Dacia Sandero reestilizado tem visual diferente do que será adotado no Brasil (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
Filho ingrato. É assim que a Dacia poderia definir o Sandero R.S., versão esportiva do modelo desenvolvido pela marca em parceria com a Renault Sport.
Isso porque o hatch de dinâmica surpreendente atiçou o desejo dos europeus, sedentos por um esportivo acessível. Mas eles não vão poder ter um. Em compensação, porém, tiveram a possibilidade de usar um motor 1.3 feito em parceria com a Mercedes-Benz.
Mas antes vamos explicar a questão do Sandero R.S. Ou melhor, quem fará isso é Orianne Tamburini, gerente de produto da Dacia.
Na traseira, lanternas e para-choque são novos (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
“Temos acompanhado a recepção positiva do modelo na América Latina. Porém, como ele foi desenvolvido pela Renault Sport, não podemos vendê-lo na Europa como Dacia”, explicou a executiva à QUATRO RODAS.
Segundo Tamburini, a marca já notou o desejo por parte de seus consumidores e imprensa pelo hatch com motor 2.0 de 150 cv.
Para atravessar o oceano, o modelo teria que ser vendido sob um braço esportivo da Dacia e ser desvinculado da Renault Sport.
Mercados como Turquia e África do Sul não têm essa limitação – por lá o Sandero também é Renault. Mas Tamburini desconhece estudos para que o R.S. também seja vendido nesses países.
Atualmente a Dacia está criando uma divisão mais intensa entre ela e a companhia-mãe, a Renault.
Brasil terá um novo Duster, mas ele não será igual ao europeu da foto (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
“Teremos uma linha de produtos exclusiva para o mercado europeu. Por conta disso, não há a possibilidade de vendermos modelos de baixo volume por aqui, como a Oroch e o Logan Stepway”, detalha Orianne.
Os últimos produtos da marca a chegarem por aqui são o novo Duster e a próxima reestilização da família Sandero.
SUV manteve o porte da geração anterior (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
Este último, aliás, já terá uma diferença exclusiva para a região, conforme QUATRO RODAS antecipou em primeira mão.
Após este ciclo, os modelos que a Renault venderá no Brasil serão visualmente idênticos aos ofertados em outros países. O conjunto mecânico, no entanto, será adaptado às necessidades locais (leia-se: simplificado).
Interior é novo, mas ainda é muito simples (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
Isso já acontece com o Captur, que tem o design idêntico ao homônimo europeu, mas sobre a plataforma do Duster, mais simples que o conjunto do Clio, no é baseado o SUV europeu.
Quem não tem R.S. caça com turbo, já diria um ditado que nunca existiu. A Dacia apresentou no Salão de Paris o novo Duster com motor 1.3
Motor 1.3 turbo foi desenvolvido em parceria com a Mercedes (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
O quatro-cilindros turbo pode gerar 130 cv ou 150 cv, de acordo com a versão. O propulsor foi desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz e é o mesmo usado no novo Classe A e Classe A Sedan – que, inclusive, estão confirmados para o Brasil.
Por aqui o conjunto deve estrear no Arkana, inédito SUV com perfil de cupê que chegará ao país no ano que vem.