2.500... Leia mais