Novidades

26 DEZ
Evite a empurroterapia e não seja enrolado na revisão

Evite a empurroterapia e não seja enrolado na revisão

É possível se livrar de despesas a mais na hora da revisão

É possível se livrar de despesas a mais na hora da revisão (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

O receio de ser enrolado por profissionais nem tão profissionais paira sob todos os donos de carros – inclusive mecânicos.

Receber orçamentos com serviços “extras” e uma conta salgada na visita à concessionária chega a dar calafrios. Mas dá para evitar alguns sustos.

Procuramos os consultores Amos Lee Harris Junior, da Universidade Automotiva (UniAuto), Murilo Moreno, da Sequoia Estratégia, e Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive, para reunir algumas dicas de como evitar (ou amenizar) os efeitos da famosa empurroterapia.

Informe-se bem 

O manual do proprietário informa tudo que tem de ser feito nas revisões – a checagem de rotina.

Está bem – sabemos  que o índice de leitura desse livreto é baixo, mas se você preferir, basta acessar o site da montadora e ir na parte “Serviços”.

A maioria das marcas informa ali sobre as revisões até 60.000 km, a relação dos serviços e peças que têm de ser trocadas, além do custo fixo, agendamento e prazo médio para entrega do carro.

Além disso, para quem mora em cidades grandes, com mais revendas da mesma marca, há a opção de pesquisa em páginas de defesa do consumidor, como Reclame Aqui e Proteste. Veja lá como é a reputação das lojas da marca do seu automóvel.

Bote banca 

Não se faça de desentendido quando o assunto é seu carro. Pesquise antes sobre o que deve ser feito e demonstre conhecimento ao consultor ou mecânico.

Comente sobre as peças e até o óleo que será substituído. O técnico perceberá que você não é desinteressado, dará atenção extra e pensará duas vezes antes de tentar qualquer estratégia de vender algo a mais.

“Normalmente as pessoas que são lesadas são as que não entendem nada do contexto automóvel. Quando o cliente se revela completamente leigo, o atendente vai tentar empurrar uma série de serviços absolutamente desnecessários”, alerta Amos Lee.

Serviços extras 

A autorizada não está proibida de oferecer outros serviços, além da revisão. Alinhamento é um deles, recomendado a cada 10.000 km. Mas você mesmo pode verificar se ele é necessário ou se é balela.

Pneus com desgaste maior na lateral superior ou mais acentuado entre um e outro, direção que vibra muito ou puxa para um lado e trepidação nas rodas da frente são alguns sinais. Há também a higienização do ar-condicionado, a cada 20.000 km ou 30.000 km – custa de R$ 80 a R$ 150.

Esse pode ser feito em casa: basta aplicar um spray bactericida dentro das saídas de ar, no modo recirculação, com vidros fechados e na temperatura mais baixa. Demora 30 minutos e o produto custa de R$ 30 a R$ 50.

Nunca é demais avisar que se deve fugir da famosa limpeza dos bicos injetores. E lembre-se de que você não é obrigado a contratar os serviços não previstos na revisão. Inclusive, desconfie de orçamentos longos.

Se ficar insatisfeito com a ordem de serviço apresentada, procure outra autorizada. Na dúvida, diga que quer só a revisão básica. Sempre funciona.

Fique em cima 

Se possível, tire parte do dia para acompanhar a revisão, já que muitas são feitas em até duas horas. As lojas costumam, já na recepção, levantar o carro no elevador para o funcionário mostrar o que deve ser feito.

Várias marcas (como Chevrolet, Honda e Toyota) permitem que o cliente acompanhe tudo dentro da oficina. É o que o mercado chama de “recepção direta”.

Se a autorizada ou fabricante não disponibilizar esse sistema, peça ao recepcionista para  ver o serviço – mas muitas empresas não permitem a visita por questões de segurança.

“Perguntar para acompanhar o serviço é positivo e faz parte. É mais ou menos como visitar a cozinha do restaurante”, defende Murilo Moreno. Caso contrário, opte por lojas que tenham sala de espera com parede de vidro que permita ver a oficina.

Incertezas na hora da revisão são comuns, mas é possível, por exemplo, acompanhar o carro durante esse tempo na oficina

Incertezas na hora da revisão são comuns, mas é possível, por exemplo, acompanhar o carro durante esse tempo na oficina (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

Na tela do celular 

Há empresas que usam a tecnologia para que o consumidor tenha acesso remoto ao que está sendo feito. A Citroën e lojas de outras marcas, por exemplo, têm um sistema onde o mecânico filma a peça que precisa ser trocada e envia ao cliente.

Em outras, pode-se acompanhar a revisão pela internet em tempo real, por câmeras dentro da oficina.

Escolha de componentes

Algumas peças em geral têm mais de um fornecedor. Por isso, o cliente pode escolher se quer uma marca específica, como pastilhas de freio ou lâmpadas.

“Nesses casos, o consumidor pode verificar que marcas existem disponíveis na revenda e optar por uma preferida. São equipamentos de reposição homologados pelo fabricante”, explica Paulo Roberto Garbossa.

Peça as peças 

É obrigação das revendas entregarem aos clientes não só a nota fiscal, mas também as peças usadas que foram trocadas.

Aproveite e solicite as embalagens de todos os componentes novos colocados no carro, inclusive as embalagens vazias de lubrificantes. “Ao fazer isso, o cliente sinaliza que pode pegar essas peças e levar a outro lugar. Isso é fundamental para a pessoa que não entende muito do assunto. E é lógico que o consultor vai tomar mais cuidado”, acredita Amos Lee.

Marque o rodízio

O rodízio de pneus é polêmico, pois cada marca tem seu padrão. De olho no manual do proprietário, cheque o serviço mesmo se for feito na autorizada.

Até mesmo no Longa Duração da QUATRO RODAS já tivemos casos de pneus que não mudaram de posição e até de pneus errados, que não faziam parte do conjunto.

A dica é marcar antes com caneta especial a posição de cada pneu (com números e letras). Depois, verifique se a oficina obedeceu o rodízio.

Transparência

Tenha em mente que você não é obrigado a fazer os serviços fora da revisão para manter a garantia. E, se houver problema no reparo, volte e peça que seja refeito ou o dinheiro seja devolvido.

Pode-se ainda acionar órgãos de defesa do consumidor (como o Procon) ou o SAC da marca. “Antigamente tinha muita empurroterapia, mas hoje há monitoramento constante das empresas para não ter problemas na revisão, pois isso afeta a reputação da marca”, garante Garbossa

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

11 NOV
'Recusa em fazer teste do bafômetro configura infração, independente da embriaguez', decide Justiça do DF

'Recusa em fazer teste do bafômetro configura infração, independente da embriaguez', decide Justiça do DF

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) entendeu que "a recusa do motorista em realizar o teste do bafômetro configura infração de trânsito". A decisão unanime foi divulgada nesta segunda-feira (11). Para o relator da turma, Asiel Henrique de Sousa, "a vontade da lei é punir o motorista que se recusa a colaborar com as autoridades que fiscalizam o trânsito". A medida foi tomada pela Turma de Uniformização de Jurisprudência do TJDF depois de várias... Leia mais
11 NOV
Entenda o Seguro DPVAT, que deverá ser extinto a partir de 2020

Entenda o Seguro DPVAT, que deverá ser extinto a partir de 2020

O presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou nesta segunda-feira (11) a extinção do seguro obrigatório DPVAT a partir de 2020. Veja perguntas e respostas sobre a medida. O que é o Seguro DPVAT? Também conhecido como "seguro obrigatório", o Seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) cobre casos de morte, invalidez permanente ou despesas com assistências médica e suplementares por lesões de menor gravidade causadas por acidentes... Leia mais
11 NOV
Conectividade intuitiva é destaque no S60, um modelo focado em tecnologia

Conectividade intuitiva é destaque no S60, um modelo focado em tecnologia

Os carros da Volvo têm como característica um interior minimalista. Recém-lançado no Brasil, o S60 segue essa tendência. O modelo chega com uma ampla gama de recursos tecnológicos, mas aposta em uma conectividade intuitiva, ou seja, oferece ao motorista apenas os controles mais necessários para uma condução segura e confortável. A maioria das funções do S60 é controlada por meio do volante. Tudo é exibido no painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, totalmente... Leia mais
11 NOV
Tecnologias transformam novo sedan em um dos carros mais seguros já fabricados

Tecnologias transformam novo sedan em um dos carros mais seguros já fabricados

Inovação tecnológica que vira segurança. O Volvo S60, novo sedan esportivo da montadora sueca, traz uma série de recursos inteligentes que evitam acidentes ou diminuem os efeitos de eventuais colisões. O resultado é um dos carros mais seguros já fabricados pela indústria automotiva. Com monitoramento constante de obstáculos que podem ser perigosos e sistemas que ajudam o motorista a parar o carro ou desviá-lo de outros veículos, pedestres ou animais, o S60 garante... Leia mais
11 NOV
Segredo: Chevrolet Onix hatch cresce em dimensões, mas reduz porta-malas

Segredo: Chevrolet Onix hatch cresce em dimensões, mas reduz porta-malas

Hatch chegará às lojas quase dois meses depois do sedã (Divulgação/Chevrolet)A Chevrolet não se conteve. Durante o lançamento do sedã Onix Plus, também revelou versões, equipamentos e preços do novo Onix Hatch. Mas ficaram faltando as informações técnicas.Se na geração passada (que continua à venda na versão Joy) Onix e Prisma tinham o mesmo entre-eixos de 2,53 m e compartilhavam portas dianteiras e traseiras, agora hatch e sedã ficarão bastante diferentes da coluna B ... Leia mais
11 NOV
Para peitar Amarok, Toyota Hilux ganhará motor V6… a gasolina

Para peitar Amarok, Toyota Hilux ganhará motor V6… a gasolina

Visual é similar ao da antiga versão GR-S (Divulgação/Toyota)A Volkswagen Amarok V6 não será mais a única picape V6 do Brasil. Só que, com a saída da Mercedes-Benz Classe X, a concorrente seis-cilindros da alemã passará a ser a inédita Toyota Hilux GR Sport.A picape japonesa passou a oferecer o mesmo V6 4.0 que equipa o SUV SW4. Só que, diferentemente da Amarok, o propulsor da Hilux é movido a gasolina.Motor V6 4.0 é o mesmo da SW4 (Divulgação/Toyota)Por conta disso, o... Leia mais