Novidades

18 OUT

Teste: Novo VW Jetta se esforça para se desvencilhar do Virtus

Sedã cresceu 4,3 cm no comprimento e 2,1 cm na largura, totalizando 4,7 m x 1,8 m (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O novo VW Jetta estreia agora no Brasil. Ao contrário do antecessor, dono de um visual bem-comportado, o modelo chega à sétima geração com estilo ousado.

Na dianteira, a grade antes horizontal e discreta cresceu e ficou trapezoidal – remete ao sedã Arteon, comercializado na Europa. E, na lateral, os balanços dianteiro e traseiro deixaram de ser proporcionais e equilibrados.

Agora o dianteiro é mais curto que o traseiro. De acordo com o chefe de design da VW, José Carlos Pavone, essa diferença cria a sensação de movimento.

A semelhança com o Virtus não é mera coincidência (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O estilo da lateral e da traseira é o mesmo que se vê no sedã compacto Virtus. No trânsito, aliás, será difícil diferenciar um do outro, quando vistos de traseira.

Uma dica: as lanternas do Jetta são mais finas na parte que invade a tampa do porta-malas. E, à noite, a iluminação revela uma disposição interna com mais elementos.

Lanternas mostram elementos internos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Por dentro, o parentesco do Jetta com o Virtus também é inegável. Mas as semelhanças podem ser creditadas ao que os designers chamam de family feeling.

O Jetta tem um interior mais imponente, na forma e no conteúdo. Seu painel é mais elaborado, com variação de níveis (relevo) e mistura de materiais. Na parte superior, o revestimento é emborrachado.

Equipamentos como central multimídia e ar-condicionado bizona são itens de série (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O novo Jetta cresceu em todas as direções comparado ao antecessor. Ele aumentou 4,3 cm no comprimento, 2,1 cm na largura e 1 mm na altura. Ficou com 4,7 metros de comprimento por 1,8 de largura e 1,47 de altura.

A distância entre-eixos também foi ampliada: cresceu 3,7 cm, totalizando 2,69 metros. Cinco ocupantes viajam com conforto. O porta-malas manteve a capacidade de 510 litros.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sedã tem espaço confortável e bancos revestidos de material que imita couro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Lançado em duas versões, Comfortline 250 TSI, vendida a R$ 109.990, e R-Line 250 TSI, R$ 119.990, o Jetta ficou mais caro. O antecessor saiu de cena custando R$ 96.870, na versão 1.4 TSI Comforline e R$ 111.770, na 2.0 TSI Highline.

O novo Jetta é equipado somente com motor 1.4 TSI de 150 cv de potência e 25,5 mkgf de torque e câmbio automático de seis marchas.

Visualmente, a versão R-Line mostrada aqui traz detalhes que a diferenciam da Confortline.

Painel digital configurável é exclusivo da versão R-Line (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Por fora, a R-Line tem frisos na grade dianteira, capas de retrovisores e teto pretos. Suas rodas têm design exclusivo. E, por dentro, o revestimento do teto é preto e o volante tem base achatada.

Na pista de testes, a versão R-Line apresentou rendimento no mesmo patamar do Chevrolet Cruze, sedã médio equipado com motor 1.4 turbo (153 cv e 24,5 mkgf).

Motor gera 150 cv de potência (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Nas provas de 0 a 100 km/h, o Jetta ficou com o tempo de 9,3 segundos (contra 9 segundos) e retomou de 60 a 100 km/h em 5 segundos (ante 4,9 segundos).

Na medição de consumo, o VW conseguiu as médias de 12,7 km/l na cidade e 17 km/l na estrada, enquanto o rival da GM obteve 11,8 km/l e 15,9 km/l, respectivamente (com gasolina).

Vindo a 80 km/h, o Jetta precisou de 26 metros para frear, diante da marca de 26,7 do Chevrolet.

Faróis e lanternas de led são itens de série (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No dia a dia, o Jetta se mostrou confortável. Sua suspensão parece de sedã do segmento superior, como o VW Passat, por exemplo. Em parte é resultado da plataforma MQB, que serve de base para o Jetta assim como para o Passat, entre outros VW.

A direção não acompanha a suspensão no que diz respeito ao conforto, mas sua firmeza e peso são suficientemente bem-vindos para o motorista interagir com o carro.

Aerofólio foi integrado à tampa traseira (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O silêncio a bordo também é digno de nota. Os projetistas da VW capricharam no isolamento acústico do motor e da cabine e também na aerodinâmica (responsável pelo ruído provocado pelo vento em contato com a carroceria).

O Jetta é bem equipado, desde a versão mais simples, Comfortline: não faltam ar-condicionado bizona, central multimídia, seletor de modos de condução (Eco, Normal, Sport e Individual), faróis e luzes diurnas com leds, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, seis airbags, bancos que imitam couro, rodas de liga leve e iluminação ambiente da cabine (com dez opções de cor).

A distância entre eixos cresceu 3,7 cm, chegando a 2,69 m (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Também traz um bom pacote de sistemas eletrônicos que inclui auxiliar de partidas em rampas, frenagem de emergência para manobras de ré (se o motorista desobedecer aos alertas do assistente de estacionamento, o sistema freia o carro antes de bater) e bloqueio eletrônico de diferencial (ajuda a contornar as curvas freando a roda interna à trajetória e jogando o torque para a roda externa).

A versão R-Line é ainda mais recheada, acrescentando recursos como quadro de instrumentos digital, piloto automático adaptativo, alerta de distância do carro à frente, freio de emergência, detector de fadiga, frenagem pós-colisão (para evitar que o veículo continue em movimento após uma batida e se choque novamente com outro obstáculo) e farol alto com regulagem automática (para evitar ofuscamento).

Sedã vem com pneus 205/55 R17 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O único opcional para as duas versões é o teto solar panorâmico, oferecido por R$ 4.990.

Uma ausência sentida a bordo é o sistema de troca de marchas por meio de comandos no volante. O câmbio automático do Jetta permite mudanças no modo manual, apenas por meio da alavanca no console.

No porta-malas cabem 510 litros de bagagem (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Perguntado pela falta desse recurso, disponível até mesmo no recém-lançado Gol automático, o gerente de engenharia da VW José Loureiro justifica dizendo que o Jetta foi projetado para o mercado americano, onde esse não é um item desejado.

Mantida a lógica, porém, o consumidor brasileiro poderia pleitear então o mesmo conteúdo das versões americanas, que possuem recursos exclusivos como detector de pontos cegos, aviso de mudança involuntária de faixa e sensor de tráfego traseiro (alerta sobre a passagem de outros veículos nas manobras de marcha a ré).

Teto solar é o único item opcional das duas versões disponíveis (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Jetta brasileiro é produzido em Puebla, no México, de onde sai o Jetta americano. O motor 1.4 TSI flex é feito em São Carlos (SP) e enviado ao México para ser montado lá.

O Jetta chega com três anos de garantia (nos EUA a cobertura é de seis anos) e as três primeiras revisões (10.000, 20.000 e 30.000 km) são gratuitas.

Iluminação
da cabine tem dez opções de cor (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Driving Mode permite ajustar o comportamento
do carro (Eco, Normal, Sport e Individual) (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sistema Think Blue incentiva motorista
a economizar combustível (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mesmo sendo mais comedida aqui do que nos EUA, a VW mostrou um pouco de ousadia no que diz respeito ao pós-venda do Jetta. Que outras marcas sigam esse caminho.

O Jetta evoluiu em todos os sentidos. Ele ficou maior, mais confortável,
bonito e equipado. Além disso, o Jetta andou bem na pista de teste, conseguindo boas médias de consumo. Como seu preço está na mesma faixa do dos rivais, ele é uma (boa) alternativa a ser considerada por quem procura um sedã médio.

 (Arte/Quatro Rodas)

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

21 NOV
Teste: era câmbio automático o que faltava ao Volkswagen Virtus 1.6 MSI

Teste: era câmbio automático o que faltava ao Volkswagen Virtus 1.6 MSI

Visual do Virtus 1.6 é bastante próximo do das versões mais caras  (Christian Castanho/Quatro Rodas)Visual do Virtus 1.6 é bastante próximo do das versões mais caras (Christian Castanho/Quatro Rodas)Lançado em janeiro de 2018, o Virtus chegou tendo como destaque a oferta de espaço, tanto na cabine como no porta-malas, com  volume de 521 litros. O problema era o catálogo de versões. A Highline, top de linha, custava R$ 10.800 a mais do que o Polo na mesma versão – hoje, o degrau... Leia mais
21 NOV

Volvo terá stand sem carros no Salão de Los Angeles

Escultura com a frase This is Not a Car será o ponto central do estande da Volvo (Volvo/Divulgação)Enquanto as montadoras começam a revelar seus lançamentos para o Salão de Los Angeles, que abre as portas ao público no próximo dia 30 de novembro, a Volvo anunciou uma estratégia ousada para o evento.A marca sueca não terá nenhum carro em seu stand. O ponto central será uma grande escultura com os dizeres “This is Not a Car” – Isto Não é um Carro.Espaço da marca terá apenas... Leia mais
21 NOV

Fiat Toro será vendida como RAM na Colômbia

Picape é uma Toro com logotipos diferentes (Divulgação/Ram)Na falta de uma nova geração da Dakota, a RAM se vira com o que tem. Durante o Salão de Bogotá, a FCA anunciou que venderá a Fiat Toro na Colômbia. Mas será com outro nome: RAM 1000.Não é a primeira vez que a RAM faz isso. A Fiat Strada é vendida como no México como RAM 700, enquanto a Fiorino se chama RAM ProMaster Rapid por lá. Em alguns mercados da Ásia ainda existe a RAM 1200, que nada mais é do que uma Mitsubishi... Leia mais
21 NOV

Alemão perde carteira de motorista minutos depois de passar em teste de direção

Um alemão conseguiu perder sua carteira de motorista menos de uma hora depois de ter adquirido o direito de conduzir. O jovem de 18 anos dirigiu a 95 km/h numa zona com um limite de 50 km/h, o que foi suficiente para suspender sua habilitação, comunicou a polícia alemã na terça-feira (20). Um radar de velocidade detectou o veículo na cidade de Iserlohn, próxima de Dortmund, na Renânia do Norte-Vestfália. Quando a polícia parou o veículo, encontrou um motorista de 18 anos e... Leia mais
21 NOV

Longa Duração: revisão tenta eliminar barulheira do Renault Kwid

Tem fonte de ruído nova no Kwid: uma braçadeira encostando na ventoinha (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)Está difícil ter neste espaço um texto de elogios ao Kwid. A cada edição, um novo ruído assola o compacto. No mês anterior, nosso consultor técnico, Fabio Fukuda, descobriu uma nova fonte de barulho: era a chapa defletora de calor, deslocada do ponto original, passou a resvalar no abafador traseiro do escapamento. Como a marca dos 20.000 km já estava próxima, deixamos para pedir... Leia mais
21 NOV

Carlos Ghosn: a delação premiada que desconstrói o 'herói' de mangá japonês e 'titã' dos automóveis

Os japoneses buscam novos adjetivos para definir Carlos Ghosn, o executivo preso nesta semana em Tóquio por sonegação fiscal e uso de ativos da empresa para fins pessoais. Até antes do escândalo vir à tona, o franco-brasileiro de 64 anos era venerado como o herói que salvou a montadora Nissan da bancarrota duas décadas atrás. Apesar do remédio amargo que aplicou, com a demissão de 21 mil trabalhadores, redução do número de fornecedores e fechamento de fábricas, Ghosn... Leia mais