Novidades

10 SET

Julgamento contra a Volkswagen em processo de 9 bilhões de euros começa na Alemanha

A Volkswagen enfrenta a partir desta segunda-feira (10) seu primeiro grande processo na Alemanha por ter manipulado motores a diesel, quase três anos após a revelação do escândalo, que precipitou o declínio dessa tecnologia.

O tribunal regional de Brunswick tem a missão de determinar se a gigante automobilística deveria ter informado mais cedo os mercados financeiros sobre a fraude, para poupar os acionistas, que exigem cerca de 9 bilhões de euros em indenização.

Reunidos desde 08h00 GMT (5h00 de Brasília), em um centro de convenções, com 50 advogados e várias dezenas de demandantes e curiosos, os juízes começaram a analisar as 193 perguntas submetidas pelas partes para este processo, previsto para durar até 2019.

Relembre o caso

Para a maior montadora do planeta, cujas 12 marcas e carros são o orgulho das exportações da Alemanha, o terremoto começou em 18 de setembro de 2015.

Em pleno Salão do Automóvel de Frankfurt, as autoridades americanas acusaram o grupo de ter equipado 11 milhões de veículos a diesel com um software capaz de distorcer os resultados de testes antipoluição.

Nos dois dias seguintes, as ações da Volkswagen caíram 40% - uma queda que levou mais de 3.500 investidores a recorrerem à Justiça.

A principal questão a ser resolvida pelo tribunal de Brunswick é se a companhia falhou em sua obrigação de publicar em tempo hábil "qualquer informação interna" que pudesse afetar as ações do grupo.

Os advogados do fundo de investimento DeKa garantem que a administração do grupo estava ciente do software que foi introduzido em 2008 para conquistar o mercado americano do diesel, com normas mais rigorosas antipoluição do que as adotadas na Europa.

A Volkswagen afirma, por sua vez, que um pequeno grupo de engenheiros organizou a trapaça sem o conhecimento de seus superiores, e que as informações conhecidas pelos dirigentes não os obrigavam a se dirigir aos mercados.

O presidente do tribunal, Christian Jäde, já indicou que a abertura de uma investigação nos Estados Unidos, em 2014, "poderia justificar" uma comunicação, um ponto que promete ser duramente debatido.

Gastos de 27 bilhões de euros

O processo de Brunswick não é o único no quadro do "Dieselgate", que já custou à Volkswagen mais de 27 bilhões de euros em recalls de veículos e custos judiciais.

Várias Procuradorias abriram investigações por fraude, manipulação do mercado de ações ou propaganda enganosa contra funcionários da Volkswagen, assim como contra suas marcas Audi e Porsche, bem como Daimler e a fabricante de equipamentos Bosch.

Rupert Stadler, chefe da Audi, ainda está em prisão preventiva por suspeita de "fraude" e cumplicidade em "emitir certificados falsos".

Em Stuttgart, centenas de investidores da Porsche SE, principal acionista da Volkswagen, também pedem indenização.

Finalmente, em maio, o governo alemão abriu o caminho para processos coletivos de consumidores, permitindo uma possível ação contra a Volks antes do final do ano.

Será o fim do diesel?

O escândalo também acelerou o declínio do diesel, inventado na Alemanha e há muito subsidiado por suas baixas emissões de CO2, mesmo que emita mais óxidos de nitrogênio (NOx) do que os motores a gasolina.

A participação desse motor nas vendas de carros novos na Alemanha caiu de 46% em agosto de 2015 para 32,6% no mês passado.

Carros a diesel também podem ser banidos de várias cidades alemãs por causa de seu nível de poluição: depois de Hamburgo, Frankfurt deve proibir o tráfego para certos modelos em fevereiro de 2019.

Fonte: G1

Mais Novidades

03 ABR

Objetivo não é pôr fim a radares, mas instalar onde velocidade causa acidentes, diz ministro

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta quarta-feira (3) que o objetivo do governo não é acabar com os radares nas rodovias federais, mas, sim, instalar os equipamentos onde o excesso de velocidade causa acidentes. Tarcísio Freitas deu a declaração ao participar de uma audiência na Câmara dos Deputados. "São vários os motivos que causam acidentes, um deles é excesso de velocidade. Mas não é o único. Eu preciso colocar radar naqueles locais em... Leia mais
03 ABR

Venda de veículos novos sobe 11,4% no 1º trimestre de 2019, diz Fenabrave

A venda de veículos novos subiu 11,4% no primeiro trimestre, segundo dados da federação das concessionárias, a Fenabrave. Foram vendidos 607.612 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus de janeiro a março, contra 545.478 no mesmo intervalo de 2018. Só em março, foram comercializadas 209.183 unidades, alta de 0,9% na comparação com igual mês do ano passado, quando foram feitas 207.353 vendas. Motos Nos três primeiros meses de 2019 foram vendidas 258.725... Leia mais
03 ABR

Jeep Renegade vende mais que Kwid, Polo e Corolla em março

Jeep Renegade vem se destacando como SUV mais vendido de 2019 (Divulgação/Jeep)O primeiro trimestre de 2019 encerrou e o time dos otimistas está ganhando: a recuperação do mercado está se mostrando cada vez mais sólida.Entre autos de passeio e comerciais leves, foram emplacados 580.040 unidades, ante 527.195 no mesmo período de 2018 – um crescimento acima dos 10%.O Chevrolet Onix segue imbatível. Ignorando o fato de que vai mudar ainda este ano, o hatch da Chevrolet teve 18.279... Leia mais
03 ABR

50 anos depois, QUATRO RODAS volta a “produzir” lendário Puma GT 4R

Um Tiranossauro perseguindo um arremedo de Jeep é algo normal no Ladeira Abaixo (Fernando Pires/Quatro Rodas)Há cinco décadas QUATRO RODAS fez história ao mandar produzir um modelo exclusivo para seus leitores. Os três Puma GT 4R feitos sob encomenda foram sorteados em 1969 e se tornaram os únicos carros do mundo produzidos em série a pedido de uma revista. Mas agora o trio terá a companhia de um inédito GT 4R 2019.Nosso esportivo chega ao século 21 para participar do Red Bull... Leia mais
03 ABR

SP não amplia malha cicloviária desde 2016; Prefeitura diz que espera audiências públicas

A Prefeitura de São Paulo não aumenta a malha cicloviária da cidade desde 2016, incluindo ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) obtidos pelo SP1 por meio da Lei de Acesso à Informação. Em 2008, a malha cicloviária da capital somava 11 km de extensão; em 2016, saltou para 498 km. Desde 2017, no entanto, não ganhou mais nenhum trecho e os ciclistas denunciam falta de manutenção e conexão com outros modais de... Leia mais