Manifestação de taxistas em frente a Câmara Municipal de São Paulo, durante a votação para a legalização do Uber (Fernando Moraes/Veja SP) Desde junho de 2014, quando a Uber iniciou suas atividade no Brasil, os taxistas se revoltaram diante da aparente desigualdade de condições e de uma concorrência dita por eles como desleal. Com o objetivo de reparar os danos morais e financeiros sofridos, 30 taxistas de São Paulo entraram com um processo judicial contra a Uber exigindo R$ 2.913.181,20 por dano coletivo, sendo R$ 97.106,04 para cada um, mais R$ 900.000 por danos morais. O valor total da ação chegava a R$ 3.813.181,20. O processo foi julgado e o juiz considerou a ação improcedente. A decisão em primeira instância do tribunal de justiça de São Paulo foi divulgada no última dia 7 de dezembro. Protesto dos motoristas da Uber a favor da aprovação da regulamentação dos aplicativos (Fernando Moraes/Veja SP) O juiz definiu ainda que os autores (taxistas) deverão arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios no valor de 10% sobre o total da causa. Portanto os taxistas terão que pagar R$ 381.318,12 a Uber. No texto da decisão, o juiz Valentino Aparecido de Andrade defende o motivo do processo ser improcedente: “Tratando de um mesmo tipo de serviço que tenha autorizado, o Poder Público não pode estabelecer condições diversas de tratamento, seja quanto a exigências para essa autorização, seja também para o exercício em si das atividades. O Estado deve observar rigorosamente o principio da igualdade, não exigindo de um o que não exige do outro, quando as condições forem as mesmas.” Ele argumenta ainda: “Por óbvio, aqueles que atuavam no mercado sofrem os efeitos da concorrência com os serviços que surgem com as novas plataformas tecnológicas, em um regime de concorrência que é de ser incentivado pelo Estado, como se dá em nosso País, cuja constituição assegura a livre concorrência (artigo 170).” Taxistas protestam contra a legalização da Uber (Fernando Moraes/Veja SP) Em nota, o sindicato dos taxistas autônomos, lamenta a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a qual julgou improcedentes os pedidos que constam no processo acionado por um grupo de taxistas de São Paulo. O sindicato representa 37.000 taxistas dos 40.000 existentes. Procurada a Uber defendeu que o serviço prestado tem respaldo na Constituição Federal e é previsto na Política Nacional de Mobilidade Urbana. “Os tribunais brasileiros afastaram e consideraram inconstitucionais as tentativas de proibição da Uber, confirmando a legalidade das atividades da empresa e dos motoristas parceiros e garantindo o direito de escolha da população”, afirma a nota da empresa.
Fonte:
Quatro Rodas
Taxistas perdem ação contra a Uber e terão que pagar R$ 380.000
Mais Novidades
Hyundai é multada em R$ 1,7 milhão por não corrigir falhas em Creta, HB20 e HB20S
O Procon-SP anunciou nesta terça-feira (1) uma multa de R$ 1.707.160 à Hyundai Motor Brasil por não corrigir falhas em veículos comercializados pela empresa. De acordo com a entidade, a montadora não reparou e não substituiu o estepe de um Creta 1.6 MT; não consertou falhas na pintura de veículo HB20 Comfort, a bomba de combustível de um modelo HB20S e a embreagem de um HB20 Comfort Plus. Desse modo, a Hyundai "desrespeitou o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor,...
Leia mais
Correio Técnico: existe situação em que não se pode usar o freio de mão?
Os discos quentes podem empenar com o freio de estacionamento (Divulgação/Bugatti)É verdade que não se pode usar o freio de mão após o carro andar em um track–day? Roberto Dias – São Paulo (SP)Sim, e isso também vale após o carro ter passado por uma situação de uso intenso do freio, como em uma descida de serra. Mas o problema é mais crítico em carros que usam discos ao invés de tambor. Quando o freio é acionado, pastilhas e lonas são pressionadas contra o disco/tambor,...
Leia mais
Longa Duração: VW veda infiltração no porta-malas e furo em pneu do Virtus
– (Fernando Pires/Quatro Rodas)Um porta-malas tomado de água – a ponto de se acumular na cuba do estepe – criou um intervalo na vida tranquila do nosso Volkswagen Virtus. O caso, contado na edição de agosto, foi tão inusitado que vale a pena relembrar: diante da necessidade de trocar um pneu furado, abrimos o porta-malas e, antes mesmo de retirar o estepe, notamos o enorme volume d’água na cuba, há poucos centímetros de cobrir a roda reserva por completo. Para resolver o...
Leia mais
Flagra: Renault Duster terá direção elétrica e motor Mercedes
Modelo deve manter o mesmo design básico usado na Europa há quase dois anos (Henrique Romano/Quatro Rodas)Se por um lado a nova geração do Renault Duster está atrasada no Brasil – foi apresentado na Europa em 2017 –, por outro seu lançamento no Brasil ainda no primeiro trimestre de 2020 será estratégico.Acontece que na virada do ano entra em vigor a Resolução Contran nº 518/2015, que estabelece que todos os carros produzidos a partir de 1° de janeiro sejam ofertados com cintos...
Leia mais
Caoa Chery Arrizo 5 elétrico custa mais de 2x o preço de um convencional
O veículo vem equipado com caixa de redução controlada por um seletor de modo de condução (Caoa Chery/Divulgação)A Caoa Chery lançou nesta segunda-feira (30) a versão elétrica do sedã compacto Arrizo 5. Só que o Arrizo 5e não chega às lojas imediatamente. Isso ocorrerá só no começo do próximo ano.Frotistas, porém, já podem comprar o modelo ao preço sugerido de R$ 159.900. Tal etiqueta representa 2,42 o valor de Arrizo 5 RX (R$ 65.990), e 2,19 vezes o da versão RXT (R$...
Leia mais
Citröen toma multa milionária por divulgar preço enganoso do C4 Lounge
Sedã francês foi anunciado por R$ 70 mil, mas oferta não foi cumprida (Divulgação/Citroën)O Procon-SP multou o grupo PSA, responsável pelas marcas Peugeot e Citröen, em R$ 1.808.240 por não cumprimento de uma oferta colocada em seu site oficial.No mês de abril, a Citröen anunciou a oferta do sedã C4 Lounge Live 1.6 THP Auto, modelo 2018/19, por R$ 70.973,70. De acordo com o órgão de defesa do consumidor, tal oferta jamais foi atendida, o que gerou descumprimento do Artigo 30 do...
Leia mais