Novidades

18 DEZ
Impressões: Kia Stonic chega ao Brasil em 2018

Impressões: Kia Stonic chega ao Brasil em 2018

Apostando no visual, ele pode ser uma das opções mais baratas do segmento

Apostando no visual, ele pode ser uma das opções mais baratas do segmento (Divulgação/Kia)

Kia tem uma ampla gama de SUVs pelo mundo: KX3, Sportage, Sorrento, Mohave. Não satisfeita, ela decidiu fazer mais um. Em setembro deste ano, apresentou o Stonic, um SUV que tem porte ligeiramente menor que o do KX3, até agora seu menor SUV, para brigar no segmento de Jeep Renegade e outros. 

O Stonic tem 4,14 m de comprimento, enquanto o KX3 mede 4,48 m e o Renegade, 4,23 m. Da mesma forma que outros SUVs compactos, o Stonic é derivado de um hatch, no caso, o Kia Rio, que, por sua vez, usa a mesma plataforma do Creta, Soul, i30, Elantra e cee’d.

Stonic virá da nova fábrica da Kia no México

Stonic virá da nova fábrica da Kia no México (Divulgação/Kia)

As coincidências não param por aí: assim como o Rio será vendido no país a partir do primeiro trimestre de 2018, o Stonic também entra nos planos da Kia para o Brasil no próximo ano.

Mas seu desembarque deve ocorrer um pouco mais tarde: no segundo semestre. Rio e Stonic virão da nova fábrica da Kia no México.

O nome Stonic é resultado da junção das palavras Speedy (veloz) e Tonic (tônico), o que tem a declarada intenção de definir o carro como algo estimulante, vigoroso. Seu estilo, de fato, passa a imagem de veículo ágil e robusto com as caixas de rodas bem marcadas e as colunas dianteira e traseira inclinadas.

Na dianteira, a grade segue a identidade criada pelo alemão Peter Schreyer, que chegou à empresa em 2006. Na traseira, as lanternas remetem ao Sportage. 

De tão inclinadas, as colunas dianteira e traseira reduzem a área do teto

De tão inclinadas, as colunas dianteira e traseira reduzem a área do teto (Divulgação/Quatro Rodas)

Acabamento de plástico preto circunda toda a parte inferior

Acabamento de plástico preto circunda toda a parte inferior (Divulgação/Kia)

Por dentro, o painel é limpo e tem visual familiar aos donos de Kia, com diversos elementos como volante, botões e mostradores compartilhados com outros modelos da linha.

Também não há surpresas no que diz respeito ao acabamento de construção sólida e diversos elementos, mas tudo feito com plásticos duros, menos agradáveis ao toque – e mais permeáveis ao aparecimento de ruídos, com o avançar da idade do carro. O painel de instrumentos, com dois mostradores redondos, é clássico.

Pena que o visor do ar-condicionado continue com a cor âmbar do passado, que além do estilo ultrapassado dificulta a leitura. 

Painel do Stonic é de plástico duro, mas a ergonomia é ótima

Painel do Stonic é de plástico duro, mas a ergonomia é ótima (Divulgação/Kia)

O espaço interno é confortável para cinco pessoas, desde que os ocupantes de trás tenham medidas medianas. E o motorista que tiver a expectativa de dirigir um SUV típico, sentado em posição elevada, pode decepcionar-se, visto que mesmo colocando o banco ajustável no ponto mais alto ainda não se consegue esse ponto de vista superior.

De qualquer modo, a posição de dirigir é boa. A visibilidade é garantida pela ampla área envidraçada à frente e pelos retrovisores atrás, uma vez que, assim como o Nissan Kicks, o Stonic tem colunas traseiras largas.

A ergonomia é digna de elogios porque tudo o que o motorista precisa está à mão, até os botões do ar-condicionado, no console. 

SUV oferece apoio de braço entre os bancos da frente

SUV oferece apoio de braço entre os bancos da frente (Divulgação/Kia)

Stonic tem piso plano para o conforto dos que viajam atrás

Stonic tem piso plano para o conforto dos que viajam atrás (Divulgação/Kia)

Ao volante, o dinamismo sugerido pelo nome e pelo design não é tão grande assim na prática. O Stonic foi apresentado em três versões: 1.4 de 98 cv, 1.6 diesel de 108 cv e 1.0 turbo de 118 cv. Nós andamos na 1.0 turbo, equipada com câmbio manual de seis marchas, e sentimos falta de vigor nas reações.

Em baixas rotações, o motor até mostra certa vivacidade. Mas, naquelas situações em regimes medianos, em que é preciso fazer uma ultrapassagem, ele não tem o fôlego desejado. Segundo a fábrica, o Stonic 1.0 Turbo acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos, o que é um bom número.

Mas o melhor de tudo é que a versão vendida no Brasil deverá ter uma quarta opção de motor: a 1.6 16V flex, de 128/122 cv – a mesma do Rio (e duas versões de câmbio, manual e automática, sempre com seis marchas e tração 4×2 dianteira). Com esse motor, o Stonic deve ficar mais esperto.

Motor Turbo gera 118 cv

Motor Turbo gera 118 cv (Divulgação/Kia)

Segundo a fábrica, o SUV acelera de 0 a 100Km/h em 10,3 segundos

Segundo a fábrica, o SUV acelera de 0 a 100Km/h em 10,3 segundos (Divulgação/Kia)

No dia a dia, em razão de suas dimensões compactas, o SUV se torna fácil de manobrar. Sua direção se mostrou pouco comunicativa, mas em compensação é precisa e com peso adequado.

E se portou bem quando solicitada, absorvendo as irregularidades do piso sem precisar conter os movimentos laterais da carroceria, típicos dos SUVs, porque o centro de gravidade do Stonic é tão baixo quanto o de um hatch.

Porta-malas leva 332 litros, mas rebatendo o banco traseiro pode-se transportar até 1135 litros

Porta-malas leva 332 litros, mas rebatendo o banco traseiro pode-se transportar até 1135 litros (Divulgação/Kia)

A unidade avaliada era completa. Além do pacote básico de segurança (airbags, ESP, cintos de três pontos em todas as posições) e de conforto (ar-condicionado, volante multifuncional, computador de bordo, sistema de som), o Stonic trazia ainda central multimídia com tela de 7 polegadas e compatibilidade com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto, sistema GPS, câmera de ré, assistente de frenagem de emergência, detector de fadiga e teto preto.

A pintura do teto (e também das colunas dianteiras e dos retrovisores) em cor diferente é oferecida como item de personalização. Há cinco opções de cor: preto, verde, vermelho, laranja e branco para combinar com a carroceria.

Stonic trazia central multimídia com tela de 7 polegadas

Stonic trazia central multimídia com tela de 7 polegadas (Divulgação/Kia)

O pacote de itens inclui volante multifuncional

O pacote de itens inclui volante multifuncional (Divulgação/Kia)

Em Portugal, onde fizemos nossa avaliação (as fotos de divulgação foram feitas em Berlim, na Alemanha), o Stonic 1.0 Turbo básico é vendido a 16.430 euros, cerca de R$ 62.500.

No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$ 80.000 e R$ 90.000, uma vez que, vindo do México, ele não terá imposto de importação.

No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$80.000 e R$90.000

No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$80.000 e R$90.000 (Divulgação/Kia)

Veredicto

O Stonic é bonito e confortável, mas, apesar de ser um SUV, ele tem comportamento de um hatch.

FICHA TÉCNICA – KIA STONIC

  • Preço: R$ 65.000 (conversão direta em reais do preço em Portugal)
  • Motor: gas., diant., transv., 3 cil., 998 cm3, 12V, 71 x 84 mm, 10:1, 118 cv a 6.000 rpm, 17,3 mkgf de 1.500 a 4.000 rpm
  • Câmbio: manual, 6 marchas, tração dianteira
  • Suspensão: McPherson(dianteira), eixo de torção (trastraseira)
  • Freios:  discos ventilados (dianteira), discos sólidos (traseira)
  • Direção: elétrica
  • Rodas e pneus: 205/55 R17
  • Dimensões: comprimento, 414 cm; largura, 176 cm; altura, 152 cm; entre-eixos, 258 cm; peso, 1.185 kg; tanque, 45 l; porta-malas, 332 l

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

23 JAN
Fiat Argo e Mobi deixam de oferecer versões com câmbio automatizado GSR

Fiat Argo e Mobi deixam de oferecer versões com câmbio automatizado GSR

Argo 1.3 GSR não está mais no catálogo da Fiat (Christian Castanho/Quatro Rodas)A Fiat resolveu mexer em algumas versões do Argo e do Mobi em 2020. A primeira mudança, e mais relevante delas, está no câmbio que vai junto ao motor 1.3 Firefly.O cliente que procurar pelo Argo Drive 1.3 GSR, equipado com a caixa automatizada monoembreagem de mesmo nome, não encontrará mais a versão disponível no catálogo da marca.Versão topo de linha HGT vem com câmbio automático e custa R$... Leia mais
23 JAN
Carro de rua mais rápido do mundo, Bugatti Chiron morrerá até 2021

Carro de rua mais rápido do mundo, Bugatti Chiron morrerá até 2021

Bugatti Chiron custa 3 milhões de euros e faltam menos de 100 unidades para serem produzidas (Dominique Fraser/Quatro Rodas)A Bugatti começou a produzir seu superesportivo Chiron em 2016. A promessa era que seriam fabricadas 500 unidades do modelo.Agora, em 2020, já foram produzidas pouco mais de 400 unidades e, pelas contas da fabricante, a marca de 500 carros deverá ser atingida até o final de 2021, levando então ao encerramento da produção do substituto do Bugatti Veyron.A versão... Leia mais
23 JAN
VW Polo GTS: 50 fotos exclusivas revelam detalhes do hatch esportivo

VW Polo GTS: 50 fotos exclusivas revelam detalhes do hatch esportivo

Alterações visuais, como na grade e no para-choque frontal, foram inspiradas no Polo GTI vendido na Europa (Fernando Pires/Quatro Rodas)Com preço inicial de R$ 99.470 e motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 mkgf de torque, o Polo GTS quebra dois paradigmas dentro da Volkswagen: o de um Polo custar mais de R$ 100.000 (basta adicionar pintura metálica) e o de ser o mais rápido entre os VW fabricados no Brasil.Ele resgata a sigla lançada no Brasil pelo Passat GTS, mas que não era usada há quase... Leia mais
23 JAN
VW Polo GTS: testamos na pista o hatch esportivo de R$ 99.470

VW Polo GTS: testamos na pista o hatch esportivo de R$ 99.470

Friso vermelho que entra nos faróis full-led é detalhe marcante do GTS (Fernando Pires/Quatro Rodas)Acho que eu sei o que você está pensando. Realmente, com suspensão levemente mais baixa e rodas maiores, como no conceito que estava no Salão do Automóvel de 2018, o Polo GTS ficaria mais atraente.Poderia ter ido além, com teto solar. O hatch esportivo parece conservador na versão de produção, mas não foge à proposta dos antepassados.As lanternas de led vêm da Europa: são as... Leia mais
23 JAN
Teste do especialista: qual suporte para celular funciona melhor?

Teste do especialista: qual suporte para celular funciona melhor?

– (Chrstian Castanho/Quatro Rodas)Mais que um acessório, os suportes magnéticos contribuem para a segurança do motorista ao garantir que o celular vai ficar bem preso. Para ver se eles são eficientes no dia a dia, separamos três dos mais procurados (Luxcar, Multilaser e KinGo) e levamos para um teste com nosso especialista. “Esses acessórios são imprescindíveis para garantir conforto e proteção ao dirigir. Mas ao rosquear os suportes para dar maior firmeza, como no caso do... Leia mais
23 JAN
Segredo: Fiat Argo terá base do Peugeot 208 que nem chegou ao Brasil

Segredo: Fiat Argo terá base do Peugeot 208 que nem chegou ao Brasil

Peugeot 208 e Fiat Argo (Arte/Quatro Rodas)A fusão entre FCA e PSA exigiu uma arrumação geral na casa e agora os executivos da nova empresa – ainda sem nome conhecido – estabelecem um novo plano de voo.Uma fonte ligada à PSA na França contou, sob condição de sigilo de sua identidade, como a companhia deverá atuar daqui para frente.“Oficialmente, ambos os lados terão força equivalente, mas se espera que a PSA terá maior relevância, especialmente a Peugeot”, diz nossa... Leia mais