O Alfa Romeo GTV exibe os faróis duplos típicos da geração pós-1968 (Marco de Bari/Quatro Rodas) Depois dos anos 50, a Alfa Romeo jamais foi a mesma. Graças à ampla aceitação da linha Giulietta, sua receita de sucesso passou a ser feita de modelos menores e mais acessíveis, mas sem dispensar a herança dos anos de vitórias nas pistas. Desde então, quase todos seus carros seguem os preceitos do Giulietta, e o primeiro a fazer isso foi o Giulia em 1962. Até no nome ele evidenciava sua ascendência. Novamente o projeto previa carrocerias sedã e cupê, ambas com estilo bem distinto. Num imbróglio familiar digno de comédia italiana, a princípio a Alfa manteve o Giulietta cupê e o conversível com o nome Giulia, renovando só o sedã. Enquanto o Giulia sedã tinha desenho mais reto que o Giulietta, o novo cupê Sprint GT, desenhado por Giugiaro, na Bertone, e lançado no ano seguinte, dispunha de proporções próximas às da versão equivalente que substituía, com frente bem maior que a traseira. Se os faróis do sedã podiam ser duplos, os dele eram simples e mais centralizados. A versão cupê podia ter motores de até 220 cv (Marco de Bari/Quatro Rodas) O Giulia tinha motor 1.6 de 92 cv no sedã ou 106 cv no cupê. A lista de motores só aumentaria. Já em 1963, o sedã TI Super oferecia 112 cv e freio a disco nas quatro rodas, que logo viria de série em toda a linha. A versão 1300 contava com 78 cv e a 1300 TI, 82 cv. O Giulia Super de 1965 entregava 98 cv. O melhor da esportividade, no entanto, sempre era reservado ao cupê. Com partes da carroceria de liga leve e motor com carburação dupla e 115 cv, o cupê Giulia GTA visava as corridas, e versões com compressor chegavam a 220 cv. Em 1965 foi lançada a GTC Cabriolet, que, sem o apelo do Giulietta Spider, vendeu só cerca de 1 000 unidades. O Giulia GTV veio com 109 cv e outras alterações no ano seguinte, quando também surgiu o GT 1300 Junior, com motor 1.3 de 89 cv. O cupê abandonou o nome Giulia em 1968 ao herdar o motor do novo e maior sedã 1750 Berlina, mas até hoje é chamado pelo nome original. Oficialmente, virou Alfa Romeo 1750 GTV, devido ao motor 1.8 de 118 cv. A alteração mais notável eram os faróis duplos. Com motor 2.0 com injeção de combustível, o GTA fazia bonito nas corridas da categoria touring. Em 1971 veio o 2000 GTV de rua, com o 2.0 de 132 cv. Próximo ao volante, o câmbio permite trocas rápidas (Marco de Bari/Quatro Rodas) Diretor do Alfa Romeo Clube do Brasil, Emanuel Zveibil cedeu o exemplar das fotos, um 2000 GTV 1974. O carro veste o motorista. “Os pedais são ágeis, faz-se o punta-tacco com facilidade”, diz o dono, que tira partido do recurso nos ralis dos quais participa. São 200 km/h de máxima, segundo o manual, e 0 a 100 km/h estimado em 10 segundos. Com carburação dupla, o motor produz 150 cv. “O torque aparece melhor em torno das 4 000 rpm”, afirma Zveibil. O carro senta na pista em curvas por ter diferencial autoblocante. “A Alfa foi a primeira a oferecer o sistema num modelo relativamente barato”, diz o dono sobre o que destaca como vantagem da marca, ao lado do motor de alumínio, do duplo comando no cabeçote e da dupla carburação. Na genealogia da Alfa Romeo, a linha Giulia e suas derivações, descendentes diretas do Giulietta, seriam produzidas até 1978. Elas comprovam a tese de que a evolução pode ser feita sem rupturas. A continuidade é o melhor indício dos bons legados.
Fonte:
Quatro Rodas
Clássicos: Alfa Romeo Giulia / GTV, tal mãe, tal filha
Mais Novidades
Atenção, Hilux e L200: Jeep Gladiator é nova picape referência em off-road
Portas removíveis e para-brisa que pode ser dobrado para frente são de série (Divulgação/Jeep)Uma polêmica divide os fãs de Toyota e Mitsubishi: qual é a picape mais off-road do Brasil, Hilux ou L200? Não vou pôr a mão nesse vespeiro, mas vou decidir a questão de outro modo: as duas dificilmente venceriam a nova Jeep Gladiator num desafio fora de estrada.Quase tudo foi projetado para levá-la a um nível acima das demais quando se fala em desbravar caminhos. A sofisticação do...
Leia mais
Kia Rio traz motor de HB20 e Creta para brigar com Polo e Onix a R$ 68.990
Após 20 anos de espera, Kia Rio finalmente vai estrear no Brasil (Divulgação/Kia)Não é de hoje que a Kia tem o desejo de comercializar o compacto Rio no Brasil. Na verdade, a intenção vem desde a primeira geração, lançada no exterior em 1999. Algumas unidades chegaram a ser importadas em 2000, mas como o modelo não passou da fase de homologação, tanto o hatch como o sedã trazidos ficaram para uso interno do grupo importador da marca. Mas agora será para valer.O Rio já começou...
Leia mais
Novo Nissan Versa será lançado em junho e terá mais de uma versão
Nova geração do Nissan Versa (Divulgação/Nissan)Quer um sedã compacto com pegada “premium”, mas não gostou nem de Chevrolet Onix Plus nem de Volkswagen Virtus nem de Hyundai HB20S? Se você esperar até junho, seus problemas talvez acabem.É para o sexto mês de 2020 que a fabricante japonesa prepara o lançamento da segunda geração do três-volumes no Brasil. QUATRO RODAS participa do lançamento global do modelo no México e obteve a informação junto a fontes da marca.A...
Leia mais
Ram 1500 chega ao Brasil em 2020 e terá versão com sistema híbrido leve
– (NetCarShow/Reprodução)A Ram 1500 finalmente irá desembarcar no Brasil e seu lançamento será feito ainda 2020, segundo o diretor de desenvolvimento de produto da FCA na América Latina, Breno Kamei.Kamei confirmou a informação ao site Motor1 durante a CES (Consumer Eletronic Show), em Las Vegas (EUA).A novidade não para por aí: o modelo contará com três variantes de motor: 5.7 V8 a gasolina, 3.0 V6 diesel e uma versão ainda com poucos detalhes, mas que terá o auxílio de um...
Leia mais
A Kombi picape que virou elétrica para levar réplica de um Porsche RSK 718
Estilosa e silenciosa, a Kombi elétrica faz bem para os olhos e ouvidos (Fernando Pires/Quatro Rodas)Carlos Figueiredo, 62 anos, o Carlão, é fã de carros antigos e de tecnologia. Em sua coleção de automóveis clássicos, dominada por alguns Puma GTB e réplicas de Jaguar e Porsche, destaca-se uma Kombi Corujinha picape 1975. Mas não é uma Kombi qualquer. Ela foi restaurada e construída para ser uma réplica de uma das 1.000 unidades customizadas pela preparadora holandesa Kemperink e...
Leia mais
Toyota Corolla híbrido começa 2020 R$ 4.000 mais caro e chega a R$ 135.000
Corolla Altis Premium Hybrid chegou a ter vendas suspensas ano passado, tamanho o número de pedidos (Fernando Pires/Quatro Rodas)A Toyota aproveitou a virada de ano para reajustar os preços de praticamente toda sua linha.Grande lançamento da marca no ano passado, o novo Corolla teve aumento nos preços de todas as suas versões.Versão de entrada, GLi, teve reajuste menor, de R$ 2.000 (Fernando Pires/Quatro Rodas)A de entrada, GLi, por exemplo, foi de R$ 99.990 em dezembro para R$ 101.990...
Leia mais