Novidades

07 MAI

Maio Amarelo: como os crash tests melhoraram o nível dos carros

Os crash tests do Latin NCAP melhoraram o nível dos nossos carros (Latin NCAP/Divulgação)

Em um país onde os índices de conclusão de recall ficam abaixo dos 10%, e que muita gente ainda acredita que “lataria grossa” é sinal de resistência, não surpreende que a preocupação com segurança viária seja baixa.

Os 10% da frase acima podem ser ditos de outra forma: menos de 10% dos donos de carros convocados levam os veículos para o reparo – ainda que seja gratuito.

Insistimos: a cada 10 carros com defeito capaz de comprometer a segurança do usuário, só um é levado para reparo.

E esse problema é cultural. Como o cliente não é exigente com a própria segurança, talvez isso explique por que muitos fabricantes retiram, ao longo da vida do carro, itens de proteção mais vistosos, como airbags adicionais.

O que não se pode negar, especialmente após o Latin NCAP começar a testar carros de nossa região, é que o nível de segurança dos veículos brasileiros tem aumentado. E que muita gente já se recusa a comprar modelos sem equipamentos importantes.

Aliada ao cinto de segurança, a bolsa de ar reduz o número de acidentes fatais em 50% (Divulgação/Mercedes-Benz)

Mas, afinal de contas, o que torna os automóveis atuais mais seguros?

Recentemente, o Cesvi Brasil divulgou uma lista com os itens de segurança que seriam indispensáveis em um veículo.

A entidade de segurança viária incluiu ABS e airbags frontais (obrigatórios por lei), cintos de três pontos (que serão obrigatórios para todos os passageiros a partir de 2020), barras de proteção laterais, apoios de cabeça (também obrigatórios para todos a partir de 2020) e controle de estabilidade (ESP).

Mas trazer tudo isso não necessariamente é um sinal de que o carro é seguro, como mostram testes de colisão recentes.

“O Índice de Segurança do Cesvi avalia a quantidade de itens de que o veículo dispõe por versão. A avaliação estrutural é realizada pelo nosso parceiro Latin NCAP”, diz Alessandro Rubio, coordenador técnico do Cesvi.

Foi justamente Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP e diretor do Global NCAP, que alertou sobre o fato de que a presença dos itens de segurança não é suficiente para determinar se eles protegem corretamente, ainda que sua disponibilidade seja bom sinal.

Teste de impacto lateral do Nissan Kicks na última bateria de testes de 2017 do Latin NCAP (Latin NCAP/Divulgação)

“O critério de desempenho fala que, quando o carro é submetido a um determinado teste de colisão, os ferimentos dos ocupantes devem ficar abaixo de um nível máximo. Sem importar se o veículo tem ou não tem airbags, sem importar a origem do carro, fabricante ou custo.

O que importa para o critério de desempenho é que o carro dê proteção efetiva aos ocupantes. Isso é medido pelos ‘ferimentos’ registrados pelos dummies [bonecos] que vão de passageiros no carro”, explica o secretário-geral do Latin NCAP, que dá exemplos.

“A Latin NCAP mostrou muitos resultados com carros de estrutura muito estável, mas infelizmente os ferimentos nos ocupantes foram altos e as estrelas, baixas. Mesmo em carros com airbags. Não é a caixa de absorção de energia ou a estrutura somente, mas como o carro se comporta como um todo.

Uma estrutura estável na batida é fundamental, mas, se os airbags não se abrem de forma sequenciada, ou se a pressão ou o desenho deles não é acertado, ou até se o pré-tensionador do cinto não atua corretamente, o resultado pode também ser ruim para os ocupantes.”

Kwid brasileiro recebeu reforços estruturais para não repetir vexame do modelo indiano (Latin NCAP/Divulgação)

José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), é otimista quanto aos nossos carros.

“Hoje, o automóvel brasileiro está muito próximo ao de outros mercados em segurança. O Brasil caminha rapidamente para ter nível mundial nesse quesito.”

Mas ele lembra que não é só nos veículos que a segurança deve ser garantida.

“Uma das coisas que discutimos hoje é buscar automóveis e rodovias que perdoam. Havendo negligência, imprudência ou distração do motorista, se o acidente ocorrer, o veículo ou a via devem ter condições de absorver a colisão, seja por meio de airbags, barras de proteção lateral e aço com deformação progressiva nos carros, seja por barreiras com encapsulamento [deformáveis] nas estradas.

Elas são muito comuns na Europa. Por aqui, é bem mais fácil ver uma barreira de concreto protegendo o patrimônio do que as pessoas. É triste, mas ainda é uma realidade no país.”

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

02 MAI

Chevrolet Camaro: como uma mudança singela corrigiu o visual polêmico

Chevrolet Camaro ganhou mudanças na dianteira (Divulgação/Chevrolet)Aos donos de Chevrolet Camaro: nós avisamos! Apenas três meses depois do lançamento no Brasil, o esportivo recebeu novo visual antecipado pelo conceito Shock no Sema Show, em novembro do ano passado.Nos EUA, a dianteira com bocão preto na grade frontal e logotipo vazado no para-choque criou polêmica e, com isso, o fabricante americano antecipou uma pequena reestilização às pressas.Atual geração do muscle car gerou... Leia mais
02 MAI

Renault Kwid e VW Gol são destaques em mês com alta de 11% nas vendas

Kwid fica no 5º lugar entre os mais vendidos pelo terceiro mês consecutivo (Silvio Gioia/Quatro Rodas)O mês de abril foi positivo para a indústria automotiva brasileira.Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (2) pela Fenabrave (associação nacional de concessionários), o setor registrou 221.321 emplacamentos de automóveis e comerciais leves no período.Tal número representa um recorde em 2019, com crescimento de 10,92% em relação a março. Perante o mesmo mês do ano... Leia mais
02 MAI

Viajar no banco de trás do carro não é mais seguro, indica estudo

Quando você se senta no banco do motorista ou do passageiro em um carro, provavelmente colocará um cinto de segurança. Ou pelo menos é o que você deveria fazer. Mas você faz o mesmo quando se senta no banco de trás? E se não o faz, é porque acha que não corre tanto perigo caso sofra um acidente? Um novo estudo do Instituto de Seguros para Segurança nas Rodovias nos Estados Unidos (IIHS, na sigla em inglês) analisa as consequências dos acidentes de trânsito para... Leia mais
02 MAI

Montadora Caoa Chery dá férias coletivas na fábrica em Jacareí, SP

Trabalhadores da montadora Caoa Chery entraram nesta quinta-feira (2) em férias coletivas na fábrica em Jacareí (SP). O retorno deles está previsto para 16 de maio. A medida atinge os setores de montagem, solda, pintura, manutenção, engenharia industrial, logística, qualidade e segurança. Os grupos contemplam praticamente todo efetivo da unidade, de cerca de 500 pessoas. O motivo da concessão de férias coletivas seria falta de peças. A montadora foi procurada pelo G1,... Leia mais
02 MAI

Volkswagen Up! perde versões, fica mais barato e aposenta câmbio i-Motion

Configuração de entrada perdeu equipamentos e ficou mais barata (Divulgação/Volkswagen)O Volkswagen Up! ficou mais barato no Brasil – mas precisou perder versões para isso. Agora, o hatch só tem três opções à venda: MPI, Connect e Xtreme, com preços a partir de R$ 49.590.Em relação à antiga configuração de entrada, o modelo perdeu sensores de estacionamento traseiros (agora só disponíveis na topo de linha) e faróis de neblina. E não há mais opcionais.Agora só há três... Leia mais
02 MAI

Rival do Toyota Prius, híbrido Hyundai Ioniq é flagrado no Brasil

Híbrido combina motor 1.6 com um elétrico (Ton Kneip/Quatro Rodas)O Hyundai Ioniq não é inédito no Brasil. A Hyundai Motor Brasil (HMB) trouxe a versão 100% elétrica do modelo para o Salão do Automóvel de São Paulo do ano passado, mas “como demonstração do portfólio global da marca para alternativas ambientalmente amigáveis”.A possibilidade de vendê-lo por aqui foi negada. Agora o modelo ecológico da Hyundai apareceu em testes no Brasil. O leitor Ton Kneip fotografou o... Leia mais