Novidades

20 FEV
Impressões: andamos no Dacia Duster, que chega ao Brasil em 2019

Impressões: andamos no Dacia Duster, que chega ao Brasil em 2019

Ele até lembra o Duster atual, mas todos os painéis de carroceria são novos (Dacia/Divulgação)

Não há muitos carros que são imediatamente reconhecidos pela sua silhueta, não importa a que distância estejam. Na linha Renault, o antigo Twingo era um deles.

Hoje, é o SUV compacto Duster que tem esse mesmo status, devido às formas quadradas e para-choques pronunciados, que o destacam da concorrência, que não para de crescer.

Como a plataforma não mudou, as dimensões são praticamente as mesmas do anterior  (Dacia/Divulgação)

Manter essa essência talvez fosse o maior desafio da marca ao criar a segunda geração do Duster, lançada em setembro no Salão de Frankfurt e que estreia no Brasil no início de 2019.

Na Europa, porém, ele tem o emblema da Dacia – subsidiária romena da Renault. Por aqui, ele permanecerá com o crachá da Renault.

E a francesa jura que seu exterior é todo novo, que não reaproveitou nenhum painel da carroceria da primeira geração, lançada no continente europeu em 2010 e melhorada em 2014.

Nome do SUV vem em destaque na régua sobre a placa (Dacia/Divulgação)

Olhando com atenção, dá para perceber que é verdade: as linhas gerais fazem uma conexão direta com o antecessor, apesar de a parte dianteira e traseira ter sido muito modificada e a linha de cintura estar mais elevada.

ENTRADAS DE AR FALSAS

O resultado é um ar mais moderno e porte mais musculoso. Por outro lado, ele perdeu um pouco de visibilidade a partir do banco do motorista, como percebemos no test-drive que fizemos em Atenas (Grécia). Culpa do capô mais alto, da vigia traseira menor e da área envidraçada lateral mais estreita.

A grade do Duster que chegará ao Brasil é diferente do modelo Dacia (Dacia/Divulgação)

Ainda analisando as alterações visuais, nota-se que o design está mais bem cuidado, impressão reforçada pelas luzes de uso diurno (DRL) de leds, do novo formato de grade, faróis e lanternas e das proteções inferiores na dianteira, que imitam alumínio e está maior do que antes.

As grandes caixas de roda e as pseudo-saídas de ar para ventilação nos para-lamas dianteiros ajudam a tornar a imagem geral do Duster mais esportiva, tendo as dimensões externas se mantido quase inalteradas. As barras cromadas no teto completam o visual mais evoluído.

É impossível não lembrar da lanterna do Jeep Renegade (Dacia/Divulgação)

O carro avaliado tinha a marca Dacia, a divisão romena da Renault, que disputa o mercado de carros baratos na Europa. No Brasil, a dianteira será um pouco diferente, seguindo a identidade da marca francesa, com uma grade cromada que liga os faróis e um emblema da Renault que se encaixa no capô.

Nova grade frontal foi a mudança da versão Renault  (Divulgação/Renault)

Mas, se você achou que o exterior mudou, espere para ver a cabine. O desenho do painel é menos antiquado, há materiais de qualidade superior tanto no painel como nas portas (mesmo sendo duros, ele mostram mais qualidade).

Os bancos também são novos, maiores e bem mais confortáveis, lembrando que a posição de dirigir foi um dos itens em que o SUV mais evoluiu.

Novo desenho do painel deixou menos pobre o interior, que também ganhou revestimentos de melhor qualidade (Dacia/Divulgação)

O interior também ganhou espaços para guardar objetos – há, por exemplo, uma gaveta embaixo do assento do passageiro dianteiro.

Na parte inferior do console central, existem dois grupos de botões de tato e visual agradáveis, que poderiam facilmente estar em modelos de segmentos superiores – eles controlam funções como o stop-start, as câmaras de auxílio e o pisca-alerta.

Bancos são novos, maiores e bem mais confortáveisA coluna de direção agora pode ser ajustada em profundidade (antes era só em altura) e o volante traz um novo desenho.

Combinado à central multimídia renovada e elevada (a anterior era tão baixa que o motorista desviava o olhar da pista para consultá-la), o interior passa uma impressão geral de maior qualidade e um ar um pouco mais moderno.

MENOS ESPAÇO PARA MALAS

Em contrapartida, o porta-malas do Duster europeu encolheu 30 litros. São 445 na versão 4×2 – ou 411 litros na 4×4, pois o estepe fica sob o assoalho nesta configuração, enquanto no modelo de tração dianteira ele vai preso fora do veículo, debaixo da plataforma.

Porta-malas está menor e há uma tela no tampão traseiro  (Dacia/Divulgação)

Há também equipamentos até aqui indisponíveis no Duster, como airbag de cortina, sistema de estacionamento com quatro câmaras (que podem ser úteis quando dirigimos no off-road, para vermos bem por onde rodamos), alerta de veículo no ponto cego, ar-condicionado automático, sensor de faróis e partida sem chave.

Pena que continue sendo impossível regular a altura das fixações dos cintos de segurança dianteiros.

Dentro da cabine, o espaço para a cabeça é muito bom, enquanto a largura permite receber três passageiros atrás (o central terá menos espaço e conforto). Mas o comprimento para pernas é apenas aceitável.

Transmissão pode ser automática  (Dacia/Divulgação)

Ou manual, com seis marchas (Dacia/Divulgação)

No nosso test-drive nas ruas gregas, só pudemos dirigir a versão TCe de 125 cv, com motor 1.2 turbo. Ele não estará disponível no Brasil, que deverá manter o atual 1.6 16V SCe de 120 cv nas configurações de entrada, acoplado a um câmbio manual ou CVT.

Os primeiros quilômetros confirmaram que a suspensão se manteve macia, sendo capaz de assimilar bem as irregularidades do piso, mas com um pouco mais de rolamento da carroceria do que desejável, especialmente nos trechos mais sinuosos da estrada.

Botão rotativo na parte inferior do console central com três opções de tração  (Dacia/Divulgação)

Situação em que a nova direção, agora com assistência elétrica e não mais eletro-hidráulica, também dá melhor resposta, mostrando-se menos imprecisa e lenta nas reações, mesmo que pouco comunicativa.

Um dos progressos mais claros foi feito com uma nova alavanca do câmbio manual de seis marchas, de curso menos longo e mais preciso que o anterior.

O motor 1.2 turbo mostrou-se suficiente para uma dinâmica ágil, vibrando menos, até por conta da melhoria do isolamento acústico (mais material no cofre do motor, espessura superior dos vidros), o que deixou o Duster menos ruidoso.

Lindas as saídas de ar nos para-lamas, não? Mas são falsas (Dacia/Divulgação)

Antes de terminar a avaliação, tivemos a oportunidade de passar em um circuito de fora de estrada, feito com uma versão diesel 4×4.

O sistema de tração integral não mudou, existindo um botão rotativo na parte inferior do console central com três posições: 2WD (tração dianteira), Auto (distribui o torque entre as rodas da frente e de trás) e Lock (50% do torque é aplicado a cada eixo; a 60 km/h desliga-se e retorna à posição Auto).

O Duster 4×4 possui também um sistema eletrônico de controle de velocidade em rampa que funciona em ponto morto, primeira e segunda – a velocidade de descida pode ser alterada pressionando o acelerador ou o freio.

Teto com barras cromadas: estilo mais sofisticado (Dacia/Divulgação)

Outro destaque é a generosa altura do solo (21 cm no 4×4 e 20,5 no 4×2) e os balanços dianteiro e traseiro pequenos, resultando nas versões 4×4 em ângulos de entrada de 30o e saída de 34o.

Com esses números, ele é hoje na Europa o melhor SUV no off-road do seu segmento.

Veredicto

A nova geração muda o que incomodava no Duster: o visual simples demais e o acabamento pobre do interior.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

14 FEV
Flagra: Caoa Chery Arrizo 6, rival de Civic e Corolla, já está no Brasil

Flagra: Caoa Chery Arrizo 6, rival de Civic e Corolla, já está no Brasil

Sedã médio chegará ainda neste ano para brigar com Civic e Corolla (Daniel Gusmão/Quatro Rodas)O novo Caoa Chery Arrizo 6, futuro rival de Honda Civic e Toyota Corolla, é apenas um dos lançamentos previstos para 2020 – e já circula em testes no Brasil. O flagra, enviado pelo leitor Daniel Gusmão, ocorreu na BR-060, em Goiás.E o principal diferencial da novidade será o tamanho: 4,71 m de comprimento, 1,82 m de largura e entre-eixos de 2,67 m. Já o porta-malas terá 570 litros. Ou... Leia mais
14 FEV
Exclusivo: vendas de carros para PcD disparam 760% no Brasil em 10 anos

Exclusivo: vendas de carros para PcD disparam 760% no Brasil em 10 anos

Jeep Renegade é um dos modelos para PcD mais populares (Divulgação/Jeep)Cada vez mais as fabricantes vêm dedicando espaço ao mercado de veículos para clientes PcD. Conforme QUATRO RODAS já levantou há alguns meses, atualmente há mais de 30 modelos com versões voltadas a esse público.Outras novidades estão chegando em 2020, como o recém-lançado VW T-Cross Sense e uma versão do SUV cupê Nivus que também será voltada a esse público. E há uma razão muito clara para... Leia mais
14 FEV
Clássicos: a espaçosa, refinada e policialesca Chevrolet Veraneio

Clássicos: a espaçosa, refinada e policialesca Chevrolet Veraneio

A Veraneio De Luxo levava até 9 pessoas, mas não tinha o ar de viatura das versões básicas (Christian Castanho/Quatro Rodas)Inicialmente Companhia Geral de Motores do Brasil, a General Motors do Brasil iniciou suas atividades em 1925 no bairro paulistano do Ipiranga. Apesar de focado na produção de utilitários, o fabricante norte-americano preparou uma grata surpresa para o 4º Salão do Automóvel, em 1964: a belíssima perua Chevrolet C-1416. O responsável pelo design foi Luther... Leia mais
14 FEV

Comunicado aos donos do Classes C, Classe E, CLK e CLS da Mercedes-Benz

 (Mercedes-Benz/Divulgação)Sistema envolvido: teto solar.Razões técnicas: constatou-se uma possível inconformidade no processo de fixação do painel de vidro deslizante do teto solar.Riscos e implicações: tal inconformidade poderia, ao longo do tempo, ocasionar o gradual descolamento do vidro deslizante. Caso o usuário não perceba o descolamento do vidro a partir da formação de bordas salientes no teto deslizante ou do ruído advindo de corrente de ar no interior do veículo, a... Leia mais
13 FEV
Projeto proíbe carro a combustão no Brasil. Fabricantes dizem ser inviável

Projeto proíbe carro a combustão no Brasil. Fabricantes dizem ser inviável

– (Agência Brasil/Reprodução)A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (12), um projeto de lei que proíbe a venda veículos movidos a gasolina e diesel a partir de 1º de janeiro de 2030.Com isso, apenas os carros abastecidos com biocombustíveis (como, etanol) ou elétricos, poderiam ser vendidos normalmente. O PLS 304/2017 ainda determina a proibição da circulação de veículos a combustão no país, a partir de 2040.Neste... Leia mais
13 FEV
Audi R8 deve virar esportivo híbrido, mas sem perder o motor V10 (ufa!)

Audi R8 deve virar esportivo híbrido, mas sem perder o motor V10 (ufa!)

Audi R8 bate os 200 km/h em 9,8 segundos (Divulgação/Audi)A próxima geração do esportivo Audi R8 está por vir e os fãs que temiam pela chegada de um modelo totalmente elétrico podem respirar aliviados.Pelo menos segundo a revista britânica Top Gear, tudo indica que a terceira geração continuará carregando o motor V10 aspirado, mas dessa vez atuando em conjunto com um sistema elétrico.A opção por um modelo híbrido se deve principalmente ao desejo da marca e dos clientes de o... Leia mais