Até a coluna B, tudo igual ao Polo. Dalí para trás, tudo diferente (e maior) (Christian Castanho/Quatro Rodas) O histórico da Volkswagen no segmento de sedãs intermediários – entre os compactos e os médios – é dúbio. A geração anterior do Polo brasileiro (lançada em 2002 e extinta em 2014) ganhou fama de ótimo carro, mas nunca vendeu tanto quanto o esperado. No caso do sedã, uma das razões foi o fato de que ele tinha os mesmos 246 cm entre os eixos do hatch. Ou seja: custava quase tanto quanto um sedã médio, mas oferecia menos espaço, apesar do refinamento e da fartura de equipamentos. Ainda que a duras penas, a Volkswagen parece ter aprendido a lição. Vinco lateral casou melhor com o Virtus do que com o Polo (Christian Castanho/Quatro Rodas) Para começar, adotou uma estratégia diferente da Fiat ao esticar o seu hatch. Em vez de manter o entre-eixos e adaptar portas traseiras, teto e porta-malas, engenheiros e designers alemães e brasileiros se valeram da modularidade da plataforma MQB e alteraram também o entre-eixos (de 256 cm para 265 cm). Com 448 cm de comprimento, 175 cm de largura e 147 cm de altura, o Virtus impressiona pelo porte quando comparado a rivais veteranos, como Hyundai HB20S (423 x 168 x 147 cm) e Prisma (428 x 170 x 147 cm), e novos como o recém-lançado Fiat Cronos (436 x 172 x 151 cm). O nome oficial, 200 TSI, faz menção ao torque do motor 1.0 turbinado: 200 Nm, ou
20,4 mkgf, para usar a unidade de medida mais comum no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas) O teste foi feito com a versão topo de linha, Highline, de R$ 79.990. Com o preço oficial, vem à tona o primeiro ponto fraco: ele revela um valor R$ 10.800 mais alto do que o Polo Highline – e ambos têm basicamente o mesmo conteúdo. Na versão Comfortline, a diferença cai para ainda salgados R$ 8.300 e para aceitáveis R$ 5.000 na configuração de entrada, 1.6 com câmbio manual. O Cronos, por seu lado, terá diferenças de preços menores – cerca de R$ 4 mil a mais que o hatch. Se você se encantou pelo Virtus das fotos, vale o aviso: completo, com pintura metálica, painel digital, rodas aro 17, couro, tela de 8 polegadas e outros itens menores, o preço chega a R$ 87.040 – clique aqui para conferir os preços de todos os pacotes de opcionais. As versões Highline e Comfortline (R$ 73.490) são equipados com o motor 1.0 TSI de três cilindros, numa configuração um pouco diferente da que equipa Up! e Golf por aqui – são 128 cavalos com etanol, contra 125 cv do Golf e 105 cv do Up!. O câmbio é sempre automático de seis marchas. Motor 1.0 TSI do Virtus é mais potente que o do Up! e Golf (Christian Castanho/Quatro Rodas) Com medidas generosas, o Virtus é um carro de presença. E, especialmente na versão Highline completa, o interior também é de encher os olhos. Assim como no Polo, o acabamento tem materiais simples, mas construção elogiável. No centro do painel do Virtus, tela incorporada e suporte para celular (Christian Castanho/Quatro Rodas) O motorista tem a seu dispor volante, banco e retrovisores com grande amplitude e facilidade de ajuste, o que permite o uso compartilhado por pessoas de estaturas bem diferentes. Mas conforto de verdade tem quem viaja no banco traseiro. Couro é opcional nos dois modelos (Christian Castanho/Quatro Rodas) Ainda que os dianteiros estejam totalmente recuados, as pernas não são espremidas. O espaço para cabeça e na altura dos ombros e cotovelos também é bom. Melhor que isso, só se o assoalho fosse plano na região central, como no Honda City – que também briga entre os sedãs compactos e que acaba de receber um facelift. Espaço interno traseiro é um dos pontos fortes do Virtus (Christian Castanho/Quatro Rodas) O porta-malas, com 521 litros, está entre os maiores do segmento. Bastante ampla, a boca do compartimento facilita a acomodação de objetos volumosos. Se estiver equipado com a prancha (opcional), que permite a elevação do fundo, melhor ainda. No Virtus são 525 litros (4 a mais que no Cronos) (Christian Castanho/Quatro Rodas) Ao volante, a sensação de solidez estrutural típica dos VW se repete. A novidade é a maciez da suspensão, já notada no Polo, muito embora a melhor distribuição de massa do sedã tenha atenuado a forte tendência de saídas de frente. Ar-condicionado é digital e de duas zonas (Christian Castanho/Quatro Rodas) O motor 1.0 TSI, com até 128 cv e 20,4 mkgf a 2.000 rpm, é bem adequado para o porte do carro. Os números de pista corroboram: sempre com gasolina, o Virtus acelerou de 0 a 100 km/h em 10,1 s, mais rápido que o Polo com o mesmo conjunto mecânico (10,6 s). As retomadas também foram levemente mais rápidas, enquanto o consumo diminuiu – o rodoviário foi de 17,6 km/l, bem melhor que os 14,3 km/l do hatch. Perfil lembra o Jetta de nova geração (Christian Castanho/Quatro Rodas) Nas frenagens, os discos sólidos no eixo traseiro (Cronos, Etios, Prisma e HB20 possuem tambores) garantiram marcas ótimas na frenagem de 120 km/h a 0 (60,6 m), mas apenas medianas em velocidades mais baixas (18,7 m a partir de 60 km/h e 28,7 m a partir dos 80 km/h). Feitas as apresentações dos mais novos sedãs compactos, fica a pergunta: qual das versões topo de linha é a melhor, Cronos Precision 1.8 ou Virtus Highline 1.0 TSI? A resposta você encontra nesse comparativo exclusivo para assinantes. Quer assinar e ter acesso livre a todos os conteúdos da QUATRO RODAS? Custa só R$ 5,90! Clique aqui!
Fonte:
Quatro Rodas



Versão
Preço
Virtus 1.6 manual
R$ 59.990
Virtus Comfortline 1.0 automático
R$ 73.490
Virtus Highline 1.0 automático
R$ 79.990







15 FEV
Teste: Volkswagen Virtus Highline 200 TSI, mania de grandeza
Mais Novidades
Dez carros que transformaram as lanternas em uma só
– (divulgação/Porsche)A Porsche foi uma das primeiras fábricas a adotar as lanternas interligadas em seus carros atuais, talvez porque desde os anos 70 o lendário 911 já trouxesse uma régua reflexiva na traseira. Além dos novos 911, Macan, Panamera e Cayenne, elas estão no elétrico Taycan, o mais recente lançamento da marca.– (Divulgação/Bugatti)Comprada pela VW em 1998 e relançada em 2005, a Bugatti introduziu o conjunto ótico traseiro horizontal no Chiron, apresentado em...
Leia mais
Como o ponto H influencia o seu prazer… de dirigir um carro
O ponto H determina diversas características de um projeto (Divulgação/Ford)Muito se fala sobre o ponto H. Em alguns casos ele é elevado; em outros, rebaixado.Nos anos 2000, houve um movimento de elevação que dura até hoje. Mas, atualmente, existe uma tendência, que ainda não se sabe se veio para ficar, de rebaixamento do ponto H.Por definição, o ponto H é um ponto teórico criado pelo encontro do prolongamento das linhas do tronco e das pernas dos ocupantes do veículo.No carro,...
Leia mais
Citroën C4 Cactus terá nova geração (e motor elétrico) em 2020
Novo C4 Cactus chega a Europa ano que vem com motorização elétrica (Christian Castanho/Quatro Rodas)A CEO da Citroën, Linda Jackson, disse em entrevista ao AutoNews Europa que a nova geração do C4 Cactus chega à Europa ano que vem. Ainda caberá a ele a responsabilidade de ser o primeiro carro elétrico de grande volume da marca.Segundo Jackson, a ideia é que 100% da gama de produtos da marca tenha opções elétricas ou híbridas até 2025.O novo C4 Cactus será desenvolvido sobre uma...
Leia mais
Deputado quer isentar caminhoneiros de terem CNH suspensa por infrações
– (EBC/Reprodução)A Câmara Federal tramita o projeto de lei (3919/2019), de autoria do deputado Boca Aberta (PROS/PR), que busca suspender a contagem de pontos e também a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) das categorias C, D e E.Caso seja aprovado, motoristas dessas categorias que estiverem em atividade profissional que forem flagrados cometendo uma infração de trânsito serão punidos apenas com a cobrança da multa.O deputado alega que a atual realidade do...
Leia mais
Flagra: novo Peugeot 208 turbo será mais forte que Polo, Onix e HB20
Nova geração do Peugeot 208 começa a ser vendido no primeiro semestre de 2020 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)O novo Peugeot 208 só chega ao Brasil em meados do ano que vem. Esta nova geração será produzida em El Palomar (Argentina), de onde também sairá a segunda geração do SUV 2008. Mas isso não impede que o hatch compacto de circule em testes pela região da fábrica da geração atual do modelo, localizada em Porto Real (RJ).Hatch está 4 cm mais largo na nova...
Leia mais
AMG GT C Roadster é para andar (rápido) de cabelo ao vento a R$ 1,2 milhão
Um conversível de mais de R$ 1,2 milhão (Divulgação/Mercedes-Benz)A Mercedes-Benz lança nesta semana no Brasil conversível AMG GT C Roadster. As vendas começam imediatamente, mas para ter um na garagem e rodar (rápido) por aí de cabelos ao vento será preciso desembolsar nada menos que R$ 1.256.900.Estamos falando do terceiro carro mais caro da marca, atrás apenas de GT R e GT R Pro. Sua capota é de lona e pode ser aberta com o veículo em movimento a até 50 km/h, em processo que...
Leia mais