Ainda tentando mostrar ao mundo que é sustentável, a Tesla perdeu US$ 4 mil (quase R$ 14 mil) a cada veículo vendido no segundo trimestre do ano, com base no prejuízo operacional do período, informa a agência Reuters.
A fabricante de carros elétricos do Vale do Silício vendeu 11.532 carros de abril a junho e registrou prejuízo operacional de US$ 47 milhões. A Tesla espera emplacar de 50 a mil a 55 mil unidades neste ano.
Um dos maiores pesos para a Tesla é o custo de desenvolvimento do utilitário esportivo Model X, que deve ser lançado ainda neste ano, após sucessivos atrasos. A empresa estima um gasto total de US$ 1,5 bilhão neste ano.
O presidente da Tesla, Elon Musk, afirmou em conferência com a imprensa que o Model X pode ser o "carro mais difícil de ser construído no mundo", de acordo com a Associated Press. Entre os equipamentos tecnológicos, ele tem portas traseiras que abrem para cima, como uma "asa de gaivota".
Apenas o sedã Model S é comercializado atualmente, por preços a partir de US$ 60 mil (cerca de R$ 210 mil) com incentivos fiscais nos Estados Unidos - um valor próximo ao de um Porsche Cayman ou Boxster. Em 2017, a Tesla espera lançar o Model 3, mais acessível, por cerca de US$ 35 mil (R$ 122 mil).
A dificuldade em tornar lucrativo o negócio de carros elétricos de luxo tem deixado investidores preocupados. O caixa da Tesla caiu pela metade em um ano, para US$ 1,15 bilhão. A General Motors (GM), por exemplo, tem atualmente um "colchão" de US$ 28 bilhões.
Mesmo assim, o valor de mercado da Tesla, ou seja, o quanto custaria comprar todas as ações da empresa, é de US$ 31 bilhões, maior que o da Fiat Chrysler, que também fabrica marcas como Jeep e Alfa Romeo.
A Tesla também investe em fábricas de baterias, estações de recarregamento para seus carros elétricos e tecnologias de direção autônoma. Até o final do ano, deve estar disponível um sistema de piloto automático em rodovia, que mantém o carro na pista, acelera e freia sem ação do motorista.
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2019/01/19/fgd_5073.jpg)
