Novidades

27 ABR

Fiat foi a marca de carros que mais perdeu espaço com a crise

A crise na indústria automotiva, que algumas montadoras entendem que ficou para trás, deixou diversos efeitos no mercado. Para as marcas, além da redução no volume de vendas, houve uma mudança considerável no ranking das que mais vendem. Pesou mais para a Fiat.

Desde que os emplacamentos começaram a cair no Brasil, 5 anos atrás, a marca não apenas perdeu a liderança do mercado como viu sua participação despencar mais de 10 pontos percentuais. Foi o maior recuo entre as 10 que mais vendem carros no Brasil (veja abaixo).

No primeiro trimestre de 2013, a Fiat liderava com folga, com quase um quarto de participação (22,7%) no total das vendas de carros no país. Hoje, tem 12,1%, ou 10,6 pontos percentuais a menos.

Mesmo quando se considera números de anos cheios, entre 2013 e 2017, a Fiat também foi a marca que mais perdeu em participação: 7,9 pontos percentuais. Suas rivais, Volkswagen e Chevrolet perderam menos, 6,1 e 0,1, respectivamente.

Modelos mais vendidos

A presença da Fiat na lista dos modelos mais populares era maciça em 2013 - entre os 10 mais vendidos, figuravam Palio, Uno, Siena e Strada.

Cinco anos depois, a picape compacta Strada é a única remanescente entre os automóveis e comerciais leves mais vendidos no 1º trimestre de 2018, ficando na 7ª colocação.

Enquanto isso, o Palio saiu de linha, o Siena praticamente desapareceu e o Uno acabou sufocado entre os novatos Mobi, lançado em 2016, e Argo, de 2017.

Falando na dupla de hatches, Mobi e Argo ainda não conseguiram alcançar o mesmo patamar de sucesso dos antecessores. No acumulado do trimestre, eles ficaram em 11º e 13º, respectivamente.

O sedã Cronos, sucessor do Siena, chegou há pouco nas lojas, e ainda precisa mostrar que pode alçar voos mais altos que seu antecessor.

Em números absolutos, a Fiat passou de 178,8 mil carros vendidos entre janeiro e março de 2013 para pouco mais de 64 mil unidades, 64,2% menos, em 2018.

Os emplacamentos de Chevrolet e Volkswagen caíram menos. A primeira recuou 34,9%, enquanto a segunda, 50,6%.

No mesmo período, o segmento, como um todo, teve uma baixa de 33,1%, caindo de 787,6 mil para 527,3 mil veículos emplacados no primeiro trimestre.

‘Hits’ ficaram com a Jeep

Se a Fiat lamenta, a Jeep, outra empresa do grupo Fiat Chrysler (FCA), tem motivos para comemorar. A fabricante, que entre 2013 e 2015 dava “traço” nas vendas, ressurgiu para o mercado em 2016, com dois lançamentos que viraram “hits” no país.

Primeiro foi o Renegade, que em 2015 e 2016 foi o segundo SUV mais vendido do país. O Compass, que chegou depois, é o atual líder da categoria, repetindo os bons resultados de 2017.

"Com qual marca se investe no segmento SUV? Logicamente, com a Jeep", afirmou o agora ex-presidente da FCA, Stefan Ketter, em entrevista ao G1.

A aposta deu certo, e a Jeep fechou o primeiro trimestre de 2018 com 4,2% do mercado, sendo a 10ª marca que mais emplacou veículos no país, superando rivais consolidadas há mais tempo no Brasil, como Peugeot, Citroën e Mitsubishi.

Rivais aproveitam

Quem mais se aproveitou do tempo ruim para a Fiat foi a Chevrolet, que saiu da terceira posição para a liderança – conquistada em 2016.

Mesmo líder, a Chevrolet não ganhou participação de mercado no período.

Ela passou de 17,9% no primeiro trimestre de 2013, para 17,4% nos 3 primeiros meses de 2018. No acumulado do ano passado, teve 18,1%.

O grande responsável por levar a Chevrolet ao topo do pódio é o Onix – líder de vendas no Brasil desde 2015. Na mesma família, o Prisma é o sedã mais vendido do país.

A Volkswagen, atual segunda colocada, também perdeu uma fatia considerável do mercado nos últimos anos. Ela saiu de 19,9% em 2013 para 14,7% em 2018 – sempre tendo o primeiro trimestre como referência. Considerando o acumulado de 2017, a participação foi de 12,5%.

Mesmo assim, a alemã tem algumas razões para comemorar. Com os bons resultados do Polo, a marca já ultrapassou a Fiat neste ano, e pode terminar o ano como vice-líder – posto que não ocupa desde 2013.

O objetivo, no entanto, é liderar o mercado dentro de alguns anos, como afirmou o presidente da marca ao G1.

Mercado dividido

Outro movimento visto nos últimos anos é a divisão mais equilibrada do mercado. No primeiro trimestre de 2013, as três maiores fabricantes do país tinham 60,5% de participação. Hoje, a fatia é bem menor, de 44,2%.

A diferença foi preenchida em um pelotão intermediário. A Ford se manteve no patamar entre 9% e 10%, mas viu uma série de marcas se aproximar – e passar em alguns momentos.

Hyundai e Toyota, por exemplo, já estiveram na frente da empresa americana. Hoje, com 8,8% e 8,1%, são a quinta e sexta colocadas no nosso mercado. Ainda completam o grupo intermediário, Renault (7,5% de participação), Honda (6,3%), Nissan (4,6%) e Jeep (4,2%).

Fonte: G1

Mais Novidades

02 JAN

Longa Duração: rede Toyota erra rodízio de rodas no Prius durante revisão

Prius: o samurai do baixo consumo (Christian Castanho/Quatro Rodas)Há duas verdades incontestáveis sobre a rede de concessionárias Toyota: a primeira é que ela raramente erra na manutenção de revisão e a outra é que ela quase nunca acerta o rodízio de rodas.Vimos isso no Etios e no Corolla de Longa Duração (desmontados, respectivamente, em 2014 e 2015) e, agora, não está sendo diferente com o Prius.O híbrido acaba de passar pela terceira revisão e, em todas, as rodas tiveram que... Leia mais
02 JAN

É possível colocar saída de ar no banco traseiro do VW Polo MPI e MSI?

A saída do ar-condicionado só está disponível no Polo equipado com motor turbo (Christian Castanho/Quatro Rodas)É possível instalar saída de ar na traseira em carros que não oferecem, como nas versões mais baratas do Polo?- Wagner José Aragão, Castanhal (PR)Possível é, mas não é recomendável. O Polo oferece esse recurso nas versões TSI.“A eventual adaptação dessa saída nos modelos que não trazem o recurso é tecnicamente possível. Mas trata-se de uma operação... Leia mais
02 JAN

Placas do Mercosul e multa para ciclista: veja o que muda na lei de trânsito em 2019

As leis de trânsito passam por constante mudança no Brasil nos últimos anos e, para 2019, estão previstas novidades que não atingirão somente os carros e motos, mas também ciclistas e pedestres. Documentos digitais devem ficar cada vez mais comuns e um fim para a “novela” de implantação das novas placas de padrão Mercosul parece estar definido. IPVA 2019: guia por estado e no DFSeguro DPVAT 2019 tem redução média de 63,3% Para as motocicletas, está prevista a... Leia mais
01 JAN

Clássicos: como Chevrolet Corvette Stingray se tornou ícone de desempenho

Os faróis escamoteáveis foram adotados de 1963 a 2004 (Christian Castanho/Quatro Rodas)Não há um fã de carros que não conheça o Chevrolet Corvette, que nasceu em 1953 como um pacato conversível inspirado em esportivos europeus.Denominada Stingray (arraia, em inglês), a segunda geração surgiu em 1963 para consolidar a reputação de alto desempenho e estabelecer os conceitos técnicos e de estilo mantidos até hoje.Sua história começa com o Corvette SS de 1957, desenvolvido pelo... Leia mais
01 JAN

Ducati fabricou carros e até motor Ferrari antes de entrar no grupo VW

Protótipo DU 4 tinha chassi tubular e motor de 250 cc (Ducati/Divulgação)Antes de ser comprada pela Audi, do Grupo VW, em 2012, a tradicional fabricante italiana de motocicletas Ducati teve diversos momentos como construtora de automóveis.Fundada em 1926, na cidade de Borgo Panigale, subsdistrito de Bolonha, na Itália, começou suas atividades fabricando rádios. Seu nome de batismo era Socieatà Scientifica Radio Brevetti Ducati.A produção de motocicletas começou logo depois do final... Leia mais
31 DEZ

Estamos vivendo um período de apostas

Estamos em meio a um furacão de mudanças, 2019 será um ano de indicadores para as montadoras, todas estão em volta da mesa de apostas, ninguém sabe muito bem se os carros serão híbridos, com ou sem hidrogênio, ou puramente elétricos. Algumas tecnologias estão se desenvolvendo, como a retirada de hidrogênio do etanol, sempre buscando eficiência, operacionalidade e sustentabilidade, todas dizem ser a solução, porem a maioria das grandes marcas estão diversificando seus... Leia mais