A Dodge Dakota deixou de ser fabricada nos EUA em 2011 (Divulgação/Dodge)
A FCA, dona de marcas como Jeep, Dodge, RAM e Fiat, terá uma nova picape média do porte da antiga Dodge Dakota. E ela já está nos planos para ser vendida no Brasil.
Fornecedores confirmaram ao Automotive News que a empresa está trabalhando em uma nova picape média. E, neste caso, não é a picape que será baseada na nova geração do Jeep Wrangler.
Este novo modelo teria carroceria montada sobre chassi, o que descarta de imediato que venha a ser baseado na Fiat Toro, que é monobloco. Mas confirma que terá porte de Chevrolet S10, Toyota Hilux e Volkswagen Amarok.
A FCA fala no lançamento de uma picape média desde junho, quando divulgou seus planos de lançamentos até 2022. Ela seria vendida pela RAM, sua marca de veículos de carga.
Nova picape terá capacidade de carga de uma tonelada (Divulgação/Dodge)
Esta nova picape média é conhecida internamente como Metric Ton, em alusão à capacidade de carga de 1 tonelada e chegará importada ao Brasil.
Seria fabricada nos EUA, em Toledo, Ohio. A fábrica está sendo reformulada desde abril para a produção da picape do Wrangler. Como esta não terá grandes volumes, a nova picape RAM aproveitaria o resto de sua capacidade – que era de 160.000 carros por ano antes da reforma.
Novo CEO da FCA e antigo chefe de RAM e Jeep, Mike Manley disse que a nova picape deverá ser apresentada nos EUA em 2020 como modelo 2021. O Brasil a receberia entre 2021 e 2022.
A sucessora espiritual da Dodge Dakota ficará posicionada, tanto em preço quanto em porte, entre a Toro e a RAM 1500.
A atual picape de entrada da RAM, inclusive, chegou a ser cogitada para o Brasil para disputar clientes das versões topo de linha de Hilux e Amarok, além da futura Mercedes Classe X. Agora, o foco se volta para a Metric Ton, com porte e capacidade de carga mais adequado ao segmento.
Picape foi montada no Brasil por três anos (Divulgação/Dodge)
A Dodge Dakota teve carrera efêmera no Brasil. Começou a ser montada em Campo Largo (PR) em meados de 1998. Os chassis rolantes eram fornecidos pela Dana e o resto dos componentes (como carroceria, motor e acabamentos) vinham dos Estados Unidos.
No mesmo ano, foi anunciada a fusão entre os grupos Daimler e Chrysler. O desenrolar disso, combinado com as vendas em baixa da picape, culminaram no encerramento de sua produção em abril de 2001.
Em três anos, a picape teve motores 2.5 diesel (de 115 e 122 cv), V6 3.9 a gasolina (177 cv) e V8 5.2 (232 cv) e opções de cabine simples, estendida e dupla, mas nunca teve tração 4×4 no Brasil. A versão com cabine dupla foi lançada quando a picape já estava fadada ao fim, como série especial de 1.000 unidades. Ao todo, 13,7 mil unidades foram montadas no Brasil.