Novidades

21 JUN

Chery Tiggo 4 e Tiggo 7: os rivais chineses de Renegade e Compass

Os dois SUVs serão montados no Brasil ainda em 2018 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Há exatos dez anos, em junho de 2008, era lançado o Effa M100. O primeiro chinês vendido no Brasil foi o único carro que não concluiu o Longa Duração pela falta de segurança, agravada pelo pós-venda desastroso. Desmontado aos 41.930 km, foi reprovado.

Foi um início difícil, mas a última década serviu para mostrar a clara evolução dos carros chineses, ou melhor, de marcas chinesas: hoje a Chery só vende carros montados no Brasil e seus lançamentos futuros também passam pela nacionalização.

Fomos até o Centro de Desenvolvimento da Chery em Anhui, China, para andar nos Tiggo 4 e Tiggo 7. Os dois serão montados na fábrica da Caoa em Anápolis (GO), junto dos Hyundai Tucson, ix35 e HR, até o final deste ano.

Os Tiggo 4 e 7 compartilham plataforma e conjunto mecânico (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Os dois são baseados na mesma plataforma e têm conjunto mecânico igual.

O motor é o 1.5 TCI, turbo com injeção indireta, com 147 cv e 21,4 mkgf com gasolina. Mas você pode esperar números melhores no Brasil, onde este motor será flex. O câmbio é automatizado de dupla embreagem seco de seis marchas fornecido pela alemã Getrag.

Design do Tiggo 4 passa sensação de robustez (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Cada Tiggo tem um perfil e um público alvo.

O Tiggo 4 é estratégico. Com dimensões próximas às do Renault Duster, será posicionado na faixa de R$ 80.000 a R$ 90.000, onde estão Hyundai Creta, Nissan Kicks e Honda HR-V, os SUVs compactos mais vendidos do Brasil.

Lanternas são horizontais e interligadas por barra cromada (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Talvez por isso seu design seja um pouco mais robusto. Pelo menos essa é a impressão que a carroceria mais quadrada, os faróis grandes e o para-choque frontal com apliques metálicos deixam.

A traseira tem corte vertical e lanternas horizontais interligadas por uma barra cromada. Os refletores estão em nichos salientes no para-choque traseiro, junto com falsas saídas de ar.

As dimensões do Tiggo 4 se assemelham às do Renault Duster (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O interior também brinca com as formas. As saídas de ar centrais não são simétricas: uma fica ao lado da central multimídia e outra em cima dela. Os botões estão concentrados no console central elevado, como no Honda HR-V. Dois deles operam o freio de estacionamento eletrônico e a função auto-hold, também presentes no Honda.

Uma das saídas de ar fica em cima da tela multimídia (Divulgação/Chery)

O acabamento é interessante para o segmento. Painel e portas têm superfícies emborrachadas e a qualidade da montagem é boa. Os bancos dianteiros são confortáveis, com apoios laterais corretos e ajustes elétricos.

A ergonomia só não é melhor porque não há ajuste de profundidade para o volante – só de altura.

Há freio elétrico com auto-hold (Divulgação/Chery)

Atrás, o espaço é bom tanto para as pernas como para a cabeça. Entre os equipamentos, destaque para os seis airbags, alerta de mudança de faixa e para o ar-condicionado digital com saídas para o banco traseiro.

Espaço no banco traseiro é bom (Divulgação/Chery)

O Tiggo 7, por sua vez, será o Jeep Compass da Chery. É um SUV médio que brigará com os SUVs compactos mais caros – com preços acima dos R$ 100 mil – além do Compass e do Hyundai ix35.

O Tiggo 7 é bonito, mas seu design é mais convencional (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Seu design é menos ousado que o do irmão menor. Mas suas formas mais orgânicas são mais unânimes. Esse conservadorismo também é visto no interior, com painel simétrico e faixa de couro sintético.

Mas quadro de instrumentos e volante são exatamente os mesmos nos dois carros, com velocímetro e conta-giros analógicos, e os outros instrumentos concentrados em uma tela de LCD.

Modelo é 16,7 cm maior que o Tiggo 4 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

As dimensões são maiores. O Tiggo 4 tem 4,34 m de comprimento, 1,83 m de largura, 1,65 m de altura e 2,63 m de entre-eixos, enquanto o Tiggo 7 tem 4,50 metros de comprimento, 2,67 metros de entre-eixos, 1,84 m de largura e 1,67 m de altura. 

Os 16,7 cm a mais comprimento e os 4 cm extras no entre-eixos extras têm efeito no espaço ainda melhor para as pernas de quem vai no banco de trás e no porta-malas maior – 414 litros contra 340 litros. 

Tiggo 7 tem painel com formas simétricas (Divulgação/Chery)

Mas também há equipamentos extras, como ar-condicionado digital de duas zonas com saídas para o banco traseiro, teto panorâmico com abertura elétrica, câmeras com visão 360 graus e faróis de xenônio.

Quadro de instrumentos é dominado por tela de LCD (Divulgação/Chery)

Apesar da mecânica igual, os Tiggo 4 e 7 comportam-se diferente. Os dois sofrem com o casamento atribulado do conjunto mecânico: o câmbio é lento tanto no momento de acoplamento da embreagem nas saídas, como nas trocas, e o motor sofre com o atraso da resposta do turbo.

As dimensões maiores resultam em mais espaço interno no Tiggo 7 (Divulgação/Chery)

Mas o Tiggo 7 demonstra reações mais lentas, que podem ser motivadas por relação de diferencial mais longa ou por um mapa de acelerador diferente. Fato é que sua suspensão é mais macia  que a do irmão menor e, por isso, inclina ainda mais nas curvas.

Estas características são comuns em carros configurados para o mercado chinês e serão corrigidas pela Caoa Chery na adaptação do carro para o mercado brasileiro.

Motor 1.5 turbo tem casamento atribulado com o câmbio Getrag (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O importante é que o ponto de partida para os trabalhos é bom. Há uma sensação de refinamento, que vem do manuseio das maçanetas, do toque dos botões e da forma como o carro lida bem com as vibrações e ruídos do motor.

É uma clara evolução frente aos chineses antigos e até mesmo ao próprio Tiggo 2, que acaba de chegar, mas tem projeto antigo diante da rápida evolução dos seus irmãos. 

 

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

16 JUL

Autodefesa: falha no start-stop do Mercedes Classe C custa até R$ 25.000

Mercedes-Benz C180 2017 (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)Que tal pagar mais de R$ 4.000 por uma simples bateria, que nem é necessária para fazer um veículo funcionar? Pois esse é o sufoco enfrentado por donos de Mercedes-Benz Classe C a partir de 2014. Eles apresentam mau funcionamento no start-stop, sistema que desliga e religa o motor em paradas rápidas para poupar combustível.O administrador de empresas Carlos Eduardo Dufour Ramires, de Laguna (SC), conta que seu C 200 2014 começou a... Leia mais
16 JUL

Comparativo: como se sai o Caoa Chery Tiggo 7 contra o líder Jeep Compass?

Novato Tiggo 7 encara o todo-poderoso Compass (Fernando Pires/Quatro Rodas)A história da Chery no Brasil pode ser dividida em duas partes: antes e depois da Caoa. É certo que o lançamento de novos produtos e a melhoria da qualidade (verificada principalmente a partir do Tiggo 5X, apresentado no final de 2018) já estavam em andamento quando a Caoa tornou-se sócia da Chery (no final de 2017). No Compass Sport, as rodas de liga leve calçam pneus 225/60 R17 (Fernando Pires/Quatro Rodas)Mas,... Leia mais
15 JUL

Preço médio da gasolina nas bombas cai pela 9ª semana seguida, diz ANP

O preço médio da gasolina nas bombas caiu cerca de R$ 0,02 na semana passada, ou cerca de 0,48%, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (15) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com isso, o valor do combustível registrou a nona queda semanal consecutiva. Segundo o levantamento semanal, o litro da gasolina terminou a semana custando ao consumidor, em média, R$ 4,378 por litro. O valor é uma média calculada pela ANP com base em... Leia mais
15 JUL

Toyota Hilux e SW4 2020 ganham airbags, ESP e nova central multimídia

Visual continuará igual na picape (Christian Castanho/Quatro Rodas)A Toyota preparou mudanças para Hilux e SW4 na linha 2020. Picape e SUV agora têm sete airbags em todas as versões –  bolsas laterais e de cortina foram incorporadas para todos –, além de novos equipamentos de série.As configurações de entrada SR e Standart da picape (apenas na opção cabine dupla) também incluem controles de tração e de estabilidade e assistente de partida em rampa.Nova central multimídia... Leia mais
15 JUL

Impressões: novo Peugeot 208 usa visual e tecnologia como armas de sedução

Novo Peugeot 208 (Divulgação/Peugeot)Desde as novas gerações de 308 (distante do Brasil) e 3008 a Peugeot vem demonstrando franca evolução, posicionando-se numa posição intermediária entre marcas generalistas e premium (algo que só a Volkswagen fazia até então).A marca promete trilhar o mesmo caminho com sua família de compactos, formada pelos novos 208 e 2008 construídos a partir da plataforma modular CMP.O novo 208 chega ao Brasil apenas em meados do ano que vem, sendo... Leia mais
15 JUL

Correção: radares em estradas federais

O G1 errou ao informar que o acordo firmado pelo governo federal e o Ministério Público Federal (MPF) reduziu de 8 mil para 1 mil o número de radares a serem instalados nas rodovias federais não concedidas à iniciativa privada. O número 8 mil, na verdade, corresponde ao total de pontos que seriam monitorados pelos radares nessas estradas, e não ao número de aparelhos. A redução, no caso, será de 8 mil faixas para 2,2 mil. A informação foi corrigida às 16h20. Leia... Leia mais