A Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos discutem nesta terça-feira (25) a greve que já dura nove dias na fábrica de Taubaté da montadora. Cerca de cinco mil empregados da Volkswagen cruzaram os braços após a empresa anunciar 50 demissões.
A audiência que busca conciliação para colocar fim à paralisação acontece às 15h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, a empresa descumpriu um acordo assinado em 2012 ao demitir os metalúrgicos. Em reunião realizada na semana passada, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, a empresa teria alegado aos representantes da categoria que iriam consultar a direção na Alemanha para tentar reverter as demissões.
Em nota, a montadora informou que o acordo vigente foi estabelecido em premissas de mercado e vendas que não se confirmaram. Além disso, a unidade de Taubaté possui um nível de remuneração maior do que a média da região e das outras fábricas da empresa.
A montadora ainda alegou que tem adotado diversas medidas de flexibilidade e que até o momento as ações não foram suficientes. Por fim, a empresa reforça que está ?disposta a discutir alternativas que verdadeiramente atinjam o equilíbrio necessário para o futuro da planta.
Greve
A greve teve início no dia 17 de agosto, mesmo dia em que 250 funcionários retornaram do layoff (suspensão temporária de contratos), que durou cinco meses. A fábrica de Taubaté produz o modelo Up!, Gol e Voyage.
Uma semana antes, os trabalhadores haviam rejeitado uma proposta da empresa para um novo acordo de trabalho, que incluía novos benefícios no plano de demissão voluntária e propunha a redução do tempo de aposentadoria, de 35 para 33 anos e seis meses de contribuição.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/J/8/TRayrTQ4ykoxzjjIN05w/q98a7010-marcelo-brandt-g1.jpg)
