Novidades

06 SET

Honda Ninja 400: primeiras impressões

A Kawasaki Ninja 400 chega às concessionárias do Brasil a partir da segunda quinzena deste mês com a difícil missão de substituir a Ninja 300.

Custando a partir de R$ 23.990, a moto se torna um meio-termo entre as concorrentes no segmento das pequenas esportivas, ficando entre Yamaha YZF-R3 e Honda CBR 500R.

Para se tornar mais competitiva, a "Ninjinha" ganhou nova geração com todos elementos renovados, desde o visual, inspirado na Ninja H2, até o motor e o chassi.

Principais fatos sobre a Ninja 400:

  • Motor maior e mais potente;
  • Passou de 39 cavalos para 48 cavalos;
  • Chassi novo e mais leve;
  • Moto ficou 4 kg mais leve, passando de 172 kg para 168 kg;
  • ABS agora é de série;
  • Preço aumentou: passou de R$ 19.990 (Ninja 300 sem ABS) e R$ 22.990 (Ninja 300 ABS), para a partir de R$ 23.990 (Ninja 400 ABS)

Quando foi lançada, em 2012, a Ninja 300 chegava para substituir a Ninja 250. Na época, ela reinava absoluta entre as pequenas esportivas, sofrendo apenas com algum período de sucesso da Honda CBR 250 R, que acabou saindo de linha.

Também estavam à venda as finadas Kasinski Comer 250 GTR e Dafra Roadwin 250, mas que não tinham vendas expressivas.

Seis anos depois, a situação é bem diferente para a "Ninjinha", que sofreu principalmente com o lançamento da Yamaha YZF-R3, que se tornou a atual líder de vendas do segmento.

De janeiro a julho de 2018, a R3 teve 708 unidades vendidas no Brasil, enquanto a Ninja 300 alcançou 389 emplacamentos, de acordo com números da associação das concessionárias, a Fenabrave.

A situação ficou ainda mais complicada com a chegada da Honda CBR 500R.

A rival também superou o modelo da Kawasaki, com 405 unidades emplacadas no ano.

Como aconteceu nas mudanças da Ninja 250 para a Ninja 300, a estratégia da Kawasaki foi "bombar" a "Ninjinha".

Mantendo a configuração de 2 cilindros, o motor passou de 296 cc de cilindrada para 399 cc. Isso fez a potência da Ninja 400 chegar a 48 cavalos a 10.000 rpm, enquanto a sua antecessora tem potência máxima de 39 cavalos a 11.000 rpm.

O torque também evoluiu, passando de 2,8 kgfm a 10.000 rpm, na Ninja 300, para 3,9 kgfm a 8.000 rpm, na Ninja 400.

A importância em ressaltar os giros do motor para as forças máximas é que aí está uma das principais melhorias para a moto.

Além de energia extra, o novo motor a fornece mais cedo do que na antiga Ninja 300. Isso faz com que a condução seja bem mais confortável no atual modelo.

Na avaliação realizada na pista, a aceleração da Ninja 400 se mostrou mais linear e constante, com mais fôlego nas retomadas.

O modelo ficou menos "arisco" e não são necessárias tantas trocas de marchas para acelerar novamente.

No circuito, isso já foi bem interessante, mas a vantagem deve ser ainda maior na cidade, onde a moto trabalha naturalmente com o motor girando em baixas rotações.

'Dieta' em dia

Apesar de o motor ter evoluído, o que chama bastante atenção foi a redução de peso na "Ninjinha".

O chassi do tipo treliça fez a moto "emagrecer" 4 kg, considerando que o bicilíndrico ganhou em capacidade cúbica, é um avanço importante. Isso fez a Ninjinha ficar ainda mais "na mão" e as trocas de direção nas curvas são realmente rápidas.

O modelo ficou com a massa bem equilibrada, o que também ajuda na hora das frenagens.

Na situação de pista, como foi a avaliação, a moto mostrou que consegue fazer frenagens fortes sem desestabilizar o conjunto.

O modelo passa a ter freios ABS de série, algo que as rivais já ofereciam, mas a versão do dispositivo evoluiu na Ninja 400.

De nova geração, o ABS não é muito intrusivo e só entra em ação em momentos realmente necessários, não deixando acontecer aquela sensação chata de muita trepidação.

O disco dianteiro, de 310 milímetros, passa a ser do tipo flutuante, enquanto o traseiro tem 220 mm.

Com apenas 1 disco na dianteira, o freio da Ninjinha não é muito sensível, e necessita de um pouco mais de força para frenagens fortes, mas não é algo que comprometa.

O pacote da Ninja 400 segue com embreagem do tipo antideslizante, que evita o travamento da roda traseira em reduções bruscas, e assistente de embreagem, que deixa o acionamento do manete mais levinho.

Além da versão de entrada com ABS, nas cores preto ou verde, a Ninja 400 tem a opção KRT, que tem pintura inspirada nos modelos de competição da marca e custa R$ 24.990.

O painel também foi renovado, inspirado nas motos maiores da montadora, e tem hodômetro, indicador de marcha, consumo, indicador de pilotagem econômica, entre outros. O faróis são de LED.

De carona

Como toda moto esportiva, a Ninja 400 não é um grande atrativo para os garupas.

Além de um espaço diminuto para levar o passageiro, a motocicleta não tem alças para o garupa.

O bom ajuste das suspensões pode compensar isso em parte, não transferindo os impactos diretamente ao ocupante, já que elas não são nem muito moles e nem muito duras.

A dianteira é do tipo telescópica, com 120 mm de curso, sem a possibilidade de ajustes, enquanto a traseira tem 130 mm de curso com ajustes da pré-carga de mola e atuação do link.

Se o garupa fica desconfortável na moto, o mesmo não vale para o piloto. Apesar da cara de invocada, a "Ninjinha" não tem uma ergonomia de superesportiva e o guidão e razoavelmente alto, deixando os braços relaxados.

Ninja em vantagem

Com as mudanças, a moto ganhou um ar maior de novidade, algo que as rivais já estão devendo. O modelo também se mostra o mais acertado entre as rivais e com o melhor peso-potência da categoria.

Veja comparação de peso-potência:

  • Ninja 400: 3,5 kg/cv
  • Honda CBR 500 R: 3,84 kg/cv
  • Yamaha R3: 4,04 kg/cv

Seu desenho, inspirado na Ninja H2, também foi repaginado e dá a impressão de se tratar de uma moto maior.

Apesar de estarem no mesmo segmento, as diferenças de preços e potência fazem Ninja, R3 e CBR 500 R produtos com diferentes atrativos. A R3 tem o melhor custo-benefício, com seu preço mais atrativo.

O detalhe que pesa contra acaba sendo o preço na "Ninjinha", que ficou muito próximo ao da CBR 500 R, modelo de maior cilindrada, e maior torque.

Fonte: G1

Mais Novidades

06 ABR
Correio técnico: o que determina se um carro é ou não um SUV?

Correio técnico: o que determina se um carro é ou não um SUV?

Definição de SUV mudou muito nos últimos anos (Divulgação/Porsche)O que significa a expressão “SUV”? – José Artur Silveira de Araujo, Salvador (BA)São as iniciais de Sport Utility Vehicle, ou veículo utilitário esportivo, em inglês. O mais difícil, porém, é explicar o que é um SUV nos dias de hoje, já que sua definição é polêmica e cheia de variações.Originalmente, tratava-se de um utilitário de carroceria fechada derivado de uma picape, com chassi de longarinas e,... Leia mais
03 ABR
Como o fracasso do Fusca 4-portas deu origem ao VW Golf (e ao nosso Gol)

Como o fracasso do Fusca 4-portas deu origem ao VW Golf (e ao nosso Gol)

Fusca de quatro portas foi uma das propostas para a VW ter um carro barato e confortável (Divulgação/Volkswagen)O Volkswagen Fusca foi o carro mais vendido do Brasil desde o início de sua produção local, em 1959, até 1982.Se aqui o pequeno Sedan não sofria grandes ameças dos concorrentes, lá fora os pequenos compactos japoneses começavam a preocupar a fabricante alemã.Eles também eram pequenos, eficientes, confiáveis, baratos e mais espaçosos para passageiros e bagagens. Além,... Leia mais
03 ABR
Segredo: novo Nissan Versa terá lançamento adiado para agosto

Segredo: novo Nissan Versa terá lançamento adiado para agosto

Lançamento da nova geração do Versa ficará para o segundo semestre (Divulgação/Nissan)A segunda geração do Nissan Versa tem gerado burburinho no Brasil, especialmente por causa do visual muito mais harmonioso que o do sedã vendido atualmente (e que continuará a existir, chamando-se V-Drive).Mas se você esperava vê-lo desfilando por nossas ruas em junho, conforme inicialmente prometido, pode ir se confirmando: o lançamento deve atrasar em aproximadamente dois meses?A culpa,... Leia mais
03 ABR
Maradona já ganhou uma Ferrari de presente (e não gostou)

Maradona já ganhou uma Ferrari de presente (e não gostou)

Ferrari Testarossa preta não agradou Maradona (Reprodução/Internet)Em 1987, Diego Armando Maradona estava no auge. O meia argentino acabara de ser bicampeão mundial com sua seleção e era o grande maestro do Napoli, clube italiano de maior sucesso no fim da década de 1980.Com status de popstar, era normal ver o craque desfilando pelas ruas do sul da Itália com carros cada vez mais exclusivos. Mas, um, entre os vários modelos do craque, tem uma história um tanto quanto... Leia mais
03 ABR
S10, Hilux, Ranger e mais: as diferenças de motor e dimensões das picapes

S10, Hilux, Ranger e mais: as diferenças de motor e dimensões das picapes

Com quase 20 mil unidades vendidas, Toyota Hilux foi a líder do segmento em 2019 (Christian Castanho/Quatro Rodas)As picapes médias vêm ganhando cada vez mais em potência e conforto, tornando-se carros convenientes tanto para o trabalho no campo quanto para o dia a dia na cidade.Mas qual delas entrega mais? Para ajudar a responder essa pergunta, QUATRO RODAS destrinchou as medidas, motorizações e capacidades de carga das principais picapes médias cabine dupla vendidas do Brasil.A Amarok... Leia mais
03 ABR
Clássicos: Mercedes-Benz R107, o carro mais longevo da história da marca

Clássicos: Mercedes-Benz R107, o carro mais longevo da história da marca

– (Christian Castanho/Quatro Rodas)Popularizado pelos fabricantes de Detroit, os motores V8 tornaram-se obrigatórios para satisfazer o mercado norte-americano, ávido por carros velozes.O desempenho foi uma diretriz importantíssima no desenvolvimento da terceira geração do Mercedes-Benz SL, também conhecida pela nomenclatura R107.Denominado W113, o pacato SL “Pagoda” de segunda geração atravessou os anos 60 encantando seu público com o elegante desenho de Paul Bracq, tão... Leia mais