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– (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Lançado em junho, o Toyota Yaris chegou com a missão de vender 6.000 unidades/mês, o que significa um volume superior ao do best-seller Corolla (média de 4.853 unidades/mês até maio deste ano) e até da soma dos Etios (5.936).

O Yaris chega com pelo menos seis anos de atraso – considerando que ele era o que todos esperavam quando a Toyota lançou o Etios, em 2012. O Etios não foi páreo para VW Gol e Fiat Palio, os mais vendidos da época, e muito menos para o Hyundai HB20, apresentado exatamente no mesmo mês que o Etios.

Em versão hatch, o Yaris tem opção dos dois motores do Etios (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Agora, o Yaris ainda não é aquele que se imaginava (igual ao europeu), já que ele ganhou em 2013 uma versão desenvolvida para países emergentes. E foi essa que chegou aqui. Detalhe: o carro que desembarca no Brasil é o mesmo projeto de 2013, apenas reestilizado no ano passado.

Pelo menos, ao contrário do Etios em sua época, o Yaris chega com o mesmo nível tecnológico de seus pares – agora, modelos como Polo e Argo, entre os hatches, e Virtus e Cronos, entre os sedãs.

O Yaris entra na linha Toyota se posicionando entre Etios e Corolla. A chegada do Yaris provocou a aposentadoria das versões mais caras, XLS e Platinum, do Etios e da mais barata, GLi, do Corolla.

Há central multimídia desde a versão intermediária (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Combinando carroceria (hatch e sedã), motor (1.3 e 1.5), câmbio (manual de seis marchas e CVT de sete marchas) e equipamentos (XL, XL Plus Tech, XS, XLS), o Yaris tem dez configurações com preços que começam em R$ 59.590 e chegam a R$ 79.990.

Os motores são os mesmos do Etios com melhorias que elevaram a potência em 3 cv. No 1.3 a força subiu de 98 para 101 cv e no 1.5, de 107 para 110 cv.

Motor 1.5 gera 110 cv de potência (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A unidade mostrada aqui foi a única que a Toyota disponibilizou: o hatch 1.5 XLS automático (R$ 77.590).

À primeira vista, o hatch agrada pelo design bem trabalhado, com atenção aos detalhes e identificado com visual atual da marca. A coluna traseira na cor preta e a traseira menos convencional que a do sedã garantem ao hatch aspecto mais bem resolvido. Por dentro, hatch e sedã são iguais até a coluna traseira.

Teto solar vêm na versão mais cara (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O interior é bem-acabado, com peças bem confeccionadas e encaixadas. E, na versão apresentada, tem boa qualidade percebida, com superfícies em preto brilhante, frisos cromados e bancos parcialmente revestidos de couro.

Yaris tem bom espaço interno (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O único deslize é a adição de um pedaço de tecido nas laterais dos assentos dianteiros, para encobrir as ferragens. Deixar a estrutura à mostra ficaria feio, mas essa não foi a melhor solução. O espaço interno na dianteira é compatível com o porte do carro.

Atrás, dá para acomodar as pernas com folga, com o benefício do piso plano. E o acesso ao banco detrás é tranquilo graças à boa abertura das portas. No porta-malas o hatch leva 310 litros.

No porta-malas do hatch cabem 310 litros de bagagem (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ao volante, hatch e sedã são muito parecidos porque contam com os mesmos motor, câmbio e sistemas de direção, suspensão e freios. Na maior parte do tempo o Yaris é obediente, bem assentado e de comportamento neutro.

Mas vale dizer que o hatch é ligeiramente mais equilibrado que o sedã. Na estrada não se sente tanto os ventos laterais, o que o torna mais fácil de ser controlado. Ajudaria se a direção fosse menos sensível.

Cinto de três pontos é disponível para todos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Na versão mais completa, XLS, o hatch é 20 kg mais pesado que o sedã: são 1.150 kg contra 1.130 kg.

Olhando os números de teste do hatch, o Yaris 1.5 com câmbio CVT acelerou de 0 a 100 km/h em 12 segundos. Ele fez o mesmo tempo que o HB20 Hatch 1.6 automático.

Nas medições de consumo, ele ficou dentro do esperado, com as marcas de 11,8 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada, rodando com gasolina. O HB20 gastou mais, com as médias de 10,8 km/l no ciclo urbano e 14,3 km/l no rodoviário.

Faixa de tecido lateral tenta esconder a estrutura dos assentos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O lançamento do Toyota Yaris está longe de ser o anticlímax da apresentação do Etios. Mas falta saber como ele se sairá diante da concorrência.

XL (básica): ar-condicionado, sistema de som (com quatro alto-falantes), vidros elétricos (dianteiros e traseiros), retrovisor interno eletrocrômico, acendimento automático de faróis, volante multifuncional (com ajuste em altura), computador de bordo (12 funções), controle eletrônico de estabilidade, auxiliar de partidas em rampas, cintos de três pontos (em todas as posições), faróis de neblina, rodas de liga-leve (acabamento prata) e alarme.

XL Plus Tech (acrescenta à XL): central multimídia, dois tweeteres, partida por botão, sistema de abertura e travamento das portas por sensores na chave, ar-condicionado digital automático com filtro antipólen, apoio de braços traseiro com porta-copos e banco traseiro rebatido 60/40.

XS (acrescenta à XL Plus Tech): roda de liga leve (acabamento preto e prata), volante e manopla de couro; computador de bordo com tela 4,2 polegadas e 16 funções, retrovisores externos na cor da carroceria, elétricos e rebatíveis; acabamento interno das portas e bancos revestidos parcialmente de couro e tapetes de carpete.

XLS (acrescenta à XS): cinco airbags (sete no total), teto solar, sensor de chuva, maçanetas externas cromadas, faróis com máscara negra e luzes de posição de led e lanternas de led.

XL 1.3 manual – R$ 59.590
XL 1.3 CVT – R$ 65.590
XL Plus 1.5 CVT – R$ 69.590
XS 1.5 CVT – R$ 74.590
XLS 1.5 CVT – R$ 77.590

Bem-acabado, equipado e com visual atualizado, o Yaris XLS hatch causou boa impressão.