Uma parte da coleção grandiosa com direito a Peterbilt (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) O fascínio por caminhões era tanto que aos 7 anos ele pegou o do pai, um Chevrolet 1950, e foi dar uma voltinha. “Lembro de enxergar a estrada pela fresta do volante e acionar a embreagem na ponta dos pés. Os caminhoneiros que passavam ficavam assustados ao ver o caminhão andando ‘sozinho’, pois ninguém me enxergava”, relembra o dono de uma das mais belas coleções de caminhões do país. O modelo Chevrolet 1950, que foi do pai, está desde zero km na família (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Essa é uma das histórias de um empresário paulista, que aceitou abrir as portas de sua garagem na condição de anonimato. Aos 64 anos, ele acumula um acervo de mais de 30 preciosidades peso-pesado. Não é só o conteúdo da coleção que encanta os visitantes. Para abrigar os carros, ele construiu um galpão de 3.000 m². É difícil não se impressionar com as dezenas de veículos com restaurações impecáveis posicionados milimetricamente um ao lado do outro. Logo na entrada, um dos preferidos do colecionador está em destaque: um Peterbilt V8, conhecido por ser um dos caminhões mais robustos e imponentes dos EUA. No Brasil há apenas dois exemplares nessa configuração, com motor original Caterpillar V8 de 600 cv. Um dos dois exemplares que há no Brasil, o Peterbilt 1978 (ao centro) tem luzes originais (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) “Encontrei esse Peterbilt engatado em um carro de boi nos EUA. Não tive dúvida: comprei e trouxe para o Brasil”, conta o empresário. Durante nossa visita, o colecionador revelou que possui, no total, mais de 50 caminhões. Segundo ele, pelo menos uns 20 estão em processo de restauração ou guardados na garagem de sua casa. O caminhão de bombeiro era da General Motors e foi comprado em ótimo estado de funcionamento (Isadora Carvalho/Quatro Rodas) “Aprendi a dirigir no caminhão Chevrolet 1950 do meu pai. Foi justamente ele o primeiro da coleção que decidi restaurar, há 12 anos. Afinal, estava desde zero-quilômetro na família. Quis fazer uma homenagem ao meu pai”, explica. Na caçamba de madeira a inscrição homenageando o “velho pai” (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) A ligação afetiva com esse modelo é tão grande que ele tem até um segundo Chevrolet 1950. “Preferi ter dois do mesmo ano para ressaltar meu amor por esse modelo, que me fez iniciar a coleção”, diz. O empresário gosta de dizer que foi a partir desse caminhão pioneiro que o “bichinho da ferrugem” o picou. Desde então, não conseguiu mais parar de comprar pesados para restaurar. “No começo, estava gostando tanto da brincadeira que cheguei a comprar uns 20 em apenas um ano.” Guincho GMC americano completamente restaurado (Isadora Carvalho/Quatro Rodas) Entre os prediletos está o Chevrolet 1958 americano totalmente original – o único do acervo sem restauração. Mas o grosso da coleção, são modelos nacionais da Scania das décadas de 70 e 80, e os GMC americanos dos anos 50. O Chevrolet americano 1958 é o único sem restauração de toda a coleção (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Há também três ônibus: um papa-filas Alfa Romeo 1950, um GMC 1950 e o penúltimo Cometa produzido em 1988. O galpão tem também um espaço com alguns exemplares de carros clássicos, como um Cadillac 1978 com 12.000 milhas originais e uma dezena de Fuscas restaurados. Nem só de caminhões vive o acervo: Fuscas, automóveis clássicos, trator e ônibus (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Mas o fato de o acervo ser composto de raridades não quer dizer que elas são intocadas. O colecionador admite que gosta de pegar os caminhões para dar uma volta pela cidade, com direito a algumas buzinadas para animar o passeio. “Eu não conheço tratamento para estresse melhor que esse”, brinca.
Fonte:
Quatro Rodas
Como tudo começou
Paulista coleciona mais de 30 caminhões em um galpão de 3.000 m²
Mais Novidades
26 JUN
Ford Puma renasce como SUV 'híbrido' e tecnológico
A Ford trouxe o Puma de volta à vida - agora, porém, o antigo cupê segue a tendência mundial e assume a identidade de SUV, também como parte da estratégia global da marca. Fabricado na Romênia, o modelo chegará ao mercado europeu ainda em 2019 e não está previsto para o Brasil. Antes de mais nada, esqueça o pequeno esportivo fabricado no Brasil entre as décadas de 1960 e 1990 e que utilizava, entre outros, motores Volkswagen e carroceria de fibra de vidro. Na Europa, o...
Leia mais
26 JUN
Chevrolet Onix Sedan: como ele será posicionado diante dos rivais
Chevrolet Onix Sedan na China (Reprodução/Internet)A Chevrolet do Brasil ainda faz mistério sobre o Onix Sedan, que chega no final do ano para substituir gradualmente as versões mais caras do Prisma e ficar no lugar do Cobalt.O modelo, porém, já é vendido na China, e como as versões feitas nos diferentes continentes serão idênticas, já é possível comparar a novidade com seus futuros e atuais rivais.Onix Sedan promove a estreia da plataforma GEM (Reprodução/Internet)QUATRO RODAS...
Leia mais
26 JUN
Ford Puma usa base de EcoSport, mas é um SUV muito mais moderno
Visual do SUV lembra o Jaguar E-Pace (Divulgação/Ford)Enquanto a Ford tem apenas dois SUVs no Brasil – EcoSport e Edge ST –, o mercado europeu terá mais um representante no segmento: o Puma (que, por lá, chegará em 2020).Talvez você tenha achado o visual meio familiar. Parecido com o Jaguar E-Pace, talvez? Só que a marca diz ser um novo capítulo na filosofia de desenho inspirada no ser humano.Plataforma é de EcoSport, mas dimensões não foram reveladas (Divulgação/Ford)E não...
Leia mais
26 JUN
Em oficina de supercarros, até uma simples troca de óleo passa de R$ 2.000
Poderia ser um salão do automóvel, mas é a Kalú Import, oficina especializada em supercarros (Christian Castanho/Quatro Rodas)A troca de óleo é uma das manutenções mais simples a ser feita em um carro. Basta levantar o veículo em um elevador, soltar o parafuso de dreno do cárter, deixar o fluido escorrer, fechar novamente o parafuso e colocar óleo novo por cima do cabeçote antes de dar a partida. Mas faça isso em um Audi R8 e você terá um prejuízo proporcional ao preço do...
Leia mais
25 JUN
Mortes de crianças em estradas caíram quase 20% desde início de multas por falta de cadeirinha, diz estudo
As mortes de crianças em acidentes nas estradas diminuíram quase 20% desde que a obrigatoriedade do uso de cadeirinhas nos carros passou a ser fiscalizada, em 2010. É o que aponta um estudo do Conselho Federal de Medicina, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com base em dados do Ministério da Saúde. Em 2010, quando as multas pela falta do uso do dispositivo de retenção começaram a ser aplicadas no Brasil, 346...
Leia mais
25 JUN
Novo Renault Sandero mostra traseira inédita em versão quase aventureira
Agora as lanternas invadem a tampa traseira do Sandero (Reprodução/WhatsApp)Com lançamento marcado para o final de julho, os novos Renault Sandero e Logan começaram a perder o pudor e aparecer sem camuflagem.O Logan já havia se despido parcialmente em sua inédita versão aventureira. Agora o novo Sandero mostra sua traseira nunca antes vista em configuração aventureira que, aparentemente, não é a Stepway.Versão tem molduras nas caixas de roda, mas mantém para-choque das versões...
Leia mais