Amassado, defletor de calor do escape ficou barulhento (Renato Pizzuto/Quatro Rodas)
A ventoinha cujo acionamento gera vibração e ruído muito (mas muito) acima da média, alterando até a rotação de marcha lenta do motor já é o item campeão de reclamações no Kwid. O problema é que essa lista vem aumentando.
“Não consigo ver sentido no sistema de abertura do tampão traseiro que a Renault adotou no Kwid. Não há nenhum tipo de trava nos pontos de apoio e o pressionamento que a tampa do porta-malas exerce em direção ao encosto do banco não impede que o tampão pule e faça barulho”, diz o editor Péricles Malheiros.
O piloto de teste Eduardo Campilongo também se queixa do barulho excessivo na cabine do Kwid. “É estressante passar por ruas esburacadas. A suspensão faz barulho demais. Nem parece um carro seminovo”, diz Edu.
Tampão sem fixação: fonte de barulho (Renato Pizzuto/Quatro Rodas)
“O pior é que, além do barulho da suspensão em si, a cabine inteira, que tem muito plástico rígido, sofre com a baixa capacidade de absorção de impacto”, diz.
Mais recentemente, outro tipo de ruído entrou para a lista. “Parece vir da traseira, abaixo do assoalho. É como se duas chapas metálicas estivessem vibrando, uma contra a outra”, disse o repórter Rodrigo Ribeiro.
Para reduzir os barulhos do Kwid, só se for em asfalto liso (Silvio Gioia/Quatro Rodas)
Com tantas pistas, decidimos aprofundar a investigação. Levamos o Kwid até a Fukuda Motorcenter, oficina do nosso consultor, Fabio Fukuda. Com o carro içado no elevador, o técnico não demorou a encontrar a fonte dos barulhos:
“A chapa metálica que isola o tanque do calor gerado pelo sistema de escapamento está deslocada. Muito fina, essas placas defletoras amassam com facilidade. Às vezes, passar rápido por uma área com água empoçada é suficiente para amassar ou mover a chapa do lugar. E aí é barulho na certa”, diz Fukuda.
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