Novidades

07 JUN

Jac T40 automático: primeiras impressões

Quer um SUV com câmbio automático, mas o orçamento esbarra nos R$ 70 mil? A única solução (com exceção das raríssimas versões destinadas a frotistas) é apelar para um seminovo, já que este mercado tem se mostrado cada vez menos acessível.

É pensando nestes clientes que as fabricantes jogam suas fichas nos “aspirantes” a SUV, caso do Jac T40, que acaba de ganhar câmbio automático do tipo CVT. Ele aposta em carroceria maior, lista de equipamentos recheada e preço "camarada" para ajudar a dobrar as vendas da chinesa no país.

Além de outros aspirantes a SUV, como o Citroën Aircross e o Caoa Chery Tiggo 2, que deve ganhar câmbio automático ainda neste semestre, o T40 vai brigar com versões aventureiras de hatches, como Chevrolet Onix Activ, Hyundai HB20X e Ford Ka FreeStyle.

O T40 CVT custa R$ 69.990. Por este preço, ele tem mais equipamentos do que modelos de quase R$ 100 mil, como o Honda HR-V, na versão EX.

Entre os principais itens, há ar-condicionado digital, sensores de luz e de estacionamento dianteiro e traseiro, bancos de couro, central multimídia de 8 polegadas, controle de velocidade de cruzeiro, controles de tração e estabilidade e freios a disco nas 4 rodas.

Mais que um câmbio novo

Na comparação com a versão manual, mudam outros aspectos técnicos, além de, claro, a transmissão.

Em vez de o motor 1.5 de 127 cavalos e 15,9 kgfm, a Jac adotou um novo 1.6, que entrega 138 cv e 17,1 kgfm. Além da maior cilindrada, ele possui duplo comando variável de válvulas.

Com o motor 1.5, avaliado em agosto do ano passado, ficou a impressão de que faltava fôlego ao motor. Com os 11 cv extras, além do câmbio CVT, a sensação é atenuada, mas não totalmente resolvida.

O T40 1.6 cumpre bem seu papel na cidade, mas as retomadas ainda poderiam ser melhores. Culpa das reações demoradas do acelerador e da morosidade do câmbio CVT. Quando o crossover está embalado, no entanto, o conforto prevalece.

Isso é justificado pelo acerto do Jac, voltado para o conforto e a economia de combustível. Na maior parte do tempo, em ciclo urbano, e com o ar-condicionado ligado, o consumo ficou na casa dos 10,5 km/l. Lembrando que o T40 CVT só bebe gasolina. A marca ainda prepara uma versão flex.

O 1.6 também é menos "áspero" do que o 1.5, que segue equipando a versão mecânica.

Direção continua muito leve

Apesar de ter seu maior problema corrigido, o T40 ainda tem características que pode desagradar alguns motoristas. A direção é mais leve do que deveria. Além disso, a relação é pouco direta. Então, o motorista deve virar muito o volante para obter algum esterço.

Outro inconveniente é a suspensão com amortecedores de curso bastante curto.

Quando o motorista passa por um buraco ou uma lombada a uma velocidade um pouco mais alta, ouve-se a batida, indicando que o conjunto chegou ao limite. Um ponto bastante negativo para um aspirante a SUV.

Neste aspecto, o T40 lembra os modelos da Volkswagen, só que com menos refinamento.

Mas o grande “calcanhar de Aquiles” do T40 é o espaço interno. Apesar de seus 2,49 m de entre-eixos (menor do que os 2,53 m do compacto Chevrolet Onix) acomodarem bem as pernas dos ocupantes, o acesso é bastante dificultado pelo recorte da porta traseira, que contorna as caixas de roda, restringindo a entrada.

Cabine agrada

Por outro lado, o acabamento surpreende positivamente.

A faixa de couro no painel é um diferencial em um segmento dominado pelos plásticos duros.

Isso não quer dizer que eles não estejam lá, mas o material é de boa qualidade, assim como os encaixes.

A Jac também substituiu o quadro de instrumentos de leitura complicada. Agora, há dois mostradores com fundo preto e fonte branca, além de uma tela monocromática central, que exibe diversas informações.

O porta-malas fica acima da média. São 450 litros, um volume bom, considerando que parte dos rivais são, na verdade hatches compactos, com compartimentos de carga na casa dos 300 litros.

Conclusão

A maior ameaça ao T40 é o recém-lançado Ka FreeStyle, que tem mais itens de segurança e conjunto mecânico melhor, além de custar menos, R$ 67.990.

Comparando com outros modelos, o T40 leva vantagem. O Chevrolet Onix Activ, por exemplo, custa R$ 67.890, mas, além de ser menor, tem bem menos itens de série.

O mesmo acontece com o Hyundai HB20X, com o agravante que o coreano produzido em Piracicaba (SP) é até mais caro do que o T40, quando equipado com os opcionais. Ele é vendido por R$ 71.700.

O rival mais próximo do Jac em proposta é o Citroën Aircross. Sua versão de entrada, Live, sai por R$ 66.990, mas ele é menos equipado. Quando alcança um nível semelhante de equipamentos, na versão Shine, seu preço vai a R$ 75.700.

Aos poucos, o estigma de que carros chineses são inferiores vai ficando para trás. O T40 mostra que já é possível competir no mesmo nível de concorrentes de origem europeia ou americana.

O T40 possui equipamentos usuais em segmentos superiores. Até por isso, tem um dos melhores custo-benefício entre seus pares.

Fonte: G1

Mais Novidades

30 MAI

Quais carros Fiat e Renault deveriam manter à venda no Brasil?

– (Acervo/Quatro Rodas)Como você já deve saber, a FCA – ou seja, Fiat e Chrysler – entregou à Renault uma proposta de fusão para se tornarem o terceiro maior fabricante de automóveis do mundo.Mas, o que isso significaria para o Brasil? Além de saltarem à segunda posição entre os líderes de mercado (considerando só Fiat e Renault), muita sobreposição de produtos.Sendo assim, decidimos relembrar alguns embates que a própria QUATRO RODAS já adiantou para descobrir quais... Leia mais
30 MAI

BMW X1 ganha visual atualizado e inédita versão híbrida

A BMW mostrou nesta quarta-feira (29) a primeira atualização visual desta geração do X1. As novidades seguem a linha de estilo adotada em outros modelos, como o X7 e o Série 7. A principal mudança é a grade, que cresceu consideravelmente, e agora se une no centro. Com isso, o para-choque dianteiro também teve seu formato alterado, e agora integra as luzes de neblina – que foram redesenhadas. Faróis e lanternas também ganharam novas lentes. Segundo a BMW, o novo X1... Leia mais
29 MAI

Nova Ferrari SF90 é híbrida, mas tem novidades já usadas em populares

Os faróis são totalmente em leds (Divulgação/Ferrari)A recém-lançada Ferrari SF90 Stradale é híbrida como a LaFerrari, anda como uma LaFerrari e pode ser recarregada na tomada — como, bem, você entendeu.A diferença é que, ao contrário da irmã hiperfamosa, a SF90 não será limitada e certamente não terá tantos dificultadores para ser comprada.Os escapes elevados estão mais próximo do turbo (Divulgação/Ferrari)Nada de “você precisa ter outros modelos da marca” ou... Leia mais
29 MAI

Empresa dona de patinetes entra na Justiça contra decreto da Prefeitura de SP

No primeiro dia da implantação das novas regras de uso de patinetes na cidade de São Paulo, a Grow, dona Grin e Yellow, comunicou aos seus usuários nesta quarta-feira (29) que irá recorrer à Justiça contra a medida. A empresa alega que há nove meses segue as regras previstas na Resolução Federal 465 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) , e que o decreto assinado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) estabelece normas diferentes. A empresa quer que seja declarada a... Leia mais
29 MAI

Novo BMW X1 adota grade gigante e tem versão híbrida

X1 não escapou da nova grade gigante da BMW (Divulgação/BMW)Semana movimentada para a BMW. Depois de revelar a novíssima geração do Série 1, a fabricante também acabou com o segredo por trás da reestilização do X1.Um dos menores SUVs da marca – que também é seu modelo mais vendido no Brasil – ficou alinhado aos modelos mais recentes da BMW tanto no visual como na mecânica: uma das novidades é uma versão híbrida plug-in.Lanternas de led são opcionais na... Leia mais
29 MAI

Toyota demitirá 340 funcionários em Sorocaba, SP

A Toyota anunciou a demissão de 340 funcionários de sua fábrica de Sorocaba, no interior de São Paulo, onde são feitos Etios e Yaris. De acordo com a marca, o corte tem como um dos principais motivos a redução nas importações, gerando estoques altos na rede brasileira. Segundo a fabricante, a medida foi tomada tendo três pilares que visam adequar à realidade do mercado: custos de produção elevados, competitividade de mercado e o impacto da redução das exportações,... Leia mais