Detroit foi a quinta das 12 etapas da Indy previstas para a temporada (Fórmula Indy/Divulgação)
Dia de corrida nos Estados Unidos é bem mais que a data em que se disputa uma prova de automobilismo. É dia de shows de música, exibições aéreas e atividades de lazer para todas as idades. Tudo ocorrendo na área do autódromo.
Em junho, QUATRO RODAS acompanhou a etapa de Detroit da Fórmula Indy e pudemos conferir de perto como os americanos fazem desse tipo de evento um parque de diversões do esporte a motor.
Para começar, há outras três categorias disputando seus campeonatos, simultaneamente, junto com a Indy. As provas começam já às 8 horas da manhã. Os primeiros a entrar na pista são os Speed Super Trucks, picapes com chassi tubular de porte médio com motores V8 de 600 cv que chegam a 200 km/h de velocidade.
As picapes de 600 cv do Super Trucks competem em meio a saltos de 7 metros de altura (Fórmula Indy/Divulgação)
O público se delicia ao vê-las dando saltos de até 7 metros de altura quando passam por obstáculos estrategicamente colocados na pista.
Cerca de uma hora depois das picapes, é a vez dos carros da IMSA Sportscar, que são divididos em duas categorias, protótipos e turismo, que entram juntos na pista. Além das diferenças construtivas, os protótipos são identificados pela cor vermelha na numeração, e os GT – modelos da Acura, BMW, Ferrari, Lexus e Merdedes – pela cor verde.
O público vê de perto protótipos IMSA equipados com motor V8 (Paulo Campo Grande/Quatro Rodas)
Os bólidos V6 turbo de 700 cv da Indy se alinham na parte da tarde. Mas, antes da largada, há uma série de eventos que entretém o público. Há desfiles de veículos antigos, de carros de apoio (que nesta prova era o carro madrinha Chevrolet Corvette e o Camaro como safety-car) e de pilotos em carro aberto (Silverado).
O combustível da Indy é 85% etanol e 15% gasolina (Paulo Campo Grande/Quatro Rodas)
Antes da largada, aviões riscam o céu com fumaça colorida, paraquedistas realizam manobras sobre a pista e todos param para ouvir o hino nacional americano ser executado.
Antes da indy, paraquedistas fazem evoluções sobre a pista (Paulo Campo Grande/Quatro Rodas)
Uma atração à parte para quem gosta de automobilismo é a possibilidade de visitar os boxes com acesso quase totalmente liberado. A exceção ocorre com os boxes da Indy, que fecham 30 minutos antes da largada.
Acesso aos boxes é liberado ao público (Paulo Campo Grande/Quatro Rodas)
Até esse momento, é possível circular livremente entre carros e mecânicos sem receio de ser barrado, nem mesmo quando fotografa um cockpit, um motor ou uma tela de telemetria – algo impensável na Fórmula 1.
Donos de Corvette têm espaço próprio (Paulo Campo Grande/Quatro Rodas)
Nas áreas ao redor dos boxes e das pistas, estão outras atividades – mas estas interessam não somente aos entusiastas – como as praças de alimentação, as lojas de suvenir, as áreas de recreação para as crianças e até um palco para a apresentação de grupos musicais locais.
Sempre há área para fazer piqueniques (Paulo Campo Grande/Quatro Rodas)
As corridas ocorrem no final de semana, com baterias no sábado e domingo e treinos na sexta. A organização não cobra ingresso para as atividades da sexta-feira.
Caminhões viram atrações à parte (Paulo Campo Grande/Quatro Rodas)
Para os demais dias, há bilhetes que vão de US$ 15 (criança) e US$ 25 (adulto) por dia até US$ 375, que dá direito a lugar em camarotes, onde são servidas refeições e bebidas (almoço, lanche, cerveja e vinho), estacionamento e foto de recordação, no sábado e no domingo. Ou seja, vale tudo para alimentar a paixão do americano pelas pistas.