Novidades

19 AGO

BB e entidades anunciam medidas para estimular setor automobilístico

O Banco do Brasil vai antecipar R$ 3,1 bilhões até o final do ano para fornecedores considerados estratégicos para a cadeia da indústria automobilística. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19) na sede do Banco do Brasil, em São Paulo.

O acordo firmado entre o Banco do Brasil, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) prevê apoio financeiro e comercial às cadeias produtivas do setor, além de segmentos de máquinas e implementos agrícolas e caminhões.

O BB receberá das empresas a programação de encomendas para determinado grupo de fornecedores, durante um período específico. Para esses fornecedores, o banco antecipará os valores que seriam recebidos pelo total de entregas. Segundo o Banco do Brasil, a vantagem é não ter de recorrer a taxas mais elevadas no financiamento do capital de giro ou no desconto de duplicatas. Para as montadoras, é vantajoso porque há possibilidade de negociação de prazos melhores no pagamento dos fornecedores. 

A Anfavea e o Sindipeças vão intermediar os acordos de cooperação financeira e comercial com o BB e as empresas envolvidas.

A ideia é trabalhar com capital de giro para inclusive operações de longo prazo, com produtos previstos para serem entregues. Assim, antecipa-se o fluxo financeiro às empresas de forma que o empresário possa se programar melhor.

 “A linha de financiamento para o setor de autopeças é possível porque nós montadoras vamos aparecer nesses contratos como espécie de fiadores, trabalharemos juntos com nossa rede de fornecedores para que o risco do financiamento seja extremamente baixo. O risco será das grandes empresas e os juros serão mais atrativos para a cadeia automotiva”, disse Luiz Moan Yabiku Júnior, presidente da Anfavea.

Segundo ele, fortalecer o setor de autopeças é fundamental para a cadeia automotiva. “Não  tem sentido não ajudar, é a cadeia toda que faz a grandeza do nosso setor”. Segundo ele, 12% dos tributos pagos no país vêm do setor automotivo, e isso inclui o setor de autopeças e demais fornecedores.

Momento difícil
Luiz Moan considera o momento do setor automotivo muito difícil, mas diz não ter dúvidas de que “é apenas um momento”. “Entendemos extremamente necessário o ajuste macroeconômico e essas medidas anunciadas estão em linha com esse ajuste”, afirmou.

Segundo o Banco do Brasil, o acordo beneficia desde o pequeno fornecedor ao grande exportador, irrigando capital de giro para toda a cadeia, o que aumenta o nível de confiança e reduz o risco de crédito de cada negócio que será feito. Na tomada do empréstimo, o fornecedor vai com uma carta de crédito, e nesse documento tem o cliente (no caso, a montadora) atestando que vai comprar o que esse fornecedor vai produzir.

Para o presidente do Banco do Brasil, Alexandre Correa Abreu, a concessão de crédito atualmente está mais complexa porque as empresas estão em situação mais difícil. Por isso, ele considera a estratégia do acordo com as empresas do setor automotivo inteligente e agregadora.

“Conseguimos aprimorar a margem de crédito e transferir o ganho para todas as empresas que compõem a cadeia automotiva”, disse. “Quando eu transfiro esse risco para as empresas maiores e tiro daquela empresa menor o risco de não conseguir aquele crédito é um bom negócio porque eu trabalho com escala ampla de empresas com riscos menores, é uma estratégia boa para as empresas, para o banco e para o funcionário que não vai perder seu emprego”, afirmou. 

“Temos responsabilidade com a sociedade. Pessoa desempregada é sinônimo de inadimplência no setor financeiro, então todos são beneficiados”.

Segundo ele, a solução apresentada para o setor automobilístico pode ser colocada para outros setores da economia brasileira. O Banco do Brasil prevê ampliação de acordos na mesma linha do anunciado nesta quarta, que deverá alcançar 500 grupos, em diversas cadeias produtivas. No entanto, não foram especificados os setores atingidos. A previsão de desembolsos é da ordem de R$ 9 bilhões, incluídos nesse valor os R$ 3 bilhões para o setor automobilístico.

Paulo Roberto Rodrigues Butori, presidente do Sindipeças, disse que o acordo veio em boa hora, já que as empresas de autopeças passam por dificuldades. “Mesmo com o setor de reposição e de exportação mais ativos, a previsão é de queda de 20% no faturamento”, disse.

“Eu acredito que estamos dando um passo para melhorar um pouco a situação das nossas empresas”, disse.

Segundo Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, o setor de distribuição da cadeia automotiva representa 5,2% do PIB nacional e é responsável por 420 mil postos de trabalho.

Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou nesta quarta que as linhas de crédito abertas pelo bancos públicos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal às indústrias automotivas são um “arranjo comercial” e “não comprometem o ajuste”.

De acordo com o ministro, esses arranjos "não têm maiores riscos", são operações "absolutamente normais", que os bancos fazem todos os dias com os fornecedores, e levam em conta a qualidade de crédito das companhias.

“Não compromete o ajuste. É uma operação de mercado, operação que na verdade evidentemente pressupõe o compromisso de contrato das montadoras. Se você é fornecedor de empresa grande, você pode usar recebíveis, pode usar garantia que a empresa grande dá daquele contrato para melhorar a sua qualidade de crédito. É isso. É um arranjo perfeitamente comercial”, afirmou.

Setor agropecuário
O Banco do Brasil anunciou ainda medidas para facilitar o financiamento de máquinas, implementos agrícolas e caminhões. A meta é cadastrar, até o final do ano, mais de mil revendas. O banco prevê que o prazo de liberação de financiamentos caia de 67 para 14 dias. O objetivo com essa redução é beneficiar a capacidade financeira das revendas.

"Para os clientes, o recebimento dos equipamentos em menor prazo significa adotar mais rapidamente novas tecnologias capazes de trazer ganhos imediatos de produtividade e aumento da rentabilidade de suas atividades no agronegócio", informou o banco.

Medidas da Caixa
Na terça-feira, a Caixa Econômica Federal anunciou que vai oferecer condições especiais em linhas de crédito para capital de giro e investimento para socorrer a indústria automotiva e o setor de autopeças. O banco também avalia ajudar outros setores.

Segundo a Caixa, as "condições especiais" serão concedidas a empresas que se comprometerem a não demitir funcionários durante a crise atravessada pelo setor automotivo, afirmou a presidente do banco, Miriam Belchior. Ela acrescentou, contudo, que esse compromisso "não é obrigatório, mas é mais um elemento a contribuir para esta travessia".

Fonte: G1

Mais Novidades

02 AGO
Clássicos: Cadillac DeVille, um cupê de 2 toneladas com motor de 8 litros

Clássicos: Cadillac DeVille, um cupê de 2 toneladas com motor de 8 litros

São 3,3 m de entre-eixos, 2 m de largura e quase 6 m de ponta a ponta (Christian Castanho/Quatro Rodas)O Cadillac Coupe DeVille surgiu em janeiro de 1949 no evento Transportation Unlimited Autorama e fez tanto sucesso que a GM iniciou a produção no mesmo ano. O protótipo evoluiu para tornar-se o primeiro hardtop da Cadillac, carroceria caracterizada pela ausência da coluna B e parecida com a de um conversível com a capota fechada. Era a versão mais esportiva e harmoniosa da Série 62,... Leia mais
02 AGO
Como o site nissan.com se tornou uma página de protesto contra a Nissan

Como o site nissan.com se tornou uma página de protesto contra a Nissan

A maior parte do site agora é dedicado a documentar a batalha com a Nissan (Reprodução/Internet)Em tempos pré-Google (atenção, jovens de 20 anos: essa época realmente existiu), ter um site com endereço atraente era um fator crucial para garantir mais destaque na World Wide Web.Por isso a URL da maioria das páginas oficiais das fabricantes é, basicamente, o nome dela seguido pela extensão local (.com, .com.br, .co.uk etc). Exceto no caso da Nissan dos Estados Unidos.Enquanto você... Leia mais
01 AGO

Buick GNX: quando a McLaren fez um cupê de tiozão superar uma Ferrari F40

Você acreditaria se alguém dissesse que esse carro é mais rápido que uma Ferrari F40? (Divulgação/Buick)Entre as marcas da General Motors, a Buick era a que entregava mais requinte que a Chevrolet, mas sem cobrar tão caro quanto a Cadillac.Seus compradores eram mais maduros e estavam mais interessados no espaço interno e no acabamento. Pelo menos na teoria. Mas Lloyd Reuss tomou para si o desafio de mudar a imagem da Buick assim que assumiu sua direção.E o primeiro carro escolhido... Leia mais
01 AGO
Veja os 50 carros novos mais vendidos em julho de 2019 no Brasil

Veja os 50 carros novos mais vendidos em julho de 2019 no Brasil

Julho registrou alta de 12% nas vendas de veículos novos, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (1) pela Fenabrave, a associação das concessionárias. Novamente o Chevrolet Onix foi o veículo mais vendido do país, com mais que o dobro dos emplacamentos do segundo colocado, o Hyundai HB20. Foram O hatch da Chevrolet emplacou 20.071 exemplares, contra 9.205 do Hyundai HB20 e 9.076 do Ford Ka. Ainda aparecem no "top 10", Chevrolet Prisma (8.377), Renault... Leia mais
01 AGO
Vendas de veículos novos sobem 12% em julho, diz Fenabrave

Vendas de veículos novos sobem 12% em julho, diz Fenabrave

A venda de veículos novos subiu 12% em julho, de acordo com a associação dos concessionários, a Fenabrave. A comparação é com o mesmo mês do ano passado. Foram emplacadas 243.640 unidades de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões no último mês, contra 217.476 do mesmo período em 2018. Quando comparado com junho deste ano, o crescimento foi de 9%. O número é o segundo melhor até agora, atrás apenas dos resultados de maio, quando o mercado emplacou... Leia mais
01 AGO

Top Ten: carros que prometiam muito, mas nunca saíram do papel

–deveria ser o primeiro superesportivo brasileiro. Três protótipos enlouqueceram o público no Salão do Automóvel de 2010, com o design agressivo e o V10 do BMW M5 de 570 cv. QUATRO RODAS chegou até a avaliá-lo em 2011, mas a fábrica em Blumenau (SC), que faria cinco unidades por mês, nunca saiu do papel.– (divulgação/Quatro Rodas)Da parceria Subaru e Toyota, nasceram os gêmeos BRZ e GT86. O cupê 2+2 com motor boxer 2.0 e câmbio manual de seis marchas foi apresentado no Brasil... Leia mais