Novidades

25 ABR

Teste: Audi TT RS, 0 a 100 em 3,8s e pintura verde de R$ 30.000

A pintura Lime Green é vendida por encomenda e custa R$ 30.000 a mais (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Audi TT RS é um esportivo que passa por superesportivo. E avaliar um superesportivo é um trabalho muito mais do que lógico. É sensorial.

Sabe quando você prova um doce tão fantástico que lhe faltam palavras para descrever o que sente? Bem, quando testamos carros que beiram a excelência técnica, a sensação é similar – com a diferença de que nós precisamos descrever nossas experiências.

Explicar meu contato com o novo Audi TT RS rendeu boas horas de dúvidas – que começaram ao ver o cupê de R$ 424.990 pela primeira vez.

Para-choques, rodas e o aerofólio traseiro fixo identificam o RS (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A unidade testada era pintada no chamativo Lime Green, um tom vendido pelo programa Audi Exclusive a qualquer um disposto a pagar mais R$ 30.000 e esperar até seis meses pela chegada de seu carro.

Para quem prefere não chamar a atenção, como eu, não é a escolha mais adequada.

Lanternas exclusivas usam OLED (diodos de luz orgânicos) (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A cor destaca o esportivo em meio ao mar de SUVs e sedãs cinza e prata, como se uma luz o mantivesse permanentemente iluminado.

Não que precisasse, afinal, estamos falando de um RS. Enormes rodas de 19 polegadas, aerofólio traseiro fixo e um grande Quattro escrito no exclusivo para-choque dianteiro já seriam credenciais suficientes para separar esse TT RS das outras versões mais mundanas do icônico cupê da Audi.

Os discos frontais são perfurados para melhorar refrigeração (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Quando abertas, as portas projetam o nome Audi Sport no chão, só para lhe dar um último aviso do que está por vir.

Entrar na cabine, suficiente apenas para dois adultos (pense nos bancos traseiros como um porta-malas de luxo), é mais fácil do que os 134,4 cm de altura da carroceria indicam.

E os bancos elétricos envolventes e exclusivos são uma forma de lhe manter aprumado em curvas, mas também reforçam que, uma vez dentro desse esportivo, dificilmente você vai querer sair.

O painel minimalista tem acabamento de primeira, mas mexer no Android Auto sem uma tela sensível ao toque dá bastante trabalho (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A cabine tem menos DNA RS do que o exterior, sendo idêntica à de outros TT.

O que é ótimo, pois o painel minimalista da terceira geração do esportivo prova que dá para fazer um interior tecnológico sem apelar para uma profusão de telas de LCD.

O único mostrador digital é uma tela de TFT que substitui o quadro de instrumentos.

Ele é igual ao do novo A3, mas só no TT RS ele é adornado com um volante revestido de Alcantara, similar ao do R8 e que inclui comandos para trocar o modo de condução e ligar o motor.

Uma única tela TFT substitui o quadro de instrumentos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A tela é idêntica ao do novo A3 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

E fazia tempo que não me divertia tanto ao acionar um botão vermelho.

Afinal, ele é o responsável por despertar o cinco cilindros em linha turbinado projetado para gerar 400 cv e 48,9 mkgf – uma alta de 60 cv e 3 mkgf em relação ao TT RS anterior.

O ronco que sai das ponteiras duplas é tão alto que logo você se anima ao achar que o carro já liga com o escapamento configurado para o modo esportivo.

E aí vem mais uma surpresa: esse é o som normal do TT RS.

Os bancos possuem ajuste elétrico e são exclusivos, mas falta uma alça para deixar o cinto de segurança mais próximo dos passageiros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os minúsculos bancos traseiros mal comportam duas crianças (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sabendo dos atributos que incluem suspensão ajustável nas quatro rodas e câmbio de dupla embreagem com tração integral e modo de arrancada, logo me pergunto onde é o autódromo mais próximo.

Felizmente, a redação de QUATRO RODAS fica a meros 22,8 km de Interlagos, nome popular da pista de corrida mais famosa do país.

E lá o TT RS deu um show: seu comportamento equilibrado fez com que ele cumprise as curvas mais rápidas – e lentas – do traçado com uma desenvoltura que seria quase impossível para o “irmão” RS 3 Sedan.

O volante forrado com Alcantara inspirado no do R8 ganhou botões para trocar o modo de condução e ligar o motor (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Alavanca do câmbio do TT RS é forrado com Alcantara e em volta fibra de carbono (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No modo Dynamic, a rolagem da carroceria é quase imperceptível, e a divisão automática de tração entre os eixos faz uma dupla perfeita com a vetorização de torque, capaz de trazer o carro para dentro da tangência da curva de uma forma quase mágica.

Menos sobrenatural é o ronco embaralhado e grave do cinco cilindros, que vem acompanhado de um estampido seco e alto (ou muito alto, com o escape no modo esportivo) a cada redução de marcha.

Em um primeiro momento, senti falta de um head-up display para indicar velocidade e rotação, mas logo lembrei que carro de corrida não tem velocímetro.

O porta-malas tem 305 litros de volume (Christian Castanho/Quatro Rodas)

E o mostrador digital possui um modo exclusivo em que o conta-giros é destacado de uma maneira inteligente: na hora de trocar de marcha, todo o tacômetro pisca na cor vermelha para alertar que chegou a hora de apertar a borboleta direita.

Infelizmente, a vida não acontece em uma pista de F-1, então precisei encarar a dura realidade do trânsito brasileiro com um modelo que parece ser inadequado até em um estacionamento de shopping.

E aí o TT RS surpreendeu novamente, com um comportamento tão dócil no modo Comfort que ele parecia incapaz de cumprir o 0 a 100 km/h em 3,8 s.

O motor 2.5 de 400 cv conta com start-stop (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Para se ter uma ideia, esse índice é só 0,1 s mais lento do que o todo-poderoso Mercedes-AMG GT R, de R$ 1.235.900.

Naturalmente, a suspensão, mesmo no modo macio, ainda é dura para o dia a dia, mas muito mais confortável do que boa parte dos modelos M da BMW ou AMG da Mercedes.

O medo de danificar os pneus de perfil minúsculo (245/35), porém, acaba com qualquer experiência.

O ESP parece sentir o mesmo: sem conseguir encontrar a aderência adequada, o controle de tração às vezes impede até acelerações moderadas por longos décimos de segundo.

Outro ponto em que o TT RS não consegue fingir ser um carro “de família” é com a integração de smartphones.

A inscrição Quattro no para-choque é uma das marcas dos modelos RS (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Como a única tela disponível é a do quadro de instrumentos, as informações do Android Auto ficam prensadas entre versões miniaturizadas do velocímetro e conta-giros, e o sistema só pode ser comandado por botões no console central e volante.

Mas bastou entrar num túnel e acelerar (dentro dos limites legais) o TT RS para que eu voltasse a ouvir, sentir e ver sensações que quase conseguiram algo que pode ser fatal a um jornalista: me deixar sem palavras.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

19 NOV

Ex-CEO e presidente do conselho da Nissan, Carlos Ghosn é preso no Japão

O executivo da montadora japonesa Nissan, Carlos Ghosn, foi preso no Japão nesta segunda-feira (19), segundo a imprensa local. Ele é presidente do conselho e ex-presidente da montadora e atualmente preside a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Em meio a notícias de que o executivo estaria prestes a ser preso, a Nissan divulgou nota com esclarecimentos sobre o caso. A montadora afirmou que pretende retirar Ghosn do cargo que ocupa como presidente do conselho de administração,... Leia mais
18 NOV

De guarda-chuva a cara de mau: 10 detalhes de carros do Salão do Automóvel

O Salão do Automóvel acaba neste domingo (18). Durante a visita, o público pode observar centenas de veículos diferentes. Com tantos carros, é normal que alguns modelos acabem sendo vistos apenas superficialmente. Vai visitar o Salão de SP? Veja GUIA COMPLETO Porém, alguns carros e estandes possuem certos charmes que merecem uma atenção maior nos pequenos detalhes. O G1 listou 10 coisas que poderiam passaram despercebidas, mas valem um olhar mais próximo: Guarda-chuva... Leia mais
18 NOV

Salão do Automóvel 2018 termina hoje; saiba como visitar

O Salão Internacional do Automóvel de São Paulo 2018 termina neste domingo (18), depois de 11 dias aberto ao público. Salão tem 17 carros com preço confirmado; cifras vão de R$ 65 mil a R$ 4,4 milhões A edição deste ano foi marcada pelo lançamento de 3 "elétricos populares": Chevrolet Bolt, Nissan Leaf e Renault Zoe. Além de ver os carros, também é possível fazer o test-drive em uma área externa do São Paulo Expo. Veja abaixo informações para visitar o... Leia mais
17 NOV

Destaque no Salão do Automóvel, Volkswagen Tarok será picape 'anti-Toro'

Um dos modelos mais importantes do Salão do Automóvel de São Paulo ainda não está pronto. É o show-car Tarok, da Volkswagen. O nome se refere a um veículo que já passou da fase de conceito, mas ainda não está pronto para ser vendido. A Tarok será lançada no Brasil até 2020, já com rivais definidas. A principal delas é a Fiat Toro, picape média da marca italiana. O modelo também deve encarar a Renault Oroch e versões mais simples de modelos maiores, como Chevrolet S10... Leia mais
17 NOV

Hipercarros do Salão de SP têm homenagem a Senna, 'F1 para as ruas' e até guarda-chuvas

O Salão do Automóvel 2018 vai até domingo (18), no São Paulo Expo, e os principais destaques são os "elétricos populares" que vão chegar ao Brasil. AINDA DÁ TEMPO: saiba como visitar o Salão de SP Mesmo assim, também não falta espaço para modelos luxuosos e superpotentes como Mercedes-Benz AMG One, McLaren Senna e Rolls-Royce Cullinan. Com preços milionários, eles se destacam não só pela motorização, mas também pelo acabamento requintado e até excêntrico. ... Leia mais
16 NOV

Toyota Corolla sedã chega a sua 12ª geração

O Toyota Corolla sedã chegou a sua 12ª geração nesta sexta-feira (16), em apresentação no Salão de Guangzhou, na China. Depois de ser apresentado nas versões hatch e perua, enfim, o modelo foi revelado em sua configuração que mais importa ao mercado brasileiro, já que é a única vendida por aqui. Adotando nova estética, o modelo foi apresentado em diferentes versões para Europa, China e Estados Unidos. Dentre as novidades, a versão híbrida com motor 1.8 de 122... Leia mais