Novidades

05 OUT

De Fusca a Veloster: a estreita relação entre veículos e música

De clássicos e músicas da moda: carros estão em todas (Arte/Quatro Rodas)

Música e mobilidade sempre andam e evoluem juntos. Pelo menos é isso que revela pesquisa do Instituto Mobih, que analisou mais de 158.097 composições nacionais, de 318 intérpretes diferentes, lançadas dos anos 1960 até hoje. Do Trem das Onze a Como é bom ser vida loka.

A pesquisa também revela quais foram os carros mais citados em letras de músicas e quais cantores são mais ativos na questão da mobilidade.

De todo o repertório analisado pelos pesquisadores, 361 canções abordam veículos e meios de transporte.

Um detalhe interessante: 55,3% das músicas que retratam veículos e meios de transporte foram lançadas nesta década. Os anos 60 respondem por 2,3% e os 70, por 3,2%.

Foi nos anos 1960 que o Brasil passou mero importador e montador de modelos europeus e americanos para fabricante.

Nesta época, de acordo com a Mobih, as músicas retratavam a relação da população com os trens, importante meio de transporte quando as rodovias ainda eram precárias. É o que se escuta em BR-3, de Tony Tornado, que se refere à atual Rodovia Presidente Dutra, ligação entre as maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo.

“A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
A gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)”

Tony Tornado – BR-3

Outras canções tratavam de velocidade e de algumas infrações, caso de Parei na Contramão (1963), de Roberto Carlos.

Nos anos 70, VW Fusca, Ford Corcel e Chevrolet Chevette tornariam os automóveis mais populares no Brasil. As canções desta época retratam sentimentos diferentes, de busca pela liberdade, especialmente entre os jovens.

Benito di Paula cantava “Vamos a pé, de trem, de metrô” em Vamos Cantar. Papai me empresta o carro, de Rita Lee, é outro hit da época.

A década perdida até que foi produtiva, já que 10,6% das músicas analisadas são desta época. É quando Sula Miranda se torna a rainha dos caminhoneiros e quando os Paralamas do Sucesso, cujo nome já faz referência a uma peça de carro, estoura nas paradas com Vital e Sua Moto. Na mesma época, Angélica cantava que iria de táxi ver seu amado.

A música também é um retrato social. Nos anos 1990, levantou a questão da segregação social e as condições precárias no transporte público.

“É o rap do 175 que eu peguei na central
E de repente o ônibus começou a encher
Entrou mais gente houve um tumulto
Alguém gritou e eu olhei pra ver…”

Gabriel, O Pensador – 175 nada Especial

Enquanto Gabriel falava de ônibus lotado, Jorge Ben Jor falava dos surfistas de trem (ou pingentes, dependendo da cidade) em W/Brasil. Lenine ainda faz uma longa referência ao trânsito e às atitudes da população em Rua da Passagem, de 1999. 

O início da Lei Seca, em 2008, também é retratado em O Bafômetro, de Quirino Filho.

“O cumpadre me falou.
Dessa vez é pra valer.
Toma jeito pé de cana, os homem vai te
prender.
Eu ia pro pra gandaia e bebia feito um louco.
Pegava meu possante, era um doido no
volante.
Pra morrer faltava pouco.”

Quirino Filho – O Bafômetro

Vale o adendo: 92 músicas citam imprudências de trânsito. Em 32 delas as ações são conscientes. A atitude de beber e dirigir nem é a principal, está em 9,8% delas. O que mais se escuta é excesso de velocidade (41,6%) e carros andando na contramão (13,9%). Mas tem de tudo: multas, avanço de sinal, propina e até fuga da polícia.

De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes de trânsito ocorrem por falhas humanas. Desde a criação da Lei Seca, porém, o número de mortes no trânsito foi reduzido em 14% – aproximadamente 41 mil mortes foram evitadas nestes 10 anos.

A imprudência se destaca na década atual em funks que fazem apologia a dirigir em alta velocidade, usar carros sem placa e fugir da polícia.

“É que os moleque tá 180 na curva
Veloster sem placa quer brotar
Pra fuga
E nois saímo da quebrada
De meiota sem placa”

Mc Lon – Pronto Pra Fuga

“Pé no chão, consciente,
Na melhor hora nós ataca,
Imbicamo na agência,
E saímos de Veloster sem placa”

Mc Rodolfinho – Como é bom ser vida loka

Também houve maior destaque a meios alternativos de transporte, como bicicleta, metrô e trem. E quem mais se destaca no assunto é o rapper Projota, que tem oito músicas relacionadas com o tema.

Esta é, a propósito, a década da mobilidade: 55,3% das composições que citam veículos foram lançadas de 2010 para cá.

Seja pelo maior número de canções, seja pelo sucesso de funks e sertanejos universitários, carros e marcas mais citados em músicas, divulgada pelo Instituto Mobih a pedido de QUATRO RODAS.

O design exótico e que inspira esportividade levou o Hyundai Veloster ao topo das paradas automotivas. A picape Ram, eternizada em Vem ni mim Dodge RAM, de Israel Novaes, aparece na segunda posição.

Já Fiorino, de Gabriel Gava, não só cita o furgão da Fiat (9° na pesquisa), como marca um ponto extra para a Land Rover, terceira no ranking. Em seguida vem o Fusca, citado em Fuscão Preto, do Trio Parada Dura e em Vou de Fusca, do cantor Daniel.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

14 NOV

Melhor Compra: qual a melhor forma de negociar a compra do carro?

A compra de um carro é um ato carregado de emoção, por mais racional que seja a tomada de decisão. E é bom que seja assim, afinal, a aquisição de um veículo é sempre uma conquista.Na hora de fechar o negócio, porém, o comprador precisa segurar a euforia do momento para não se arrepender depois, seja porque adquiriu um veículo com características diferentes das que procurava ou pagou mais que que poderia ter pago.Portanto, muita calma nessa hora. Deixe para comemorar depois do... Leia mais
14 NOV
Motociclistas, jovens e homens: quem será mais afetado pelo fim do DPVAT

Motociclistas, jovens e homens: quem será mais afetado pelo fim do DPVAT

 (Acervo/Quatro Rodas)Motocicleta no trânsito (Agência Brasil/Divulgação)O presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou no último dia 11 que o seguro DPVAT deixará de existir em 2020. A motivação, segundo o Governo, é extinguir os custos de supervisão e de regulação do DPVAT, além de acabar com as fraudes. Segundo dados oficiais, em 2018 foram pagas 328.142 indenizações, no valor de R$ 1,9 bilhão. Em contrapartida, o seguro gerou uma arrecadação de R$ 4,6 bilhões e... Leia mais
14 NOV
Fogo no Chevrolet Onix Plus: 80% dos carros já foram consertados, diz GM

Fogo no Chevrolet Onix Plus: 80% dos carros já foram consertados, diz GM

Sucessor do Prisma foi lançado em setembro (Fernando Pires e Fabio Gonzalez/Quatro Rodas)A General Motors revelou nesta quinta-feira (14) que 80% dos Onix Plus convocados para recall de atualização do software do motor, na última sexta (8), foram reparados. A empresa ainda afirma que 99% dos proprietários dos veículos já foram contatados. Cerca de 19 mil unidades foram envolvidas na ação.No início desta semana, QUATRO RODAS já havia adiantado que os modelos retidos pela marca seriam... Leia mais
14 NOV
Ferrari Roma é um esportivo italiano com cara de inglês

Ferrari Roma é um esportivo italiano com cara de inglês

– (Divulgação/Ferrari)A Ferrari apresentou ontem (13), na Itália, seu novo modelo. Batizado de Roma, o carro é um cupê, para dois passageiros, com motor posicionado na posição central-dianteira.Segundo a fabricante italiana, o novo carro “representa o estilo de vida da Roma dos anos 1950 e 1960”. Entretanto, os traços fazem lembrar muito os esportivos ingleses da Aston Martin e McLaren.Caimento da traseira e 4 saídas de escapamento dão esportividade ao... Leia mais
14 NOV
Haojue DR 160 FI será novidade no Salão Duas Rodas 2019 por R$ 12.295

Haojue DR 160 FI será novidade no Salão Duas Rodas 2019 por R$ 12.295

A Haojue antecipou nesta quinta-feira (14) novidades que estarão no Salão Duas Rodas 2019, que vai de 19 a 24 de novembro, no São Paulo Expo. O destaque será a moto de baixa cilindrada DR 160 FI, com freios ABS, que custará R$ 12.295. Vai no salão? Veja guia completo de como visitarVeja 60 motos para experimentar no Salão Duas Rodas De origem chinesa, o modelo está previsto para chegar às lojas em fevereiro de 2020. Além da DR 160, a Haojue vai revelar na feira o scooter... Leia mais
14 NOV
Volkswagen T-Cross ganha versão PCD por R$ 57.630, com isenções

Volkswagen T-Cross ganha versão PCD por R$ 57.630, com isenções

Assim como os "irmãos" Polo e Virtus, o Volkswagen T-Cross também passa a oferecer a versão Sense destinada às pessoas com deficiência (PCD). Com todas as isenções de impostos, o modelo sai por R$ 57.630. O preço cheio é de R$ 69.990. Guia PCD: veja quem pode comprar e qual é o passo a passo O modelo é baseado na versão de entrada do SUV, a 200 TSI, equipada com motor 1.0 turbo de até 128 cavalos de potência e câmbio automático de 6 marchas. De série, há 6... Leia mais