Os ousados faróis triangulares do novo Classe A vão se repetir na nova geração do Classe C (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
O Mercedes-Benz Classe A Sedan apareceu pela primeira vez com o entre-eixos convencional durante o Salão de Paris, onde foi lançado. Até então, só a versão alongada havia sido mostrada na China.
Executivos da marca confirmaram à QUATRO RODAS que o três-volumes será vendido no Brasil. De quebra, eles anteciparam que o modelo será mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, ao lado do Classe A reestilizado.
A novidade será importada do México, país responsável pela produção de boa parte dos mercados das Américas, o que também inclui os Estados Unidos. Por aqui, as vendas estão previstas para o primeiro semestre de 2019.
A traseira mais proeminente visualmente engana – o Classe A Sedan tem porta-malas menor do que o CLA (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
O modelo será fabricado em Aguascalientes, em parceria com a aliança Renault-Nissan. Lá serão feitas duas versões: a A200, com um 1.3 turbo de 162 cv, e a A220, dotada de um 2.0 também turbinado, mas com 224 cv.
Ambas as configurações terão câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, que poderá ser combinado com tração dianteira e com o sistema integral 4Matic.
Interior é como o do Classe A hatch e tem central MBUX (Divulgação/Mercedes-Benz)
As versões para o Brasil ainda não foram confirmadas, mas é esperado que foco na opção menos potente para evitar a sobreposição com o Classe C – feito em Iracemápolis (SP) com motor 1.6 turbo de 156 cv no pacote mais barato.
O Classe A Sedan L chinês tem entre-eixos 3 cm maior
Mercedes-Benz A-Class, Z 177, China, Sedan, long wheel base (Divulgação/Mercedes-Benz)
O Classe A Sedan que será vendido no Brasil é 3 cm mais curto que o modelo
desenvolvido exclusivamente para o mercado chinês, mostrado no início deste ano.
Ainda que seus 4,56 m de comprimento o posicione abaixo dos sedãs médios, os 2,70 m de entre-eixos são iguais ao do Toyota Corolla e novo Volkswagen Jetta.
No porta-malas vão 420 litros de volume, ou seja, 50 litros a menos do que o CLA. O modelo com visual de cupê, inclusive, não morre e terá uma nova geração apresentada em 2019.
A primeira aparição do Classe A Sedan no Brasil ocorrerá de forma simultânea à do hatch (Divulgação/Mercedes-Benz)
A Mercedes afirmou que o novo CLA e o Classe A Sedan irão conviver em diferentes mercados. O CLA adotará uma proposta mais esportiva e luxuosa, o que fará com que seu preço supere boa parte do catálogo inicial do Classe C.
Além de ser feito em uma fábrica construída em parceria com a Renault, o novo Classe A Sedan tem outras heranças da marca francesa.
Entre elas está o próprio motor 1.3, desenvolvido em parceria com a Renault-Nissan e que também deverá equipar o inédito Arkana, segundo o site Autos Segredos.
O Classe A Sedan é o carro mais aerodinâmico da atualidade, com Cx de 0,22 (Divulgação/Mercedes-Benz)
Já a opção pela suspensão traseira por eixo de torção nas versões com tração dianteira, mais simples que a configuração independente, não tem relação com a parceria com a aliança.
De acordo com a Mercedes, essa solução é mais leve e permite um melhor aproveitamento do espaço interno, sobretudo no porta-malas.
Claro que também pesou na decisão o fato do conjunto ter menor custo de produção, algo importante para um modelo posicionado como opção de entrada.
O spoiler e os para-choques com entradas de ar nas extremidades são os pontos forte da versão esportiva A35 (Divulgação/Mercedes-Benz)
A gigante alemã também confirmou uma inédita versão totalmente elétrica do Classe A. Apesar de a plataforma do modelo não ser tão flexível quanto suas equivalentes modulares, ela permite a adoção da propulsão por eletricidade.
Antes da opção elétrica, no entanto, virão as variantes esportivas. A primeira é a A35, que também foi revelada durante o Salão de Paris.
Ela usa um 2.0 com saudáveis 306 cv, distribuídos nas quatro rodas. O visual retrabalhado ajuda a reforçar o apelo de esportividade, ainda que ele não seja um AMG “puro-sangue”.
Esse papel será feito pelo próximo A45, cujo motor construído a mão (como manda a cartilha da divisão esportiva da Mercedes) deve gerar estimados 400 cv – elevando à categoria de motor 2.0 de produção mais potente do planeta.
Sem surpresas, o novo B repete o visual do A – mas com um estilo esticado verticalmente (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)
Outro modelo derivado do Classe A também estreou no evento francês, mas com menos destaque que seus irmãos.
O novo Classe B usa a mesma plataforma do hatch (e sedã), mas com uma carroceria monovolume e apelo familiar.
Com vendas tímidas no mercado brasileiro, o modelo não deve voltar ao nosso país nos próximos anos.
A contrapartida virá com o novo GLA. Apesar de o crossover não ter sido revelado, as probabilidades dele chegar ao Brasil são quase certas.
Atualmente, o aventureiro é montado na mesma fábrica do Classe C e está entre os carros mais vendidos pela Mercedes no Brasil.