Novidades

30 ABR

Comparativo: Mercedes-Benz GLE 400 x Range Rover Velar R-Dynamic

SUV-design, um subsegmento cada vez mais concorrido (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Adormecida por muito tempo, a Land Rover promoveu uma virada de mesa incrível na última década. No Brasil e no mundo, a marca deixou de ser referência apenas pela robustez no off-road e passou a encarar SUVs já consagrados.

A bem da verdade, todas as marcas de luxo, como a Mercedes, por exemplo, também se viram obrigadas a olhar com mais carinho e atenção para o design e outros pontos, digamos, cosméticos.

Perfil cupê confere esportividade ao grandalhão GLE (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Aqui, dois ótimos exemplos dessa virada: o Range Rover Velar e o Mercedes GLE 400 Coupé, dois jipões que deixam claro que é possível, sim, ser atraente aos olhos da massa (obviamente, guardadas as proporções) sem cair na vulgaridade explícita das formas exageradas.

Gosto é algo subjetivo, verdade. Mas dentre esses dois SUVs, dá para afirmar sem medo de errar: o Velar é um mestre na arte da sedução. O tipo de carro que, estacionado, chama a atenção.

Velar: rodas de 22 polegadas e maçanetas retráteis (Leo Sposito/Quatro Rodas)

E as maçanetas externas com recolhimento elétrico e automático que as deixam rentes à porta quando estão trancadas?

Com todo respeito ao GLE, mas fazem o sistema convencional parecer coisa do passado.

Na rua, o teste do pescoçômetro não deixou dúvida: o design do modelo inglês é arrebatador.

Internamente, os dois são coerentes com o que apresentam por fora. A cabine é mais sóbria no GLE e high-tech no Velar.

Cabine do GLE é uma versão atualizada do ML, seu antecessor (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Apesar do controle eletrônico de ajuste de temperatura, o ar-condicionado do Mercedes faz uso de um seletor giratório. No centro do painel, no topo, uma tela fixa cumpre a função de multimídia.

No Range Rover, são três telas HD: uma cumpre a função de quadro de instrumentos e as outras no console central, com a superior no comando do sistema multimídia e a inferior operando ar-condicionado e ajustes das funções do carro, como o seletor do modo de condução, capaz de alterar o funcionamento do câmbio, suspensão e motor.

Multitelou! Cabine do Velar tem três telas grandes de alta definição (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Avaliado pela primeira vez no fim de 2017, o Velar sofreu com recorrentes apagões das telas. Desta vez, porém, tudo correu sem falhas.

Ainda assim, nem tudo é perfeito: inexplicavelmente, no high-tech Velar o som não é compatível com Android Auto e Apple CarPlay.

Interior com revestimento em tom branco no GLE (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Há cintos de três pontos para todos no Mercedes (Leo Sposito/Quatro Rodas)

O GLE, com sua plataforma de 2010, é mais conservador: painel com uma telinha cercada por velocímetro e conta-giros analógicos embutidos em cúpulas individuais e um comando sensível ao toque no console, que exige certo tempo e paciência para adaptação.

Botões e seletores não causam a mesma boa impressão das supertelas do Velar, mas roubam menos a atenção quando o piloto decide fazer algum ajuste enquanto dirige: sim, teclas físicas ainda são mais fáceis de usar quando se está em um carro em movimento – sobretudo no esburacado asfalto brasileiro.

Bancos dianteiros têm ajustes elétricos (Leo Sposito/Quatro Rodas)

O espaço é amplo para pernas e ombros (Leo Sposito/Quatro Rodas)

O GLE 400 tem um V6 3.0 biturbo com 333 cv a 5.250 rpm e 48,9 mkgf a 1.600 rpm.

Do outro lado do ringue, o Velar, com seu V6 3.0 com compressor mecânico capaz de produzir 380 cv a 6.500 rpm e 45,9 a 3.500 rpm.

Motor V6 biturbo: torque máximo disponível a partir de apenas 1.600 rpm torna a condução agradável (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Quanto ao câmbio, uma caixa ZF de oito marchas cuida do Velar, enquanto uma produzida pela própria Mercedes equipa o GLE. Em ambos a tração é 4×4 sob demanda com seleção de terreno.

Na pista, os SUVs entregaram números parecidos – veja os resultados nas respectivas fichas, ao lado –, mas o comportamento do GLE é mais adequado à mistura motor potente/carroceria alta.

A Jaguar-Land Rover segue apostando na sobrealimentação por compressor mecânico: neste V6 3.0 são 380 cv (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Ambos têm suspensão pneumática, mas a do Mercedes passa menos a sensação de flutuar em alta velocidade.

Nas frenagens longas e severas, o Velar tem nova desvantagem, pois, de novo, a suspensão deixa a carroceria oscilar, exigindo aplicação de correção de direção no volante.

Se dinamicamente o GLE se mostra ligeiramente superior, o Velar dá o troco e vence o comparativo com seu projeto mais atual, por dentro e por fora.

Completos como os modelos fotografados, GLE 400 e Velar R-Dynamic HSE P380 custam, respectivamente, R$ 464.900 e R$ 465.100. Com qual você fica?

Com projeto novo, o Velar leva a melhor por ser um SUV atraente tanto do ponto de vista estético quanto de tecnologia embarcada.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

08 NOV
Fiat faz recall de 2.912 Toro por risco de incêndio

Fiat faz recall de 2.912 Toro por risco de incêndio

Fiat Toro tem chamado de recall (Divulgação/Fiat)A Fiat convocou, nesta sexta-feira (8), os proprietários de 2.912 unidades da Toro, alimentada a diesel e com ano/modelo 2019/2020, para recall.As picapes envolvidas na ação detém o número de chassi (não sequenciais) entre C80844 a C92056. De acordo com a empresa, o chamado é para instalação de uma capa protetora para o filtro de combustível.Segundo a Fiat, uma colisão frontal pode danificar o filtro de combustível e, com isso,... Leia mais
08 NOV
Fiat Toro tem recall por vazamento de combustível após colisão frontal

Fiat Toro tem recall por vazamento de combustível após colisão frontal

A Fiat anunciou nesta sexta-feira (8) um recall envolvendo 2.912 unidades da Toro de ano/modelo 2019 e 2020, todas equipadas com motor a diesel. Em casos de colisão frontal, há a possibilidade de vazamento de combustível, com consequente incêndio. De acordo com a fabricante, o filtro de combustível pode ser danificado em uma colisão frontal. Com isso, há a possibilidade de vazamento de combustível em áreas do motor com temperaturas elevadas. Em casos extremos, há risco de... Leia mais
08 NOV
Em 1989, VW Gol trocou cultuado motor AP pelo CHT; e mudou para pior

Em 1989, VW Gol trocou cultuado motor AP pelo CHT; e mudou para pior

Gol GL testado pela revista Quatro Rodas. 1989 (Acervo/Quatro Rodas)Publicado em novembro de 1989De repente o Gol passou a andar menos, gastar mais combustível na estrada e fazer outro tipo de barulho. O que mudou?Na visão da Volkswagen – e só dela -, o carro que mais vendeu no país nos entre 1987 e 1988 continuava sendo o mesmo, ainda que sob seu capô estivesse agora um motor 17 cavalos mais fraco, de concepção antiga e que até então equipava o Escort, a Belina e o Del Rey.Esse... Leia mais
08 NOV
A luta de JAC, Lifan e outras marcas pequenas para não morrer no Brasil

A luta de JAC, Lifan e outras marcas pequenas para não morrer no Brasil

Effa V25: furgão começa a ser fabricado em Manaus no final deste ano (Arte/Quatro Rodas)Vender carros no Brasil não é fácil nem para grandes fabricantes. Por isso algumas marcas menores estão repensando suas estratégias.A chinesa JAC, que estreou no Brasil em 2011 com carros de entrada e depois focou sua linha em SUVs, agora também quer explorar o mercado de elétricos. Três automóveis, uma picape e um caminhão, que chegam nos próximos meses às 36 concessionárias da marca,... Leia mais
07 NOV
Donos devolvem Onix Plus para recall e recebem velho Prisma como reserva

Donos devolvem Onix Plus para recall e recebem velho Prisma como reserva

Onix Plus: será difícil ver um nas ruas nos próximos dias (Divulgação/Chevrolet)O perigo de incêndio no Chevrolet Onix Plus continua afetando a vida dos compradores. Em redes sociais, donos do recém-lançado sedã relatam que estão sendo orientados a deixar seus carros retidos em concessionárias até a resolução do problema.“Levei [o carro] pra escanear o consumo e retiveram o carro. O gerente de pós-venda me falou sem dar esperança sobre atualização do software, mas disse que... Leia mais