A Renault apresentou um conceito de carro elétrico baseado no Kwid nesta segunda-feira (2), em Paris, na véspera do maior salão do mundo, que acontecerá na capital francesa.
O modelo, chamado K-ZE, curiosamente, não estará na mostra. Ele será lançado primeiro na China, mas se trata de um carro global. A montadora diz que ele poderá vir a ser lançado no Brasil, mas não antes de 2020.
O próprio Ghosn já tinha dito, em novembro passado, quando o carro estava em testes, que, se ele for bem sucedido na China, não havia por que não exportar para Índia, Brasil e Oriente Médio.
A Nissan, parceira da Renault, deverá entrar antes nesse segmento no mercado brasileiro. A marca já anunciou a venda do Leaf, que é o carro elétrico mais comercializado no mundo e estará no Salão de São Paulo, no mês que vem.
'Kwid' eletrificado
Visualmente, o K-ZE se parece muito com o Kwid - as ligeiras mudanças poderiam adiantar até mesmo um primeiro "facelift" do hatch, que, na versão convencional foi lançado primeiro na China e chegou ao mercado brasileiro no ano passado.
Segundo o presidente da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, o K-ZE foi desenvolvido pelas equipes da montadora na China e na França, pensado nas preferências de clientes chineses.
Ghosn não revelou o preço do carro, mas disse que que o hatch vai custar o mesmo que os equivalentes chineses. Porém, será mais potente e equipado, contando com frenagem automática de série, sensor de estacionamento e câmera de ré.
Além disso, ele terá maior autonomia em relação aos rivais, de 250 km.
O modelo será fabricado na China pela e-GT New Energy Automotive Co, a joint-venture da Dongfeng com a Nissan, voltada a carros elétricos.
Ofensiva
O executivo também informou que a Renault vai lançar 9 novos carros elétricos na China até 2022. O país está se tornando o maior mercado do mundo para esses veículos, e o que cresce mais rápido.
O "chefão" também divulgou que a Renault aumentará a presença no mercado de carros "verdes" na Europa, com versões híbridas de Clio, Captur e Mégane, até 2020.